PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde realiza primeiro festival do café do Fogo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro festival do café do Fogo iniciou-se quinta-feira, na Cidade da Igreja, no município dos Mosteiros em Cabo Verde, numa iniciativa que visa estimular os proprietários para a ampliação da área de cultivo e consequente aumento da produção e exportação deste produto considerado um dos melhores do mundo.
O ano passado foi marcado pela criação da empresa Fogo Coffee Spirit Ltda (FCS), num joint venture entre a empresa holandesa Trabocca, com 51 porcento, e a cabo-verdiana Capital Consulting, com 49 porcento das ações.
A criação desta empresa constituiu um ponto de viragem para que a reputação do café do Fogo (orgânico e biológico), cultivado há mais de 200 anos, sobretudo a espécie "Coffee Arábica L", ultrapasse as fronteiras do país para vingar em mercados como os Estados Unidos e a Europa.
O café da ilha do Fogo, a única do arquipélago onde é atualmente produzido em quantidades que permitem a sua comercialização, é considerado como sendo de excelente qualidade, tendo ganho, ainda no tempo colonial, prémios e medalhas, nomeadamente a Medalha de Ouro, na Exposição Colonial no Porto em 1934, como "o melhor café do império".
Também conquistou, em 1917 e 1918, os primeiros prémios da exposição agrícola realizada na cidade da Praia, além de ter participado na grande exposição da Índia Portuguesa em 1954.
Com o passar dos anos, o investimento neste setor foi decaindo, o que fez com que o seu cultivo deixasse de ser rentável, mas uma nova esperança para o setor nasceu com a constituição do consórcio FCS, que está a apostar no desenvolvimento desta atividade com muitos anos de tradição.
Neste sentido, o investimento nas áreas pós-colheita, através da modernização de meios, é uma prioridade a curto prazo, disse uma fonte da empresa.
Neste sentido, a empresa já tem uma fábrica a funcionar nos Mosteiros cujos equipamentos foram adquiridos no âmbito do projeto da Fogo Coffee Spirit Ltda, que se propõe investir, num período de cinco anos, 52 mil e 500 contos (cerca de 477 mil euros) na produção de café.
A fábrica tem capacidade para debulhar 500 quilos de café por hora e com possibilidade de separação de oito tipos consoante o tamanho, prontos a ser comercializados nos mercados do arquipélago cabo-verdiano e para serem exportados.
A primeira fase do projeto previa a instalação e certificação da fábrica de debulha a seco e a instalação de outras duas unidades de debulha húmida, concluídas no ano passado.
A segunda fase do projeto visa a fixação de 200 mil novas plantas de café na parte alta dos Mosteiros, seguida por outras etapas, como a instalação de uma empresa para a torrefação/moagem e embalagem do café para a sua comercialização.
Durante esta fase serão também criados espaços para a venda do café e outros produtos da ilha, como o vinho em São Filipe (Fogo) e nas ilhas do Sal, Boavista e Santiago.
A empresa Fogo Coffee Spirit Lda comparticipou também no financiamento da construção do Museu do Café dos Mosteiros, que vai ser agora inaugurado por ocasião do festival.
Trata-se de um projeto da Câmara Municipal e do Ministério da Cultura, para que este produto volte a ser a marca de roteiro turístico da ilha do Fogo.
No passado, as plantas de café existentes nas zonas altas dos Mosteiros chegaram a produzir 600 toneladas/ano e, neste momento, não ultrapassam as 40 toneladas, pelo que o projeto vai apoiar financeiramente os produtores na renovação e na extensão da área de cultivo.
Em 2012, primeiro ano do seu funcionamento, a empresa adquiriu 25 toneladas de café debulhadas no final de 2012 e exportadas no primeiro semestre de 2013 para a Holanda e o Japão.
