Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde redobra vigilância para evitar doenças transmitidas por mosquitos

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde deve criar condições para garantir um sistema de vigilância permanente dos focos vetoriais de modo a eliminar do arquipélago doenças provocadas pelos mosquitos como o paludismo e a dengue, defendeu segunda-feira a
ministra adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima.

A governante falava em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), no âmbito do Dia Mundial da Saúde que se assinala a 07 de abril, este ano sob o lema “Pequenas picadas, grandes ameaças”.

Ela sublinhou que, nesta matéria, o país não deve “andar para trás”, mas sim sempre para frente e à conquista de novos caminhos para a eliminação de doenças transmitidas por vetores.

Cristina Fontes Lima acentuou que, no que respeita às doenças transmitidas por vetores, “estamos em constante alerta, pois, essa luta é ganha todos os anos”.

Isso porque, segundo ela, e após cada época das chuvas, aumentam os riscos de criação, produção e proliferação de mosquitos, pelo que “a batalha ganha a cada ano é importante porque se reduzem os riscos da mortalidade e um dos principais problemas de saúde pública” em Cabo Verde.

De acordo com a governante, Cabo Verde, tanto no que se refere ao paludismo como à dengue, tem batalhado para manter nulo o número de casos dessas doenças provocados pela pica dos mosquitos no país.

Cristina Fontes Lima recordou que, em 2009, Cabo Verde foi atingido por uma epidemia da dengue que causou mais de 20 mil e 711 casos suspeitos e seis óbitos por complicações da febre hemorrágica.

“Mas, em 2011, tivemos zero caso e continuamos a manter neste patamar devido à nossa persistência em dar combate aos focos e manter a população informada e sensibilizada sobre os cuidados a ter em conta”, sintetizou.

No que se refere ao paludismo, Cristina Fontes Lima afirmou que o arquipélago se mantém num bom caminho, o que tem levado o país a projetar a sua eliminação até 2020.

No entanto, aletou que, apesar de uma avaliação positiva do programa para se atingir este objetivo, as pessoas devem também vigiar os seus comportamentos.

"Nós não conseguimos fazer tudo, por isso apelamos a todos para fazerem também a sua parte enquanto cidadãos”, destacou.

A ministra recordou que ainda no que diz respeito ao paludismo, apesar de todo o cuidado, em 2012 houve aumento de casos, bem como em 2013, “mas nada que pode pôr em causa a pretensão da sua eliminação”.

Cabo Verde é tido como o país da África Ocidental que melhores condições reúne para a eliminação do paludismo até 2020.

As doenças transmitidas por vetores é o tema central do Dia Mundial da Saúde, celebrado a 7 de Abril em comemoração do aniversário da criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948.

A mais letal das doenças causadas por vetor, segundo a OMS, é o paludismo ou malária, causando cerca de 660 mil mortes em 2010, na sua maioria crianças de África.

Entretanto, a doença que mais tem crescido em número de vítimas no mundo é a dengue, cuja incidência aumentou 30 vezes nos últimos 50 anos.

-0- PANA CS/IZ 07abril2014