PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde pede apoio na ONU para prevenir insegurança marítima
Praia, Cabo Verde (PANA) - O embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, Fernando Whanon Ferreira, pediu em Nova Iorque o apoio da comunidade internacional para ajudar o arquipélago a prevenir a insegurança marítima, soube a PANA de fonte diplomática.
Fernando Whanon, que falava terça-feira na plenária 69ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, admitiu que as águas cabo-verdianas são palco de várias atividades do crime organizado e que o país, sozinho, carece dos meios necessários para fazer face à situação.
Em declarações à imprensa antes da sua intervenção perante a Assembleia Geral da ONU, o
diplomata afirmou que as autoridades cabo-verdianas têm conhecimento de muitas atividades ilegais nas águas de Cabo Verde, como “tráfico de droga e outros”.
"O crime organizado aproveita-se da fraqueza do Estado na vigilância da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) porque Cabo Verde é um país pequeno, apesar de ter uma ZEE que o faz do tamanho da França”, assegurou.
"Seria impossível fazê-lo sozinho. Portanto, tentamos ultrapassar as dificuldades fazendo operações conjuntas com outros países - a Guarda Costeira americana ou as Armadas portuguesa, espanhola e inglesa", explicou o embaixador.
Segundo Fernando Wahnon, a colaboração com outros países tem melhorado, sobretudo a nível da coordenação, mas admitiu que Cabo Verde "gostaria de arranjar novos parceiros e novos instrumentos porque o objetivo final é diminuir senão acabar com a ameaça que esta situação significa para a democracia e o Estado de Direito".
Para o diplomata, o tráfico de droga afeta a vida dos cabo-verdianos de duas formas: pagamento em espécie a colaboradores, o que faz com que os estupefacientes sejam algo comum nas ilhas; e corrupção de funcionário.
"É algo que provoca desafios ao Estado de Direito, porque o poder de corrupção destas organizações é imenso. Facilmente, num Estado vulnerável como Cabo Verde, pode fazer perigar o estado de direito e as próprias instituições", declarou o embaixador.
Na sua intervenção durante a plenária da Assembleia Geral da ONU, o diplomata cabo-verdiano defendeu uma maior coerência e pragmatismo nas relações de cooperação e redefinição de critérios de financiamento ao desenvolvimento.
Ele disse que Cabo Verde espera que a próxima conferência sobre desenvolvimento, a ser realizada em 2015, produza diretivas que se traduzam na melhoria do acesso ao financiamento.
Fernando Whanon defendeu ainda para 2015 uma atenção particular às pessoas e à redução das desigualdades entre as nações.
O respeito pelos direitos humanos, políticas adequadas para a proteção do bem comum, progresso e bem-estar dos cidadãos, equidade de género, paz e segurança social, formam outros eixos do discurso de Fernando Whanon.
O embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas destacou também a necessidade de dar combate sem tréguas ao terrorismo, que considerou uma ameaça à paz e segurança internacionais.
-0- PANA CS/TON 01outubro2014
Fernando Whanon, que falava terça-feira na plenária 69ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, admitiu que as águas cabo-verdianas são palco de várias atividades do crime organizado e que o país, sozinho, carece dos meios necessários para fazer face à situação.
Em declarações à imprensa antes da sua intervenção perante a Assembleia Geral da ONU, o
diplomata afirmou que as autoridades cabo-verdianas têm conhecimento de muitas atividades ilegais nas águas de Cabo Verde, como “tráfico de droga e outros”.
"O crime organizado aproveita-se da fraqueza do Estado na vigilância da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) porque Cabo Verde é um país pequeno, apesar de ter uma ZEE que o faz do tamanho da França”, assegurou.
"Seria impossível fazê-lo sozinho. Portanto, tentamos ultrapassar as dificuldades fazendo operações conjuntas com outros países - a Guarda Costeira americana ou as Armadas portuguesa, espanhola e inglesa", explicou o embaixador.
Segundo Fernando Wahnon, a colaboração com outros países tem melhorado, sobretudo a nível da coordenação, mas admitiu que Cabo Verde "gostaria de arranjar novos parceiros e novos instrumentos porque o objetivo final é diminuir senão acabar com a ameaça que esta situação significa para a democracia e o Estado de Direito".
Para o diplomata, o tráfico de droga afeta a vida dos cabo-verdianos de duas formas: pagamento em espécie a colaboradores, o que faz com que os estupefacientes sejam algo comum nas ilhas; e corrupção de funcionário.
"É algo que provoca desafios ao Estado de Direito, porque o poder de corrupção destas organizações é imenso. Facilmente, num Estado vulnerável como Cabo Verde, pode fazer perigar o estado de direito e as próprias instituições", declarou o embaixador.
Na sua intervenção durante a plenária da Assembleia Geral da ONU, o diplomata cabo-verdiano defendeu uma maior coerência e pragmatismo nas relações de cooperação e redefinição de critérios de financiamento ao desenvolvimento.
Ele disse que Cabo Verde espera que a próxima conferência sobre desenvolvimento, a ser realizada em 2015, produza diretivas que se traduzam na melhoria do acesso ao financiamento.
Fernando Whanon defendeu ainda para 2015 uma atenção particular às pessoas e à redução das desigualdades entre as nações.
O respeito pelos direitos humanos, políticas adequadas para a proteção do bem comum, progresso e bem-estar dos cidadãos, equidade de género, paz e segurança social, formam outros eixos do discurso de Fernando Whanon.
O embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas destacou também a necessidade de dar combate sem tréguas ao terrorismo, que considerou uma ameaça à paz e segurança internacionais.
-0- PANA CS/TON 01outubro2014