PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde organiza fórum sobre recuperação de ilha do Fogo
Praia, Cabo Verde (PANA) – Um fórum de dois dias que visa promover uma ampla discussão sobre o processo de recuperação dos efeitos da erupção vulcânica registada entre novembro passado e janeiro deste ano na ilha cabo-verdiana do Fogo decorre desde segunda-feira durante três dias na cidade de São Filipe, soube a PANA de fonte oficial.
Patrocinado pelo gabinete do primeiro-ministro, o fórum vai reunir representantes dos poderes central e local, da sociedade civil e da população de Chã das Caldeiras (zona mais afetada pela erupção) para estabelecer as linhas gerais sobre as modalidades de recuperação de modo a que as zonas afetadas e toda a ilha venham a ficar “melhor do que antes da erupção”.
De acordo com o programa, o fórum vai girar a volta de três painéis, nomeadamente sobre a prevenção de riscos e respostas a catástrofes, com subtemas como cartografia de riscos da ilha do Fogo e capacidade de prevenção de riscos, respostas a catástrofes e recuperação dos seus efeitos.
O segundo painel incide sobre as necessidades básicas da população afetada em que será analisada a satisfação das necessidades básicas da população deslocada como a saúde, educação, água, energia, saneamento.
O terceiro painel aborda a intervenção no setor económico para a recuperação do Fogo, com destaque para a estratégia de intervenção neste setor, a reconversão do tecido produtivo agropecuário, da atividade do setor não agrícola (turismo) e novo assentamento populacional.
Este último é um dos temas mais importantes a ser debatido uma vez que essa discussão vai determinar o local para a construção do novo assentamento habitacional para a população de Chã das Caldeiras.
A preocupação das autoridades vai no sentido de um local seguro onde as mais de mil pessoas afetadas possam ser instaladas, sem risco de voltarem a ser surpreendidas por uma nova erupção vulcânica.
A nova zona de assentamento também deve ficar a uma distância que irá permitir aos residentes a deslocação periódica a Chã das Caldeiras para cultivarem os terrenos que não foram afetados pelas lavas expelidas pelo vulcão.
O financiamento para reconstrução já conta com quase um milhão de dólares americanos (perto de 96 mil contos) depositados nos cofres do Tesouro, mas ainda se aguarda pelos quase 150 mil contos (cerca de 1,6 milhão de euros) prometidos pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), por Timor-Leste e pela União Africana.
Países como a China, a Argentina, Angola, o Brasil, França, o Japão, a Espanha, os Estados Unidos da América, São Tomé e Príncipe, a Guiné-Bissau e Portugal, onde decorrem campanhas de solidariedade, foram os primeiros a aceder ao apelo do Governo de Cabo Verde.
A União Europeia, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estenderam igualmente a mão solidária ao povo de Cabo Verde.
Os donativos, que foram canalizados diretamente para a Cruz Vermelha de Cabo Verde, garantem neste momento o essencial para a sobrevivência das 1.076 pessoas afetadas pela erupção vulcânica.
A soma arrecadada inclui também esforço nacional, nomeadamente a contribuição de deputados que concordaram em doar à Cruz Vermelha 380 contos (cerca de 3,45 euros), valor que corresponde a um dia do seu salário.
As câmaras municipais, empresas e pessoas individuais também se solidarizaram com as vítimas da erupção vulcânica, fazendo donativos em géneros alimentícios, vestuários e recursos financeiros.
-0- PANA CS/TON 02março2015
Patrocinado pelo gabinete do primeiro-ministro, o fórum vai reunir representantes dos poderes central e local, da sociedade civil e da população de Chã das Caldeiras (zona mais afetada pela erupção) para estabelecer as linhas gerais sobre as modalidades de recuperação de modo a que as zonas afetadas e toda a ilha venham a ficar “melhor do que antes da erupção”.
De acordo com o programa, o fórum vai girar a volta de três painéis, nomeadamente sobre a prevenção de riscos e respostas a catástrofes, com subtemas como cartografia de riscos da ilha do Fogo e capacidade de prevenção de riscos, respostas a catástrofes e recuperação dos seus efeitos.
O segundo painel incide sobre as necessidades básicas da população afetada em que será analisada a satisfação das necessidades básicas da população deslocada como a saúde, educação, água, energia, saneamento.
O terceiro painel aborda a intervenção no setor económico para a recuperação do Fogo, com destaque para a estratégia de intervenção neste setor, a reconversão do tecido produtivo agropecuário, da atividade do setor não agrícola (turismo) e novo assentamento populacional.
Este último é um dos temas mais importantes a ser debatido uma vez que essa discussão vai determinar o local para a construção do novo assentamento habitacional para a população de Chã das Caldeiras.
A preocupação das autoridades vai no sentido de um local seguro onde as mais de mil pessoas afetadas possam ser instaladas, sem risco de voltarem a ser surpreendidas por uma nova erupção vulcânica.
A nova zona de assentamento também deve ficar a uma distância que irá permitir aos residentes a deslocação periódica a Chã das Caldeiras para cultivarem os terrenos que não foram afetados pelas lavas expelidas pelo vulcão.
O financiamento para reconstrução já conta com quase um milhão de dólares americanos (perto de 96 mil contos) depositados nos cofres do Tesouro, mas ainda se aguarda pelos quase 150 mil contos (cerca de 1,6 milhão de euros) prometidos pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), por Timor-Leste e pela União Africana.
Países como a China, a Argentina, Angola, o Brasil, França, o Japão, a Espanha, os Estados Unidos da América, São Tomé e Príncipe, a Guiné-Bissau e Portugal, onde decorrem campanhas de solidariedade, foram os primeiros a aceder ao apelo do Governo de Cabo Verde.
A União Europeia, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estenderam igualmente a mão solidária ao povo de Cabo Verde.
Os donativos, que foram canalizados diretamente para a Cruz Vermelha de Cabo Verde, garantem neste momento o essencial para a sobrevivência das 1.076 pessoas afetadas pela erupção vulcânica.
A soma arrecadada inclui também esforço nacional, nomeadamente a contribuição de deputados que concordaram em doar à Cruz Vermelha 380 contos (cerca de 3,45 euros), valor que corresponde a um dia do seu salário.
As câmaras municipais, empresas e pessoas individuais também se solidarizaram com as vítimas da erupção vulcânica, fazendo donativos em géneros alimentícios, vestuários e recursos financeiros.
-0- PANA CS/TON 02março2015