PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde regista aumento de casos de cancro
Praia, Cabo Verde (PANA) - O aumento dos casos de cancro em Cabo Verde é “alarmante” com uma média de 350 a 400 novos doentes admitidos anualmente no Hospital Agostinho Neto, o principal estabelecimento hospitalar do arquipélago localizado na cidade da Praia, soube a PANA terça-feira de fonte hospitalar.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), no âmbito do Dia Mundial de Luta contra o Cancro, que se assinala a 04 de fevereiro, a oncologista Hirondina Spencer, ponto focal para a doença no principal centro de saúde do arquipélago, afirmou que mesmo sem um registo nacional sobre o surgimento de novos casos, os dados apontam para um aumento substancial da doença, traduzido na "evacuação" permanentemente doentes, tanto a nível interno como para o estrangeiro.
Ela precisou que há doentes provenientes de outras ilhas que precisam do tratamento de quimioterapia no hospital central da Praia, assim como são transferidos doentes de Cabo Verde para terapia em Portugal.
Segundo Hirondina Spencer, os tipos de cancro mais frequentes nas mulheres são o do colo uterino e de mama, que são também os que têm mais doentes evacuados, por necessitarem de radioterapia, um tratamento que ainda não existe no país, enquanto nos homens os tumores das vias digestivas e o cancro da próstata são os mais frequentes.
A especialista disse que o tratamento do cancro é multidisciplinar, com cirurgia química e radioterapia, adiantando que em Cabo Verde o tratamento disponibilizado aos doentes é a quimioterapia e algumas cirurgias “menos complexas”.
A oncologista lembrou que o cancro é uma das principais causas de morte e de doença no arquipélago e de evacuações médicas para o exterior.
Contudo, ao se referir ao lema deste ano para assinalar a efeméride “Vencer o cancro está ao nosso alcance”, a médica lembrou que é possível prevenir a doença através de uma mudança do estilo de vida.
“Podemos mudar o estilo de vida, ter tratamento disponível, investir nos recursos materiais e humanos para tratamento, apostar na prevenção e diagnóstico precoce para evitar o cancro”, anotou.
O Dia Mundial de Luta contra o Cancro baseia-se na Carta de Paris, aprovada a 04 de fevereiro de 2000 na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio e que constitui um instrumento que visa chamar a atenção de líderes governamentais, gestores de saúde e formadores de opinião para a necessidade de reduzir, até 2020, a doença que ameaça as futuras gerações em todo o mundo.
Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas à doença a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento, os menos equipados para lidar com o impato social e económico da doença.
-0- PANA CS/TON 03fev2014
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), no âmbito do Dia Mundial de Luta contra o Cancro, que se assinala a 04 de fevereiro, a oncologista Hirondina Spencer, ponto focal para a doença no principal centro de saúde do arquipélago, afirmou que mesmo sem um registo nacional sobre o surgimento de novos casos, os dados apontam para um aumento substancial da doença, traduzido na "evacuação" permanentemente doentes, tanto a nível interno como para o estrangeiro.
Ela precisou que há doentes provenientes de outras ilhas que precisam do tratamento de quimioterapia no hospital central da Praia, assim como são transferidos doentes de Cabo Verde para terapia em Portugal.
Segundo Hirondina Spencer, os tipos de cancro mais frequentes nas mulheres são o do colo uterino e de mama, que são também os que têm mais doentes evacuados, por necessitarem de radioterapia, um tratamento que ainda não existe no país, enquanto nos homens os tumores das vias digestivas e o cancro da próstata são os mais frequentes.
A especialista disse que o tratamento do cancro é multidisciplinar, com cirurgia química e radioterapia, adiantando que em Cabo Verde o tratamento disponibilizado aos doentes é a quimioterapia e algumas cirurgias “menos complexas”.
A oncologista lembrou que o cancro é uma das principais causas de morte e de doença no arquipélago e de evacuações médicas para o exterior.
Contudo, ao se referir ao lema deste ano para assinalar a efeméride “Vencer o cancro está ao nosso alcance”, a médica lembrou que é possível prevenir a doença através de uma mudança do estilo de vida.
“Podemos mudar o estilo de vida, ter tratamento disponível, investir nos recursos materiais e humanos para tratamento, apostar na prevenção e diagnóstico precoce para evitar o cancro”, anotou.
O Dia Mundial de Luta contra o Cancro baseia-se na Carta de Paris, aprovada a 04 de fevereiro de 2000 na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio e que constitui um instrumento que visa chamar a atenção de líderes governamentais, gestores de saúde e formadores de opinião para a necessidade de reduzir, até 2020, a doença que ameaça as futuras gerações em todo o mundo.
Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas à doença a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento, os menos equipados para lidar com o impato social e económico da doença.
-0- PANA CS/TON 03fev2014