Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde ligado a cabo de fibra ótica euro-africano

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde é um dos 13 países da costa ocidental de África ligado, a partir desta sexta-feira, ao sistema de cabos submarinos de fibra ótica WACS (Western African Cable System), que se estende da África do Sul ao Reino Unido, soube a PANA junto da empresa cabo-verdiana de telecomunicações.

O projeto deste cabo submarino, com uma capacidade superior a 5.12 Terabits/s e 17.200 km de extensão unindo a Cidade do Cabo a Londres, custou ao consórcio West Africa Cable System (WACS) e à Alcatel-Lucent Submarine Networks um total de 650 milhões de dólares americanos.

Cabo Verde aderiu a este projeto há cerca de 3 anos quando a empresa cabo-verdiana de telecomunicações, a CV Telecom, anunciou um investimento de 25 milhões de dólares americanos no reforço da capacidade de telecomunicações internacionais, através da implementação de um novo sistema de cabos submarinos, parte integrante deste consórcio internacional.

Uma fonte da empresa esclareceu que este investimento vem na linha da atuação da CV Telecom que tem demonstrado “o seu engajamento com o desenvolvimento efetivo das comunicações em Cabo Verde, apostando na inovação, na modernização e no acesso às novas tecnologias”.

Para além do arquipélago, o cabo submarino de fibra ótica euro-africana foi amarado também em Portugal, nas Canárias, no Gana, na Côte d’Ivoire, na Nigéria, em Angola, nos Camarões, na RD Congo, na Republica do Congo, no Togo e na Namíbia.

Com o arranque operacional do WACS, esse grupo de países passa a beneficiar de uma tecnologia “com capacidade e qualidade para sustentar todas as necessidades e exigências de banda larga que a Sociedade da Informação e do Conhecimento nos coloca nos dias de hoje”, precisou a fonte.

No caso de Cabo Verde, este novo cabo virá resolver estruturalmente, e em definitivo, o problema da continuidade e da segurança das comunicações internacionais entre as ilhas do arquipélago e o mundo.

Os promotores do WACS garantem também que este novo cabo de fibra ótica vai permitir aos utentes aceder com maior rapidez à Internet de banda larga, além de garantir maior segurança.

Acredita-se ainda que o arranque do funcionamento do cabo de fibra ótica euro-africana irá fazer baixar os preços da Internet na região, o que poderá ter um impacto económico enorme porque, segundo o Banco Mundial, cada aumento de 10 porcento na conexão de banda larga impulsiona o crescimento económico em 1,38 porcento.

“O cabo WACS sozinho pode aumentar a conetividade em mais de 20 por cento”, estima o consórcio responsável pelo projeto, que espera com este projeto imprimir um novo impulso ao mercado da tecnologia de Internet sem fios, já em expansão em África.

Este é o segundo cabo submarino internacional de fibra ótica ao qual Cabo Verde está incluído, depois de a CVTelecom ter aderido, em 2000, ao projeto Atlantis II.

-0- PANA CS/TON 11maio2012