PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde realiza marcha de solidariedade para com raparigas raptadas na Nigéria
Praia, Cabo Verde (PANA) - Uma marcha de solidariedade para com as mais de 200 alunas raptadas, há um mês, da escola de Chibok, no Estado de Borno, no norte da Nigéria, pelos militantes da seita islamita radical Boko Haram, realiza-se nesta quinta-feira na cidade da Praia, soube a PANA de fonte oficial no local.
A marcha decorre sob a égide da Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder).
Para a CPRSS do PAICV (principal estrutura do partido no poder), “Cabo Verde deve mostrar o seu descontentamento em relação a este caso que fere os mais importantes princípios dos Direitos Humanos, designadamente a liberdade e a igualdade”.
Com a realização desta manifestação, “a CPRSS pretende alertar para a efetivação dos direitos, das liberdades e garantias das mulheres e das meninas de todos os países, resguardando-se no facto de Cabo Verde ter sido eleito, em julho de 2010, entre dez países africanos, para o Conselho de Administração da Agência das Nações Unidas de luta pela igualdade de género e pela melhoria das condições de vida das mulheres e meninas no mundo (UN WOMEN) ”.
O evento arranca na Pracinha do Liceu “Domingos Ramos”, parte histórica da cidade da Praia, para um trajeto que inclui a Embaixada dos Estados Unidos, o Palácio do Governo e o o Escritório das Nações Unidas em Achada Santo António.
A 14 de abril, o grupo fundamentalista islâmico raptou 276 raparigas, entre as quais cristãs e muçulmanas, de uma escola em Chibok, no norte da Nigéria, das quais 223 continuam dadas como desaparecidas.
O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse, num vídeo divulgado na passada segunda-feira, estar pronto para libertar as jovens se a Nigéria soltasse seus militantes do grupo detidos em diferentes prisões do país.
O ministro do Interior nigeriano, Abba Moro, rejeitou imediatamente esta proposta, afirmando que o grupo radical não podia ditar regras.
Desde que as forças de segurança nigerianas mataram, em 2009, o fundador e líder espiritual da Boko Haram, Mohamed Yusuf, os radicais intensificaram então uma campanha sangrenta que já causou mais de três mil mortos.
Entretanto, no mundo inteiro, multiplicam-se as manifestações para exigir a libertação das 200 raparigas raptadas há um mês, sob o lema "Bring Back Our Girls" (tragam de volta as nossas meninas), como palavra de ordem divulgada na rede social Twitter": "Bring Back Our Girls".
O caso destas meninas raptadas da sua escola em Chibok, no Estado de Borno (norte) revoltou a comunidade internacional e provocou uma onda de solidariedade a nível mundial.
Boko Haram, que significa em Haoussa (dialeto nacional) "a educação não islâmica é um pecado", luta pela imposição de Sharia (lei islâmica) na Nigéria, país maioritariamente povoado pelos muçulmanos no norte e predominantemente habitado pelos cristãos no sul.
-0- PANA CS/DD 15maio2014
A marcha decorre sob a égide da Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder).
Para a CPRSS do PAICV (principal estrutura do partido no poder), “Cabo Verde deve mostrar o seu descontentamento em relação a este caso que fere os mais importantes princípios dos Direitos Humanos, designadamente a liberdade e a igualdade”.
Com a realização desta manifestação, “a CPRSS pretende alertar para a efetivação dos direitos, das liberdades e garantias das mulheres e das meninas de todos os países, resguardando-se no facto de Cabo Verde ter sido eleito, em julho de 2010, entre dez países africanos, para o Conselho de Administração da Agência das Nações Unidas de luta pela igualdade de género e pela melhoria das condições de vida das mulheres e meninas no mundo (UN WOMEN) ”.
O evento arranca na Pracinha do Liceu “Domingos Ramos”, parte histórica da cidade da Praia, para um trajeto que inclui a Embaixada dos Estados Unidos, o Palácio do Governo e o o Escritório das Nações Unidas em Achada Santo António.
A 14 de abril, o grupo fundamentalista islâmico raptou 276 raparigas, entre as quais cristãs e muçulmanas, de uma escola em Chibok, no norte da Nigéria, das quais 223 continuam dadas como desaparecidas.
O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse, num vídeo divulgado na passada segunda-feira, estar pronto para libertar as jovens se a Nigéria soltasse seus militantes do grupo detidos em diferentes prisões do país.
O ministro do Interior nigeriano, Abba Moro, rejeitou imediatamente esta proposta, afirmando que o grupo radical não podia ditar regras.
Desde que as forças de segurança nigerianas mataram, em 2009, o fundador e líder espiritual da Boko Haram, Mohamed Yusuf, os radicais intensificaram então uma campanha sangrenta que já causou mais de três mil mortos.
Entretanto, no mundo inteiro, multiplicam-se as manifestações para exigir a libertação das 200 raparigas raptadas há um mês, sob o lema "Bring Back Our Girls" (tragam de volta as nossas meninas), como palavra de ordem divulgada na rede social Twitter": "Bring Back Our Girls".
O caso destas meninas raptadas da sua escola em Chibok, no Estado de Borno (norte) revoltou a comunidade internacional e provocou uma onda de solidariedade a nível mundial.
Boko Haram, que significa em Haoussa (dialeto nacional) "a educação não islâmica é um pecado", luta pela imposição de Sharia (lei islâmica) na Nigéria, país maioritariamente povoado pelos muçulmanos no norte e predominantemente habitado pelos cristãos no sul.
-0- PANA CS/DD 15maio2014