PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde preocupado com demora na formação de Governo na Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro de Cabo Vere, José Maria Neves, considera “incompreensível” que a Guiné-Bissau esteja tanto tempo sem Governo, apelando a um “diálogo sincero” entre os órgãos da soberania daquele país para se ultrapassar definitivamente a questão.
“Não quero intrometer-me nos assuntos internos da Guiné-Bissau, mas é incompreensível que um país com as necessidades de desenvolvimento daquele país possa ficar tanto tempo sem Governo e sem razão, para isso”, disse quarta-feira última à imprensa Jose Maria Neves quando se pronunciava sobre a situação política da Guiné-Bissau.
José Maria Neves, que fez esta declaração depois de presidir à abertura oficial do primeiro curso de Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), aproveitou o ensejo para apelar a um “efetivo diálogo” entre as partes.
Segundo ele, a questão “é política e deve-se criar condições para que o país tenha um governo e possa desenvolver-se. Os políticos são sempre eleitos para facilitar os problemas e não para criarem cada vez mais constrangimentos”.
O primeiro ministro cabo-verdiano disse esperar que haja um “intenso e sincero diálogo” entre os órgãos de soberania para se ultrapassar a questão, tendo em conta os interesses do povo da Guiné-Bissau.
Terça-feira última, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu ao primeiro-ministro indigitado, Carlos Correia, que reformulasse a proposta de Governo que havia apresentado três dias antes sexta-feira, quer em termos de estrutura orgânica, quer de elenco governamental.
Apesar de o novo líder do Governo ser outro, o chefe do Estado bissau-guineense considerou “surpreendente e estranho” o surgimento do nome do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira Domingos Simões Pereira (de 4 de julho de 2014 a 20 de agosto de 2015) na proposta.
Também se estranhou com o surgimento de “mais de 80 porcento dos membros” do respetivo Executivo, demitido por ele próprio a 12 de agosto último.
A seu ver, voltar a propor os mesmos nomes não ajuda os “esforços para a eliminação das causas da grave crise política que pôs em causa o regular funcionamento das instituições”.
Para José Mario Vaz, a demissão daquele elenco se justificava, na altura, por uma quebra de confiança no então primeiro-ministro Simões Pereira.
Ele disse suspeitar ilegalidades praticadas por membros do Governo.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cujo presidente é Domingos Simões Pereira, vencedor em 2014 das eleições gerais, colocando no poder este último, contesta, desde a primeira hora, a demissão do Governo e acusa o Presidente da República de não ter tido razões para o fazer.
O PAIGC acusa ainda o chefe de Estado de estar a querer “subverter” a Constituição, porque, a seu ver, cabe ao já empossado novo primeiro-ministro, Carlos Correia, propor os integrantes do novo Executivo.
-0- PANA CS/DD 08out2015
“Não quero intrometer-me nos assuntos internos da Guiné-Bissau, mas é incompreensível que um país com as necessidades de desenvolvimento daquele país possa ficar tanto tempo sem Governo e sem razão, para isso”, disse quarta-feira última à imprensa Jose Maria Neves quando se pronunciava sobre a situação política da Guiné-Bissau.
José Maria Neves, que fez esta declaração depois de presidir à abertura oficial do primeiro curso de Mestrado Integrado em Medicina na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), aproveitou o ensejo para apelar a um “efetivo diálogo” entre as partes.
Segundo ele, a questão “é política e deve-se criar condições para que o país tenha um governo e possa desenvolver-se. Os políticos são sempre eleitos para facilitar os problemas e não para criarem cada vez mais constrangimentos”.
O primeiro ministro cabo-verdiano disse esperar que haja um “intenso e sincero diálogo” entre os órgãos de soberania para se ultrapassar a questão, tendo em conta os interesses do povo da Guiné-Bissau.
Terça-feira última, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu ao primeiro-ministro indigitado, Carlos Correia, que reformulasse a proposta de Governo que havia apresentado três dias antes sexta-feira, quer em termos de estrutura orgânica, quer de elenco governamental.
Apesar de o novo líder do Governo ser outro, o chefe do Estado bissau-guineense considerou “surpreendente e estranho” o surgimento do nome do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira Domingos Simões Pereira (de 4 de julho de 2014 a 20 de agosto de 2015) na proposta.
Também se estranhou com o surgimento de “mais de 80 porcento dos membros” do respetivo Executivo, demitido por ele próprio a 12 de agosto último.
A seu ver, voltar a propor os mesmos nomes não ajuda os “esforços para a eliminação das causas da grave crise política que pôs em causa o regular funcionamento das instituições”.
Para José Mario Vaz, a demissão daquele elenco se justificava, na altura, por uma quebra de confiança no então primeiro-ministro Simões Pereira.
Ele disse suspeitar ilegalidades praticadas por membros do Governo.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cujo presidente é Domingos Simões Pereira, vencedor em 2014 das eleições gerais, colocando no poder este último, contesta, desde a primeira hora, a demissão do Governo e acusa o Presidente da República de não ter tido razões para o fazer.
O PAIGC acusa ainda o chefe de Estado de estar a querer “subverter” a Constituição, porque, a seu ver, cabe ao já empossado novo primeiro-ministro, Carlos Correia, propor os integrantes do novo Executivo.
-0- PANA CS/DD 08out2015