PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde realiza exercício militar conjunto com Estados Unidos
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde vai acolher em 2016 um exercício militar conjunto com os Estados Unidos, no âmbito daquilo que vai ser o próximo projeto de cooperação no setor da segurança marítima entre os dois países, anunciou quinta-feira o ministro cabo-verdiano da Defesa, Rui Semedo.
O governante cabo-verdiano fez esta revelação aos jornalistas durante uma visita ao contratorpedeiro americano USS McFaul, que quinta-feira efetuou uma curta paragem no porto da Praia, no seu regresso aos Estados Unidos, depois de uma missão de sete meses em operações de resgate de vítimas de catástrofes no mar.
Rui Semedo recordou que já existe uma “intensa cooperação” entre a Guarda Costeira de Cabo Verde e a Marinha dos Estados Unidos nas áreas de formação de quadros, apoio técnico, meios navais e fiscalização, pelo que o referido exercício se realiza nesse âmbito.
O ministro cabo-verdiano da Defesa sublinhou a importância de Cabo Verde garantir a segurança e a soberania marítimas, tendo em conta que são alvo de várias ameaças, que vão desde a criminalidade organizada à poluição.
"A segurança marítima, hoje, é uma dimensão que preocupa todos os países do mundo, porque temos enfrentado vários problemas como a criminalidade organizada, a pirataria marítima e a poluição marítima, pelo que precisamos de garantir a estabilidade nos nossos mares, garantir a soberania marítima e contribuir também para que o mar seja um espaço de projeção e de desenvolvimento económico", disse Rui Semedo.
A escala dessa unidade da Marinha de Guerra americana aconteceu depois de a
sub-secretária americana para os Assuntos Africanos, Bisa Williams, ter revelado, segunda-feira, em Washington, que Cabo Verde acaba de entrar para o grupo de países de África considerados “Ancor States”, ou seja, parceiros estrangeiros dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito na sequência de uma conferência "Diálogo da Parceria Estados Unidos-Cabo Verde", promovido, segunda-feira, em Washington, pelo Bureau de Assuntos Africanos do Departamento de Estado norte-americano, que teve como propósito reforçar e estreitar as relações entre os dois países.
O ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Tolentino, que liderou a delegação cabo-verdiana nessa conferência, disse que o facto de os Estados Unidos passarem a considerar o arquipélago como um “Ancor States” é uma “notícia extraordinária” e traduz o reconhecimento de todo o trabalho sério feito no domínio da defesa e segurança marítima que o país tem vindo a fazer.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana sublinhou que este reconhecimento também abre perspetivas de um trabalho mais aturado por forma a capacitar melhor Cabo Verde “na luta contra a criminalidade transnacional organizada e principalmente o narcotráfico”.
A este propósito, Bisa Williams anunciou que Cabo Verde vai receber dos Estados Unidos dois milhões de dólares para projetos de combate ao tráfico de droga e branqueamento de capitais.
Estão ainda em análise projetos de cooperação bilateral na área de transporte marítimo.
-0- PANA CS/IZ 06nov2015
O governante cabo-verdiano fez esta revelação aos jornalistas durante uma visita ao contratorpedeiro americano USS McFaul, que quinta-feira efetuou uma curta paragem no porto da Praia, no seu regresso aos Estados Unidos, depois de uma missão de sete meses em operações de resgate de vítimas de catástrofes no mar.
Rui Semedo recordou que já existe uma “intensa cooperação” entre a Guarda Costeira de Cabo Verde e a Marinha dos Estados Unidos nas áreas de formação de quadros, apoio técnico, meios navais e fiscalização, pelo que o referido exercício se realiza nesse âmbito.
O ministro cabo-verdiano da Defesa sublinhou a importância de Cabo Verde garantir a segurança e a soberania marítimas, tendo em conta que são alvo de várias ameaças, que vão desde a criminalidade organizada à poluição.
"A segurança marítima, hoje, é uma dimensão que preocupa todos os países do mundo, porque temos enfrentado vários problemas como a criminalidade organizada, a pirataria marítima e a poluição marítima, pelo que precisamos de garantir a estabilidade nos nossos mares, garantir a soberania marítima e contribuir também para que o mar seja um espaço de projeção e de desenvolvimento económico", disse Rui Semedo.
A escala dessa unidade da Marinha de Guerra americana aconteceu depois de a
sub-secretária americana para os Assuntos Africanos, Bisa Williams, ter revelado, segunda-feira, em Washington, que Cabo Verde acaba de entrar para o grupo de países de África considerados “Ancor States”, ou seja, parceiros estrangeiros dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito na sequência de uma conferência "Diálogo da Parceria Estados Unidos-Cabo Verde", promovido, segunda-feira, em Washington, pelo Bureau de Assuntos Africanos do Departamento de Estado norte-americano, que teve como propósito reforçar e estreitar as relações entre os dois países.
O ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Tolentino, que liderou a delegação cabo-verdiana nessa conferência, disse que o facto de os Estados Unidos passarem a considerar o arquipélago como um “Ancor States” é uma “notícia extraordinária” e traduz o reconhecimento de todo o trabalho sério feito no domínio da defesa e segurança marítima que o país tem vindo a fazer.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana sublinhou que este reconhecimento também abre perspetivas de um trabalho mais aturado por forma a capacitar melhor Cabo Verde “na luta contra a criminalidade transnacional organizada e principalmente o narcotráfico”.
A este propósito, Bisa Williams anunciou que Cabo Verde vai receber dos Estados Unidos dois milhões de dólares para projetos de combate ao tráfico de droga e branqueamento de capitais.
Estão ainda em análise projetos de cooperação bilateral na área de transporte marítimo.
-0- PANA CS/IZ 06nov2015