Cabo Verde reduz em 3,8 por cento taxa de mortalidade infantil
Praia, Cabo Verde (PANA) – A taxa de mortalidade infantil no país caiu de 10,8 por cento por 1000 nascidos vivos, em 2014, para sete por cento, em 2019, anunciou o diretor nacional da Saúde de Cabo Verde, Jorge Barreto.
Os dados indicam melhorias substanciais nos serviços de neonatalogia, devido a parcerias e investimentos feitos no setor da saúde, regozijou-se Barreto quarta-feira última, durante um ato de entrega ao Hospital Agostinho Neto (HAN), na capital cabo-verdiana, de um lote de equipamentos médicos de neonatologia.
Doados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), estes equipamentos consistem em ventiladores neonatais e monitores de sinais vitais, orçados em cerca de 5,5 milhões de escudos, segundo o responsável.
A seu ver, o que tinha mais peso na taxa de mortalidade infantil era a taxa de mortalidade neonatal precoce que representava mais de 50 por cento de peso na taxa de mortalidade infantil no país.
Para Jorge Barreto, esta diminuição que agora se verifica deve-se aos investimentos feitos na saúde, nomeadamente em ventiladores e na formação dos recursos humanos, que tiveram um impacto que se esperava, que melhorou assim este importante indicador que mostra que o país “tem-se engajado ao longo destes anos para a melhoria dos cuidados.”
Por sua vez, o presidente do Concelho de Administração do Hospital Agostinho Neto, Imadueno Cabral, afirmou que as melhorias registadas nos serviços de cuidados neonatais trazem ganhos consideráveis às famílias, ao hospital, assim como ao próprio país.
Lembrou que o serviço neonatal desta unidade hospitalar do país presta cuidados mais especializados a recém-nascidos de toda a região de Sotavento.
Imadueno Cabral socorreu-se de dados de 2019 para mostrar os efeitos que os equipamentos doados têm na melhoria dos cuidados neonatais.
“Em 2019, dos mil 961 nascimentos neste estabelecimento hospitalar, 28 por cento dos internados necessitaram de cuidados especiais, 33 por cento tinham baixo peso, e a prematuridade representou mais de 26 por cento. A taxa de mortalidade dos nascidos no HAN rondou 1,35 por cento”, especificou.
Por sua vez, o coordenador do escritório conjunto do UNICEF e do FNUAP, Opia Cumah, adiantou que este gesto visa, sobretudo, ajudar a fortalecer a qualidade do atendimento aos recém-nascidos em Cabo Verde.
Reiterou, nessa ocasião, o compromisso do UNICEF e do FNUAP em apoiar o país no cumprimento das metas nacionais e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles que contribuem para a saúde e o bem-estar das crianças e a redução da mortalidade neonatal e infantil.
Os equipamentos recebidos quarta-feira foram pedidos pelo Ministério da Saúde e Segurança Social, através do Programa Nacional da Saúde Sexual e Reprodutiva.
-0- PANA CS/DD 26nov2020