No ano passado, considerado de contrassafra, a produção foi muito baixa e a empresa não conseguiu adquirir qualquer quantidade de café, esperando que a situação se reverta este ano, dadas as boas perspetivas de produção que deve ultrapassar as 100 toneladas.
-0- PANA CS/IZ 24abril2014
O ano passado foi marcado pela criação da empresa Fogo Coffee Spirit Ltda (FCS), num joint venture entre a empresa holandesa Trabocca, com 51 porcento, e a cabo-verdiana Capital Consulting, com 49 porcento das ações.
A criação desta empresa constituiu um ponto de viragem para que a reputação do café do Fogo (orgânico e biológico), cultivado há mais de 200 anos, sobretudo a espécie "Coffee Arábica L", ultrapasse as fronteiras do país para vingar em mercados como os Estados Unidos e a Europa.
O café da ilha do Fogo, a única do arquipélago onde é atualmente produzido em quantidades que permitem a sua comercialização, é considerado como sendo de excelente qualidade, tendo ganho, ainda no tempo colonial, prémios e medalhas, nomeadamente a Medalha de Ouro, na Exposição Colonial no Porto em 1934, como "o melhor café do império".
Também conquistou, em 1917 e 1918, os primeiros prémios da exposição agrícola realizada na cidade da Praia, além de ter participado na grande exposição da Índia Portuguesa em 1954.
Com o passar dos anos, o investimento neste setor foi decaindo, o que fez com que o seu cultivo deixasse de ser rentável, mas uma nova esperança para o setor nasceu com a constituição do consórcio FCS, que está a apostar no desenvolvimento desta atividade com muitos anos de tradição.
Neste sentido, o investimento nas áreas pós-colheita, através da modernização de meios, é uma prioridade a curto prazo, disse uma fonte da empresa.
Neste sentido, a empresa já tem uma fábrica a funcionar nos Mosteiros cujos equipamentos foram adquiridos no âmbito do projeto da Fogo Coffee Spirit Ltda, que se propõe investir, num período de cinco anos, 52 mil e 500 contos (cerca de 477 mil euros) na produção de café.
A fábrica tem capacidade para debulhar 500 quilos de café por hora e com possibilidade de separação de oito tipos consoante o tamanho, prontos a ser comercializados nos mercados do arquipélago cabo-verdiano e para serem exportados.
A primeira fase do projeto previa a instalação e certificação da fábrica de debulha a seco e a instalação de outras duas unidades de debulha húmida, concluídas no ano passado.
A segunda fase do projeto visa a fixação de 200 mil novas plantas de café na parte alta dos Mosteiros, seguida por outras etapas, como a instalação de uma empresa para a torrefação/moagem e embalagem do café para a sua comercialização.
Durante esta fase serão também criados espaços para a venda do café e outros produtos da ilha, como o vinho em São Filipe (Fogo) e nas ilhas do Sal, Boavista e Santiago.
A empresa Fogo Coffee Spirit Lda comparticipou também no financiamento da construção do Museu do Café dos Mosteiros, que vai ser agora inaugurado por ocasião do festival.
Trata-se de um projeto da Câmara Municipal e do Ministério da Cultura, para que este produto volte a ser a marca de roteiro turístico da ilha do Fogo.
No passado, as plantas de café existentes nas zonas altas dos Mosteiros chegaram a produzir 600 toneladas/ano e, neste momento, não ultrapassam as 40 toneladas, pelo que o projeto vai apoiar financeiramente os produtores na renovação e na extensão da área de cultivo.
Em 2012, primeiro ano do seu funcionamento, a empresa adquiriu 25 toneladas de café debulhadas no final de 2012 e exportadas no primeiro semestre de 2013 para a Holanda e o Japão.
No ano passado, considerado de contrassafra, a produção foi muito baixa e a empresa não conseguiu adquirir qualquer quantidade de café, esperando que a situação se reverta este ano, dadas as boas perspetivas de produção que deve ultrapassar as 100 toneladas.
-0- PANA CS/IZ 24abril2014