PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde reavalia investimentos do BAD dado baixo nível de execução de projetos
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde quer “reavaliar” a carteira de investimentos com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no período 2014-2018, dado o baixo nível de execução de projetos incluídos neste pacote, anunciou segunda-feira na cidade da Praia o ministro cabo-verdiano das Finanças, Olavo Correia.
Olavo Correia fez stes pronunciamentos quando presidia à abertura dum atelier de avaliação destes empreendimentos.
O governante garantiu que o Executivo vai focar-se na “reavaliação da carteira com o BAD de modo a enquadrar os projetos" e poder, a partir daí, definir os novos projetos que têm que ser agora incluídos numa nova estratégia de cooperação com este último para o período 2019-2023.
Acrescentou que os futuros projetos poderão ser financiados pelo BAD a fim de que eles tenham um impacto na melhoria das condições de vida das populações.
“No futuro vamos apostar em programas suscetíveis de impactar em termos de criação de empregos para jovens e mulheres e de rendimento das famílias”, sublinhou.
O governante deu também ênfase a empoderamento do setor privado, sublinhando que o Executivo está a trabalhar na criação de mecanismos de financiamento, de linhas de crédito, dum sistema de garantia parcial e de outras formas de financiamento que o BAD poderá ajudar a trazer a Cabo Verde.
“Estamos a trabalhar para que o setor privado possa ter condições para assumir o papel em matéria de produção, de geração de emprego e de aumento de rendimento da economia cabo-verdiana”, salientou Olavo Correia.
Conforme dados avançados durante uma avaliação intermédia da aplicação em Cabo Verde da Estratégia do BAD, dos 12 projetos identificados para financiamento relativo ao período 2014-2018, apenas três foram concretizados.
No papel, ficaram projetos como a construção dos portos da ilha do Maio e de águas profundas na ilha de São Vicente.
Também constam desta carteira investimentos identificados nas áreas como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) (40 porcento), transportes (36 porcento), energia (13 porcento), governação (4 porcento), área social (3 porcento) e agricultura (3 porcento).
Atualmente, o BAD tem 12 operações ativas em Cabo Verde num valor estimado em 81,6 milhões de euros, incluindo um projeto em parceria público-privada com a empresa de energias renováveis Cabeólica avaliado em 15 milhões de euros.
Das 12 operações, apenas três foram concretizados ou estão em via de o ser, nomeadamente a ampliação do aeroporto da Praia, a distribuição de energia elétrica em seis ilhas e a parceria público-privada com a Cabeólica.
O peso da dívida pública cabo-verdiana, o atraso na realização de estudos, a falta de operadores privados interessados no porto do Mindelo, a lentidão nas decisões relativas ao setor das energias renováveis e a fraca capacidade na execução dos projetos foram alguns dos aspetos apontados como sendo responsáveis pelos atrasos registados.
Os empréstimos do BAD a Cabo Verde não são concessionais e a execução anual do envelope de 25 milhões de euros corresponderia a 15 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.
O banco pan-africano, de que Cabo Verde é membro, é um dos principais parceiros de financiamento deste arquipélago, tendo, desde 1977, apoiado 65 projetos no país, cifrados em 453,5 milhões de euros.
-0- PANA CS/DD 13junho2017
Olavo Correia fez stes pronunciamentos quando presidia à abertura dum atelier de avaliação destes empreendimentos.
O governante garantiu que o Executivo vai focar-se na “reavaliação da carteira com o BAD de modo a enquadrar os projetos" e poder, a partir daí, definir os novos projetos que têm que ser agora incluídos numa nova estratégia de cooperação com este último para o período 2019-2023.
Acrescentou que os futuros projetos poderão ser financiados pelo BAD a fim de que eles tenham um impacto na melhoria das condições de vida das populações.
“No futuro vamos apostar em programas suscetíveis de impactar em termos de criação de empregos para jovens e mulheres e de rendimento das famílias”, sublinhou.
O governante deu também ênfase a empoderamento do setor privado, sublinhando que o Executivo está a trabalhar na criação de mecanismos de financiamento, de linhas de crédito, dum sistema de garantia parcial e de outras formas de financiamento que o BAD poderá ajudar a trazer a Cabo Verde.
“Estamos a trabalhar para que o setor privado possa ter condições para assumir o papel em matéria de produção, de geração de emprego e de aumento de rendimento da economia cabo-verdiana”, salientou Olavo Correia.
Conforme dados avançados durante uma avaliação intermédia da aplicação em Cabo Verde da Estratégia do BAD, dos 12 projetos identificados para financiamento relativo ao período 2014-2018, apenas três foram concretizados.
No papel, ficaram projetos como a construção dos portos da ilha do Maio e de águas profundas na ilha de São Vicente.
Também constam desta carteira investimentos identificados nas áreas como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) (40 porcento), transportes (36 porcento), energia (13 porcento), governação (4 porcento), área social (3 porcento) e agricultura (3 porcento).
Atualmente, o BAD tem 12 operações ativas em Cabo Verde num valor estimado em 81,6 milhões de euros, incluindo um projeto em parceria público-privada com a empresa de energias renováveis Cabeólica avaliado em 15 milhões de euros.
Das 12 operações, apenas três foram concretizados ou estão em via de o ser, nomeadamente a ampliação do aeroporto da Praia, a distribuição de energia elétrica em seis ilhas e a parceria público-privada com a Cabeólica.
O peso da dívida pública cabo-verdiana, o atraso na realização de estudos, a falta de operadores privados interessados no porto do Mindelo, a lentidão nas decisões relativas ao setor das energias renováveis e a fraca capacidade na execução dos projetos foram alguns dos aspetos apontados como sendo responsáveis pelos atrasos registados.
Os empréstimos do BAD a Cabo Verde não são concessionais e a execução anual do envelope de 25 milhões de euros corresponderia a 15 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.
O banco pan-africano, de que Cabo Verde é membro, é um dos principais parceiros de financiamento deste arquipélago, tendo, desde 1977, apoiado 65 projetos no país, cifrados em 453,5 milhões de euros.
-0- PANA CS/DD 13junho2017