Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde recebe 4 barcos para fiscalização marítima

Praia, Cabo Verde (PANA) – A Agência Nacional Contra o Crime do Reino Unido oferece esta quarta-feira ao Ministério da Defesa Nacional de Cabo Verde quatro lanchas semirrígidas que vão ser utilizadas no combate ao crime organizado e na fiscalização da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do arquipélago, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.

Tratam-se de embarcações ligeiras, de alta capacidade e desempenho, dotadas de casco rígido e tubos infláveis, vocacionadas para o patrulhamento da orla costeira.

Com a entrada em serviço das quatro lanchas, duas das quais serão destinadas à Guarda Costeira e as outras à Polícia Marítima, o Sistema Nacional de Segurança Marítima de Cabo Verde vai reforçar a sua capacidade de patrulhar e fiscalizar o espaço marítimo e combater embarcações suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas.

O oficial da ligação da Agência britânica, Nigel Lazarus, realçou, durante o ato da entrega do donativo, o interesse do Governo do Reino Unido pelo desenvolvimento de parcerias com as instituições cabo-verdianas no combate ao crime organizado.

“O crime organizado não ameaça apenas a África Ocidental e Cabo Verde. Por isso temos que trabalhar juntos para travar os criminosos”, afirmou Nigel Lazarus que está na Cidade da Praia acompanhado por três técnicos que vão ministrar uma formação de manuseamento aos operadores das embarcações entre os quais agentes da Polícia Marítima, da Guarda Costeira e da Polícia Judiciária.

Durante quatro dias, 12 agentes dessas forças policiais cabo-verdianas vão aprender técnicas e procedimentos de manobra, manutenção e manuseamento do equipamento instalado nas referidas lanchas.

Ao receber as embarcações em representação do Governo cabo-verdiano, o comandante da logística das Forças Armadas (FA), tenente-coronel Pedro Almeida, agradeceu a oferta, salientando que com a receção destas quatro embarcações Cabo Verde fica melhor servido para continuar a combater ilícitos no mar.

“Estes meios revestem-se de suma importância para a Guarda Costeira, a Polícia Marítima e a Polícia Judiciária, na medida em que vão apoiar no combate ao crime organizado no mar, nomeadamente o tráfico de drogas, de seres humanos, pesca ilegal, emigração clandestina, entre outras atividades ilícitas”, enumerou.

Pedro Almeida destacou ainda o facto das lanchas poderem também fazer a abordagem a navios e embarcações que operam de forma ilegal nas águas sob a soberania e jurisdição de Cabo Verde, bem como na fiscalização dos portos do país.

-0- PANA CS/IZ 16out2013