PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde melhora quatro posições no Índice de Liberdade Imprensa
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde passou da 36ª, em 2015, para 32ª, em 2016, no Índice de Liberdade de Imprensa 2016, divulgado, esta semana, pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), apurou a PANA de fonte segura.
Na classificação referente ao ano em curso, o arquipélago cabo-verdiano obtém 19,82 pontos, melhorando em 0,87 a pontuação relativa a vários critérios para a elaboração da tabela.
Os RSF realçam o fato de Cabo Verde se "distinguir pela ausência de ataques a jornalistas e pela significativa liberdade de imprensa", garantidas pela Constituição, recordando que o último caso de difamação remonta a 2002.
A organização assinala ainda que grande parte dos órgãos de comunicação social no país pertencem ao Estado (rádio e televisão públicas e agência de notícias), mas os conteúdos não estão sob controlo, apesar de existir "um certo nível de autocensura devido ao pequeno tamanho do país".
A presidente da Associação Sindical dos Jornalistas Cabo-verdianos (AJOC), Carla Lima, regozijou-se, quinta-feira, com a subida de Cabo Verde no Índice de Liberdade de Imprensa 2016, dos RSF.
Carla Lima considera que este desempenho é um “bom indicador”, sobretudo no ano em que se fala de um “profundo declínio” da liberdade de imprensa no mundo, com todos países de quase todos os continentes a baixarem as suas pontuações.
A presidente da AJOC disse acreditar que a instalação, em 2015, da Agência Reguladora de Comunicação Social (ARC) poderá ser um dos motivos que pesaram na melhoria da posição de Cabo Verde, bem como a forma coma a profissão vem sendo exercido no arquipélago.
“Desde 2011 que a legislação estava aprovada necessitando apenas que partidos políticos entrassem em acordo para a nomeação do conselho regulador. Tendo isso acontecido no ano passado, acredito que tenha contribuído para esta melhoria da posição de Cabo Verde na liberdade de imprensa”, precisou.
Sublinhou ainda que, em 2015, não se registou “grandes casos de impedimentos e de bloqueios da profissão do jornalismo” e que “o próprio relatório destaca o fato de não ter havido ataques e nem prisões de jornalistas”.
No entanto, Carla Lima lembra que o documento do RSF faz referência ao facto da grande parte dos órgãos de comunicação social pertencerem ainda ao Estado, designadamente a rádio e a televisão públicas, bem como a agência de notícias) e que, apesar de considerar que os seus conteúdos não estão sob controlo, aponta para a existência de "um certo nível de autocensura devido ao pequeno tamanho do país".
“Os jornalistas têm algum receio de provocar o atual empregador ou se calhar o futuro empregador, tendo em conta que o meio é pequeno e que não há tantos meios por onde os jornalistas possam trabalhar”, considerou Carla Lima.
Concluiu entretanto, que existem condições para melhorar ainda mais o nível da liberdade de imprensa em Cabo Verde.
-0- PANA CS/DD 22abril2016
Na classificação referente ao ano em curso, o arquipélago cabo-verdiano obtém 19,82 pontos, melhorando em 0,87 a pontuação relativa a vários critérios para a elaboração da tabela.
Os RSF realçam o fato de Cabo Verde se "distinguir pela ausência de ataques a jornalistas e pela significativa liberdade de imprensa", garantidas pela Constituição, recordando que o último caso de difamação remonta a 2002.
A organização assinala ainda que grande parte dos órgãos de comunicação social no país pertencem ao Estado (rádio e televisão públicas e agência de notícias), mas os conteúdos não estão sob controlo, apesar de existir "um certo nível de autocensura devido ao pequeno tamanho do país".
A presidente da Associação Sindical dos Jornalistas Cabo-verdianos (AJOC), Carla Lima, regozijou-se, quinta-feira, com a subida de Cabo Verde no Índice de Liberdade de Imprensa 2016, dos RSF.
Carla Lima considera que este desempenho é um “bom indicador”, sobretudo no ano em que se fala de um “profundo declínio” da liberdade de imprensa no mundo, com todos países de quase todos os continentes a baixarem as suas pontuações.
A presidente da AJOC disse acreditar que a instalação, em 2015, da Agência Reguladora de Comunicação Social (ARC) poderá ser um dos motivos que pesaram na melhoria da posição de Cabo Verde, bem como a forma coma a profissão vem sendo exercido no arquipélago.
“Desde 2011 que a legislação estava aprovada necessitando apenas que partidos políticos entrassem em acordo para a nomeação do conselho regulador. Tendo isso acontecido no ano passado, acredito que tenha contribuído para esta melhoria da posição de Cabo Verde na liberdade de imprensa”, precisou.
Sublinhou ainda que, em 2015, não se registou “grandes casos de impedimentos e de bloqueios da profissão do jornalismo” e que “o próprio relatório destaca o fato de não ter havido ataques e nem prisões de jornalistas”.
No entanto, Carla Lima lembra que o documento do RSF faz referência ao facto da grande parte dos órgãos de comunicação social pertencerem ainda ao Estado, designadamente a rádio e a televisão públicas, bem como a agência de notícias) e que, apesar de considerar que os seus conteúdos não estão sob controlo, aponta para a existência de "um certo nível de autocensura devido ao pequeno tamanho do país".
“Os jornalistas têm algum receio de provocar o atual empregador ou se calhar o futuro empregador, tendo em conta que o meio é pequeno e que não há tantos meios por onde os jornalistas possam trabalhar”, considerou Carla Lima.
Concluiu entretanto, que existem condições para melhorar ainda mais o nível da liberdade de imprensa em Cabo Verde.
-0- PANA CS/DD 22abril2016