PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde pede reforço da cooperação no combate ao terrorismo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, considera ser necessário que os países e respetivas organizações de segurança trabalhem em parceria para o combate ao terrorismo e a outros crimes transnacionais e conexos, como o narcotráfico, que constituem hoje uma grande ameaça à paz e à estabilidade no mundo, apurou a PANA de fonte oficial.
O alerta do chefe do Governo cabo-verdiano foi feito, segunda-feira, durante a cerimónia de abertura de uma conferência internacional sobre o terrorismo, organizada, na ilha do Sal, e que conta com a participação de 150 agentes da polícia de diferentes países africanos, do Médio Oriente e dos Estados Unidos.
Para o primeiro-ministro cabo-verdiano, a conferência de três dias e que tem como lema "Luta contra o terrorismo, problemas e oportunidades em África e Médio Oriente" , é uma oportunidade para debater alguns dos problemas coletivos e avaliar quais as áreas em que a cooperação poderá constituir "um valor acrescido" relativamente aos esforços de cada um dos Estados participantes.
Face à evolução desses fenómenos e das organizações criminosas, José Maria Neves, considera ser cada vez mais indispensável a partilha de inteligência e de esforços entre os serviços de segurança e dos próprios Estados para um combate mais efetivo às organizações criminosas com fronteiras e espaços de atuação cada vez mais extensas.
No caso de Cabo Verde, o chefe do Governo cabo-verdiano explicou que uma visão de futuro para a cooperação implica, necessariamente, uma maior otimização do seu espaço marítimo, resultante da condição e vocação nas rotas interatlânticas.
"O direito dos mares e dos ares, nesta região atlântica, não pode ser do pirata, do traficante e
do terrorista, e para que instauremos uma ordem democrática transnacional temos de nos empenhar, em ativa e intensa cooperação, para o real combate contra essa criminalidade de grande magnitude", disse na conferência internacional sobre terrorismo, organizada pela
José Maria Neves defendeu que o arquipélago "tem feito jus ao bom nome" e tem sido um país útil na promoção da paz e da estabilidade "fatores cruciais da liberdade e da prosperidade".
"Nunca, como agora, se fizeram tantas apreensões de cocaína, tantas prisões preventivas e efetivas, tantas confiscações de bens bancários e de propriedades. Nunca, como agora, o criminoso e aquele que põe em causa a segurança pública e a segurança nacional tiveram um campo de manobra tão reduzido e estiveram em tão apertado controlo das autoridades", sustentou.
O chefe do Governo cabo-verdiano assegurou que a intensificação da atuação das redes terroristas, nos países próximos das fronteiras de Cabo Verde, é encarada pelo Executivo do arquipélago com "muita atenção".
"Preocupa-nos a eventualidade de alguns dos nossos vizinhos se tornarem reféns dos cartéis da droga e dos grupos terroristas em conluio com forças corruptas no governo ou militares, num caminho vertiginoso para uma situação de Estado falhado", alertou.
Para o chefe do governo cabo-verdiano, a África Ocidental e Central está a ganhar crescente importância para o crime organizado e para as organizações criminais transnacionais.
"As redes de crime organizado transnacional têm procurado bases objetivas para realizarem as suas operações ilícitas, principalmente tráfico de estupefacientes e de seres humanos, produtos pirateados, imigração ilegal e recursos naturais", alertou.
A conferência "Luta contra o terrorismo, problemas e oportunidades na África e Médio Oriente" é organizada pela polícia judiciária cabo-verdiana em parceria com a FBINAA (FBI Academy Associates), "uma associação sem fins lucrativos, cujos membros são agentes que frequentaram a Academia do FBI em Quantico, Virgínia (EUA).
O encerramento dos trabalhos, na quarta-feira, irá contar com a presença do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
-0- PANA CS/TON 22maio2012
O alerta do chefe do Governo cabo-verdiano foi feito, segunda-feira, durante a cerimónia de abertura de uma conferência internacional sobre o terrorismo, organizada, na ilha do Sal, e que conta com a participação de 150 agentes da polícia de diferentes países africanos, do Médio Oriente e dos Estados Unidos.
Para o primeiro-ministro cabo-verdiano, a conferência de três dias e que tem como lema "Luta contra o terrorismo, problemas e oportunidades em África e Médio Oriente" , é uma oportunidade para debater alguns dos problemas coletivos e avaliar quais as áreas em que a cooperação poderá constituir "um valor acrescido" relativamente aos esforços de cada um dos Estados participantes.
Face à evolução desses fenómenos e das organizações criminosas, José Maria Neves, considera ser cada vez mais indispensável a partilha de inteligência e de esforços entre os serviços de segurança e dos próprios Estados para um combate mais efetivo às organizações criminosas com fronteiras e espaços de atuação cada vez mais extensas.
No caso de Cabo Verde, o chefe do Governo cabo-verdiano explicou que uma visão de futuro para a cooperação implica, necessariamente, uma maior otimização do seu espaço marítimo, resultante da condição e vocação nas rotas interatlânticas.
"O direito dos mares e dos ares, nesta região atlântica, não pode ser do pirata, do traficante e
do terrorista, e para que instauremos uma ordem democrática transnacional temos de nos empenhar, em ativa e intensa cooperação, para o real combate contra essa criminalidade de grande magnitude", disse na conferência internacional sobre terrorismo, organizada pela
José Maria Neves defendeu que o arquipélago "tem feito jus ao bom nome" e tem sido um país útil na promoção da paz e da estabilidade "fatores cruciais da liberdade e da prosperidade".
"Nunca, como agora, se fizeram tantas apreensões de cocaína, tantas prisões preventivas e efetivas, tantas confiscações de bens bancários e de propriedades. Nunca, como agora, o criminoso e aquele que põe em causa a segurança pública e a segurança nacional tiveram um campo de manobra tão reduzido e estiveram em tão apertado controlo das autoridades", sustentou.
O chefe do Governo cabo-verdiano assegurou que a intensificação da atuação das redes terroristas, nos países próximos das fronteiras de Cabo Verde, é encarada pelo Executivo do arquipélago com "muita atenção".
"Preocupa-nos a eventualidade de alguns dos nossos vizinhos se tornarem reféns dos cartéis da droga e dos grupos terroristas em conluio com forças corruptas no governo ou militares, num caminho vertiginoso para uma situação de Estado falhado", alertou.
Para o chefe do governo cabo-verdiano, a África Ocidental e Central está a ganhar crescente importância para o crime organizado e para as organizações criminais transnacionais.
"As redes de crime organizado transnacional têm procurado bases objetivas para realizarem as suas operações ilícitas, principalmente tráfico de estupefacientes e de seres humanos, produtos pirateados, imigração ilegal e recursos naturais", alertou.
A conferência "Luta contra o terrorismo, problemas e oportunidades na África e Médio Oriente" é organizada pela polícia judiciária cabo-verdiana em parceria com a FBINAA (FBI Academy Associates), "uma associação sem fins lucrativos, cujos membros são agentes que frequentaram a Academia do FBI em Quantico, Virgínia (EUA).
O encerramento dos trabalhos, na quarta-feira, irá contar com a presença do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
-0- PANA CS/TON 22maio2012