PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde quer confirmar se carne adulterada do Brasil entrou no país
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) de Cabo Verde, vai reforçar a inspeção junto dos operadores económicos importadores, para confirmar se a carne proveniente do Brasil e seus derivados entraram no em CaboVerde, indica um comunicdo da referida entidade a que a PANA teve acesso.
Neste comunicado divulgadosexta-feira última, a ARFA revelou que a medida vem na sequência da operação “Carne Fraca”, realizada pela Polícia Federal Brasileira para investigar sobre possíveis irregularidades no processamento de carne e seus derivados exportados por aquele país sul-americano.
A agência reguladora informa que o processo de recolha de informação, visando confirmar que a carne e seus derivados provenientes do Brasil não entraram em Cabo Verde, através de outros países, continua a decorrer ainda no país.
Entretanto, a ARFA garante que, caso existam no mercado cabo-verdiano produtos provenientes das unidades brasileiras objeto de investigação, serão tomadas medidas adequadas para a proteção dos consumidores que, segundo a agência, devem permanecer tranquilos enquanto decorrem as inspeções.
A agência informa ainda que, após tomar conhecimento da investigação a decorrer no Brasil, iniciou-se o processo de recolha de informações, em concertação com “a autoridade nacional competente” para o setor da pecuária, responsável pelo controlo na importação dos produtos de origem animal.
A ARFA garante ainda que, segundo informações oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA, versão brasileira), não houve exportação de produtos provenientes das unidades industriais brasileiras abrangidas na citada operação para Cabo Verde.
Enquanto isso, o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, garantiu, em declarações à imprensa, que Cabo Verde está dotado de um sistema que permite prevenir a entrada de carne adulterada no país.
O governante esclareceu que a importação de carne não é feita apenas através de Portugal, mas também através de outras vias, assegurando, no entanto, que “existem procedimentos de segurança”.
“Face a esta situação, os serviços e as autoridades nacionais estão a analisar as importações em curso e aquelas já feitas, mas o que posso dizer é que temos um sistema que permite prevenir este tipo de situações”, realçou.
Gilberto Silva assegurou ainda que, de um modo geral, a importação da carne e de outros produtos requer uma autorização prévia do forro sanitário passada pelas autoridades competentes e veterinárias do país.
A 17de marçocorrente, a Polícia Federal brasileira revelou a existência de um esquema de adulteração de carnes e derivados, organizado por executivos de grandes empresas do setor, servidores do Ministério da Agricultura, políticos e assessores de parlamentares.
De acordo com as autoridades, no âmbito deste processo, já foram identificados funcionários públicos subornados por diretores de empresas para darem aval a carnes com prazos de validade já ultrapassados e adulteradas.
Conforme as mesmas fontes, ficou igualmente comprovado o uso de químicos para melhorar o aspeto das carnes, a falsificação de etiquetas com a data de validade ou a inclusão de alimentos não adequados para consumo na elaboração de enchidos.
Este escândalo, que está a ter enorme repercussão a nível internacional, pode fazer com que o Brasil, o maior exportador de carnes e seus derivados, venha a perder 10 porcento do respetivo mercado.
-0- PANA CS/DD 25mar2017
Neste comunicado divulgadosexta-feira última, a ARFA revelou que a medida vem na sequência da operação “Carne Fraca”, realizada pela Polícia Federal Brasileira para investigar sobre possíveis irregularidades no processamento de carne e seus derivados exportados por aquele país sul-americano.
A agência reguladora informa que o processo de recolha de informação, visando confirmar que a carne e seus derivados provenientes do Brasil não entraram em Cabo Verde, através de outros países, continua a decorrer ainda no país.
Entretanto, a ARFA garante que, caso existam no mercado cabo-verdiano produtos provenientes das unidades brasileiras objeto de investigação, serão tomadas medidas adequadas para a proteção dos consumidores que, segundo a agência, devem permanecer tranquilos enquanto decorrem as inspeções.
A agência informa ainda que, após tomar conhecimento da investigação a decorrer no Brasil, iniciou-se o processo de recolha de informações, em concertação com “a autoridade nacional competente” para o setor da pecuária, responsável pelo controlo na importação dos produtos de origem animal.
A ARFA garante ainda que, segundo informações oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA, versão brasileira), não houve exportação de produtos provenientes das unidades industriais brasileiras abrangidas na citada operação para Cabo Verde.
Enquanto isso, o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, garantiu, em declarações à imprensa, que Cabo Verde está dotado de um sistema que permite prevenir a entrada de carne adulterada no país.
O governante esclareceu que a importação de carne não é feita apenas através de Portugal, mas também através de outras vias, assegurando, no entanto, que “existem procedimentos de segurança”.
“Face a esta situação, os serviços e as autoridades nacionais estão a analisar as importações em curso e aquelas já feitas, mas o que posso dizer é que temos um sistema que permite prevenir este tipo de situações”, realçou.
Gilberto Silva assegurou ainda que, de um modo geral, a importação da carne e de outros produtos requer uma autorização prévia do forro sanitário passada pelas autoridades competentes e veterinárias do país.
A 17de marçocorrente, a Polícia Federal brasileira revelou a existência de um esquema de adulteração de carnes e derivados, organizado por executivos de grandes empresas do setor, servidores do Ministério da Agricultura, políticos e assessores de parlamentares.
De acordo com as autoridades, no âmbito deste processo, já foram identificados funcionários públicos subornados por diretores de empresas para darem aval a carnes com prazos de validade já ultrapassados e adulteradas.
Conforme as mesmas fontes, ficou igualmente comprovado o uso de químicos para melhorar o aspeto das carnes, a falsificação de etiquetas com a data de validade ou a inclusão de alimentos não adequados para consumo na elaboração de enchidos.
Este escândalo, que está a ter enorme repercussão a nível internacional, pode fazer com que o Brasil, o maior exportador de carnes e seus derivados, venha a perder 10 porcento do respetivo mercado.
-0- PANA CS/DD 25mar2017