PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde na conferência sobre pequenos Estados insulares
Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma delegação cabo-verdiana chefiada pelo primeiro-ministro José Maria Neves vai participar na Terceira Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento dos Pequenos Estados Insulares (SIDS), que decorre entre 1 e 4 de setembro próximo em Apia, capital do arquipélago polinésio de Samoa, apurou a PANA, sexta-feira, na cidade da Praia de fonte oficial.
A Terceira Conferência Internacional sobre os SIDS tem como objetivo chamar a atenção do mundo sobre as vulnerabilidades destes países e ajudar a reunir ideias e recursos para abordar os desafios que enfrentam.
A Conferência servirá como um fórum para construção de parcerias bem-sucedidas, já existentes, bem como para o lançamento de iniciativas inovadoras, visando a promoção do desenvolvimento sustentável dos SIDS.
Durante o evento, os participantes analisam e debatem temas prioritários como “o Desenvolvimento Económico Sustentável”, “As mudanças climáticas e gestão de riscos de desastres” e “O desenvolvimento social nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento”.
“Saúde e doenças não transmissíveis”, “jovens e mulheres”, “energia sustentável”, “Oceanos, mares e Biodiversidade”, “Água e Saneamento” e “Segurança Alimentar e Gestão de Resíduos” figuram igualmente entre os temas a serem debatidos.
O evento será precedido de uma pré-conferência que acontece entre 28 e 30 de agosto corrente e durante a qual serão realizados três fóruns, designadamente da Juventude, das Energias Renováveis e do Setor Privado.
O primeiro-ministro de Cabo Verde alertou para a necessidade de a União Africana (UA) colocar na sua agenda a questão dos pequenos Estados insulares africanos com vista à sua integração mais efetiva na agenda de transformação de África.
Ele considera também que instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial (BM), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) "não têm dado a necessária atenção aos pequenos Estados insulares".
"A questão dos pequenos Estados insulares não está devidamente tratada, nem na União Africana, nem no conjunto das instituições financeiras internacionais", precisou.
Neves reconheceu, entretanto, que, no quadro das Nações Unidas, "que têm feito um trabalho importante, há uma maior preocupação pela organização dos Estados insulares, mas só isto não chega".
O primeiro-ministro cabo-verdiano apontou as especificidades dos pequenos Estados insulares, tais como as vulnerabilidades económicas e ambientais e os elevados custos de infraestruturação, como circunstâncias a levar em conta pelas instituições internacionais.
Segundo José Maria Neves, a viabilização de um banco num pequeno Estado insular é muito mais difícil, uma vez que o mercado é extremamente diminuto o que leva também as instituições financeiras a cobrar juros muito elevados.
O chefe do Governo cabo-verdiano anotou que há vários países insulares de Rendimento Médio, mas que não se pode tratar Estados como a China, o México e o Brasil "da mesma forma que Cabo Verde e Seicheles", por exemplo.
No entender de José Maria Neves, há que organizar-se melhor e colocar na agenda internacional a questão dos pequenos Estados insulares, nomeadamente os africanos.
-0- PANA CS/IZ 22ago2014
A Terceira Conferência Internacional sobre os SIDS tem como objetivo chamar a atenção do mundo sobre as vulnerabilidades destes países e ajudar a reunir ideias e recursos para abordar os desafios que enfrentam.
A Conferência servirá como um fórum para construção de parcerias bem-sucedidas, já existentes, bem como para o lançamento de iniciativas inovadoras, visando a promoção do desenvolvimento sustentável dos SIDS.
Durante o evento, os participantes analisam e debatem temas prioritários como “o Desenvolvimento Económico Sustentável”, “As mudanças climáticas e gestão de riscos de desastres” e “O desenvolvimento social nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento”.
“Saúde e doenças não transmissíveis”, “jovens e mulheres”, “energia sustentável”, “Oceanos, mares e Biodiversidade”, “Água e Saneamento” e “Segurança Alimentar e Gestão de Resíduos” figuram igualmente entre os temas a serem debatidos.
O evento será precedido de uma pré-conferência que acontece entre 28 e 30 de agosto corrente e durante a qual serão realizados três fóruns, designadamente da Juventude, das Energias Renováveis e do Setor Privado.
O primeiro-ministro de Cabo Verde alertou para a necessidade de a União Africana (UA) colocar na sua agenda a questão dos pequenos Estados insulares africanos com vista à sua integração mais efetiva na agenda de transformação de África.
Ele considera também que instituições financeiras internacionais como o Banco Mundial (BM), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) "não têm dado a necessária atenção aos pequenos Estados insulares".
"A questão dos pequenos Estados insulares não está devidamente tratada, nem na União Africana, nem no conjunto das instituições financeiras internacionais", precisou.
Neves reconheceu, entretanto, que, no quadro das Nações Unidas, "que têm feito um trabalho importante, há uma maior preocupação pela organização dos Estados insulares, mas só isto não chega".
O primeiro-ministro cabo-verdiano apontou as especificidades dos pequenos Estados insulares, tais como as vulnerabilidades económicas e ambientais e os elevados custos de infraestruturação, como circunstâncias a levar em conta pelas instituições internacionais.
Segundo José Maria Neves, a viabilização de um banco num pequeno Estado insular é muito mais difícil, uma vez que o mercado é extremamente diminuto o que leva também as instituições financeiras a cobrar juros muito elevados.
O chefe do Governo cabo-verdiano anotou que há vários países insulares de Rendimento Médio, mas que não se pode tratar Estados como a China, o México e o Brasil "da mesma forma que Cabo Verde e Seicheles", por exemplo.
No entender de José Maria Neves, há que organizar-se melhor e colocar na agenda internacional a questão dos pequenos Estados insulares, nomeadamente os africanos.
-0- PANA CS/IZ 22ago2014