Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde recebe 2,8 milhões de euros de instituições de microfinanças

Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde beneficiou até agora de três mil milhões de escudos (cerca de 2,8 milhões de euros) de 55 transacções efectuada por instituições de microfinanças, soube-se sábado de fonte segura.
Segundo um recente estudo elaborado pela empresa cabo-verdiana de consultoria Afrosondagem, o montante médio de crédito atribuído ao arquipélago ronda 55 mil escudos (cerca de 500 euros).
O estudo encomendado pela Federação de Associações de Microcrédito (FAM-F) estima ainda em cerca de 27 mil pessoas o mercado potencial para os produtos das microfinanças no arquipélago.
Ele indica que o mercado efectivo do sector das microfinanças já cobre cerca de 27 por cento dos clientes potenciais e 11 por cento dos valores de crédito potenciais.
Ele apresenta ainda resultados sobre o comportamento dos cabo-verdianos relativamente à poupança e aos empréstimos, designadamente os propósitos e a fonte de satisfação das necessidades financeiras para os seus negócios e para situações de emergência.
Para além disso, ele cobre também aspectos relativos à transferência de capitais, aos seguros, aos métodos de previdência social e às razões da dificuldade do acesso ao crédito.
A divulgação dos resultados desta sondagem decorre numa altura em que a FAM-F realizou, em parceria com a Cooperação Luxemburguesa, um encontro de reflexão e promoção do sector das microfinanças em Cabo Verde.
Durante o encontro foram debatidos os resultados do estudo e as perspectivas para a criação do quadro regulamentar do sector das microfinanças, já iniciado pelo Banco de Cabo Verde em sintonia com outros parceiros.
A FAM-F, integrada por 13 membros de todas as ilhas do arquipélago excepto a ilha Brava, joga um papel preponderante na apoio à consolidação das instituições de microfinanças, contribuindo para a sua afirmação como alternativa viável e sustentável para a oferta diversificada e descentralizada de serviços financeiros ajustado às necessidades das famílias e às suas microempresas não abrangidas no quadro do sistema financeiro formal.