PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde regista baixa de taxa de investimentos públicos
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde registou uma queda na taxa de investimentos públicos que passou de 18,1 porcento para 13 porcento, de acordo do relatório do Desenvolvimento Económico em África 2014 divulgado quinta-feira última.
O relatório lembra que o investimento público tem um papel “crucial e impulsionador” no processo de desenvolvimento de cada país.
Segundo a mesma fonte, os fatores que contribuíram para o aumento da produtividade na última década em África incluem as melhorias em infraestruturas e no acesso à tecnologia, onde houve uma influência das políticas de reformas que reduziram os custos de transação relacionados com os de produção, o comércio e o investimento.
A produtividade de capital no continente africano foi “muito maior” do que nas Américas e um pouco maior do que na Ásia entre 2000 e 2011, comparativamente com outros grupos de países em desenvolvimento, lê-se no documento.
O relatório sublinha a necessidade de se aumentar a taxa de investimento e recomenda aos líderes africanos para fazerem esforços a fim de melhorarem a produtividade dos novos investimentos e dos já existentes.
Em janeiro último, uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que concluiu, na altura, uma missão em Cabo Verde, aconselhou o Governo a moderar os gastos com investimentos públicos durante o ano de 2014 e adotando um programa de consolidação orçamental mais ambicioso a médio prazo.
A chefe daquela equipa, Andrea Richter Hume, que falava à imprensa para balancear a sua missão, disse que o FMI aconselhou a moderação nos gastos considerando o Orçamento para 2014 “expansionista”, perante uma divida pública elevada e riscos descendentes do crescimento económico do arquipélago cabo-verdiano.
A equipa, que efetuou a sua missão e maio último em Cabo Verde, considera que existe ainda flexibilidade para reduzir o crescimento da despesa corrente e adotar um programa de “investimento público um pouco menos ambicioso”.
Presente na conferência de imprensa sobre o balanço da missão do FMI, a ministra cabo-verdiana das Finanças e Planeamento, Cristina Duarte, reconheceu estas preocupações.
Porém, defendeu que a "moderação" recomendada deve acontecer de forma gradual, porque “o programa de investimentos públicos é o único instrumento económico que o Governo tem para fazer face aos efeitos da crise internacional e aos seus impactos na economia cabo-verdiana”.
A governante recordou que o processo de infraestruturação do país, com base no acordo assinado em 2010 entre o Governo, o Banco Mundial e outros parceiros da ajuda orçamental, tem sido um documento por excelência de gestão dos impactos negativos dos choques externos.
Cristina Duarte voltou a reafirmar que a dívida pública de Cabo Verde, que é de cerca de 98 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), é ainda sustentável e que, apesar do abrandamento da atividade económica em 2013, este ano começa com “alguns sinais positivos”, nomeadamente a previsão positiva do crescimento económico e do crédito.
O próprio FMI prevê, no seu relatório, a recuperação da confiança dos consumidores e de investidores ainda durante 2014, apontando também para um crescimento do PIB cabo-verdiano na ordem dos três porcento.
-0- PANA CS/DD 05jul2014
O relatório lembra que o investimento público tem um papel “crucial e impulsionador” no processo de desenvolvimento de cada país.
Segundo a mesma fonte, os fatores que contribuíram para o aumento da produtividade na última década em África incluem as melhorias em infraestruturas e no acesso à tecnologia, onde houve uma influência das políticas de reformas que reduziram os custos de transação relacionados com os de produção, o comércio e o investimento.
A produtividade de capital no continente africano foi “muito maior” do que nas Américas e um pouco maior do que na Ásia entre 2000 e 2011, comparativamente com outros grupos de países em desenvolvimento, lê-se no documento.
O relatório sublinha a necessidade de se aumentar a taxa de investimento e recomenda aos líderes africanos para fazerem esforços a fim de melhorarem a produtividade dos novos investimentos e dos já existentes.
Em janeiro último, uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que concluiu, na altura, uma missão em Cabo Verde, aconselhou o Governo a moderar os gastos com investimentos públicos durante o ano de 2014 e adotando um programa de consolidação orçamental mais ambicioso a médio prazo.
A chefe daquela equipa, Andrea Richter Hume, que falava à imprensa para balancear a sua missão, disse que o FMI aconselhou a moderação nos gastos considerando o Orçamento para 2014 “expansionista”, perante uma divida pública elevada e riscos descendentes do crescimento económico do arquipélago cabo-verdiano.
A equipa, que efetuou a sua missão e maio último em Cabo Verde, considera que existe ainda flexibilidade para reduzir o crescimento da despesa corrente e adotar um programa de “investimento público um pouco menos ambicioso”.
Presente na conferência de imprensa sobre o balanço da missão do FMI, a ministra cabo-verdiana das Finanças e Planeamento, Cristina Duarte, reconheceu estas preocupações.
Porém, defendeu que a "moderação" recomendada deve acontecer de forma gradual, porque “o programa de investimentos públicos é o único instrumento económico que o Governo tem para fazer face aos efeitos da crise internacional e aos seus impactos na economia cabo-verdiana”.
A governante recordou que o processo de infraestruturação do país, com base no acordo assinado em 2010 entre o Governo, o Banco Mundial e outros parceiros da ajuda orçamental, tem sido um documento por excelência de gestão dos impactos negativos dos choques externos.
Cristina Duarte voltou a reafirmar que a dívida pública de Cabo Verde, que é de cerca de 98 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), é ainda sustentável e que, apesar do abrandamento da atividade económica em 2013, este ano começa com “alguns sinais positivos”, nomeadamente a previsão positiva do crescimento económico e do crédito.
O próprio FMI prevê, no seu relatório, a recuperação da confiança dos consumidores e de investidores ainda durante 2014, apontando também para um crescimento do PIB cabo-verdiano na ordem dos três porcento.
-0- PANA CS/DD 05jul2014