Cabo Verde mantém a 39ª. posição no Índice de Percepção de Corrupção
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde mantém a 39.ª posição, 58 pontos, no Índice de Perceção da Corrupção 2021, divulgado, esta terça-feira, pela organização Transparência Internacional (TI), apurou a PANA de fonte segura.
O Índice de Percpção da Corrupção (IPC), organizado pela TI, classifica 180 países e territórios pelos níveis de perceção da corrupção no setor público, numa escala de zero (altamente corrupta) a 100 pontos (limpa da perceção de corrupção).
No relatório anual da organização não-governamental (ONG) sediada em Berlim, na Alemahha, a média da África Subsariana é de 33 pontos, a mais baixa do mundo, e 44 países classificam-se abaixo dos 50 pontos.
Em termos gerais, a TI sublinha que, de acordo com os últimos inquéritos do Afrobarómetro, a maioria da população africana acredita que a corrupção está a aumentar, ao mesmo tempo que expressa insatisfação com a forma como a democracia funciona.
“Isto não é surpreendente”, assinala a TI, explicando que “a corrupção persistente tem andado de mãos dadas com mudanças inconstitucionais de poder em várias partes do continente.”
Noutro domínio, também nesta região do mundo os governos impuseram restrições desproporcionadas às liberdades civis em muitos países, muitas vezes sob o pretexto de conter a expansão da pandemia da covid-19.
“Os resultados do IPC 2021 devem servir como um alerta para as sociedades de toda a África Subsariana. A magnitude dos desafios da corrupção exige as respostas mais arrojadas de sempre”, defende a TI.
“Os governos devem reconhecer que o progresso sustentável na luta contra a corrupção só pode ser alcançado se forem garantidos os controlos societais e institucionais do poder”, acrescenta.
A pandemia da covid-19, por outro lado, “não pode ser usada como desculpa para os governos restringirem o direito das pessoas à informação ou à liberdade de expressão”, acrescenta a Organizaçaão Não Governamental (ONG).
Os líderes de toda a África Subsariana devem envidar esforços para acelerar a recuperação de ativos e aumentar novamente a ação global contra os fluxos financeiros ilícitos, ajudando a evitar a fuga de capitais, para que os recursos naturais e os fundos públicos possam ser utilizados para apoiar as pessoas que vivem na região, não as elites, sugere a TI.
-0- PANA CS/DD 22jan2022