PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde lidera fuga de cérebros em África
Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde é o país africano com maior fuga de cérebros e a emigração cabo-verdiana é a mais qualificada do continente, indica um recente estudo da Organização Internacional das Migrações (OIM).
O estudo da OIM, divulgado pela imprensa cabo-verdiana, refere que, entre 1997 e 2003, Cabo Verde viu-se privado de 77 por cento dos quadros técnicos superiores que se encontram espalhados por quase todos os continentes, mas em maior número na América e na Europa.
A OIM, que considera "alta" a taxa de fuga de cérebros, dá conta que apenas 910 dos 5.
382 quadros superiores que foram estudar para o estrangeiro regressaram ao país depois de formados.
Segundo a OIM, na emigração altamente qualificada regista-se um aumento de fuga de cérebros de 10,7 por cento, quando em 1990 a taxa situava-se em 56,8 por cento 10 anos depois subiu para 67,5 por cento.
A organização sublinhou que se trata da cifra mais alta na emigração altamente qualificada em África, exemplificando com a área específica da Medicina, que, entre 1990 e 2000, reteve nos países de formação 54,1 por cento dos licenciados.
Contudo, o estudo releva que a grande maioria dos emigrantes cabo-verdianos integra sobretudo os grupos de trabalhadores com pouca ou nenhuma qualificação profissional.
Em 1990, lê-se no estudo, 78 por cento dos emigrantes possuía a escolaridade básica, percentagem que desceu, em 2000, para valores próximos dos 74 por cento.
Porém, desde 2000 que se tem registado um ligeiro aumento de instrução, sobretudo nos níveis secundário e superior.
Em relação aos setores de trabalho nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a maioria labora na construção (24,7 por cento), nas fábricas (14,7 por cento) e no trabalho em lares e em casas particulares (9,1 por cento).
O estudo da OIM aponta ainda que a emigração tem estado a diminuir desde a década de 70 do século XX, verificando-se que, de 1970 a 1975, a taxa foi de 19,1 por cento, descendo para 5,1 por cento no período entre 2005 e 2010.
Dados oficiais indicam a existência de 518 mil 180 emigrantes cabo-verdianos em todo o mundo, sensivelmente o mesmo número dos que residem no arquipélago (cerca de 500 mil).
Este total vem pôr em causa a ideia, generalizada em todo o país, de que a comunidade cabo-verdiana na diáspora é duas vezes superior à residente no arquipélago.
No entanto, dados do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento em Migrações, Globalização e Pobreza (DRC) da Universidade de Sussex, no Reino Unido, apurados com base na nacionalidade dos indivíduos constantes dos censos de 2000, dizem existir somente 199 mil e 644 cabo-verdianos no estrangeiro.
O estudo da OIM, divulgado pela imprensa cabo-verdiana, refere que, entre 1997 e 2003, Cabo Verde viu-se privado de 77 por cento dos quadros técnicos superiores que se encontram espalhados por quase todos os continentes, mas em maior número na América e na Europa.
A OIM, que considera "alta" a taxa de fuga de cérebros, dá conta que apenas 910 dos 5.
382 quadros superiores que foram estudar para o estrangeiro regressaram ao país depois de formados.
Segundo a OIM, na emigração altamente qualificada regista-se um aumento de fuga de cérebros de 10,7 por cento, quando em 1990 a taxa situava-se em 56,8 por cento 10 anos depois subiu para 67,5 por cento.
A organização sublinhou que se trata da cifra mais alta na emigração altamente qualificada em África, exemplificando com a área específica da Medicina, que, entre 1990 e 2000, reteve nos países de formação 54,1 por cento dos licenciados.
Contudo, o estudo releva que a grande maioria dos emigrantes cabo-verdianos integra sobretudo os grupos de trabalhadores com pouca ou nenhuma qualificação profissional.
Em 1990, lê-se no estudo, 78 por cento dos emigrantes possuía a escolaridade básica, percentagem que desceu, em 2000, para valores próximos dos 74 por cento.
Porém, desde 2000 que se tem registado um ligeiro aumento de instrução, sobretudo nos níveis secundário e superior.
Em relação aos setores de trabalho nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a maioria labora na construção (24,7 por cento), nas fábricas (14,7 por cento) e no trabalho em lares e em casas particulares (9,1 por cento).
O estudo da OIM aponta ainda que a emigração tem estado a diminuir desde a década de 70 do século XX, verificando-se que, de 1970 a 1975, a taxa foi de 19,1 por cento, descendo para 5,1 por cento no período entre 2005 e 2010.
Dados oficiais indicam a existência de 518 mil 180 emigrantes cabo-verdianos em todo o mundo, sensivelmente o mesmo número dos que residem no arquipélago (cerca de 500 mil).
Este total vem pôr em causa a ideia, generalizada em todo o país, de que a comunidade cabo-verdiana na diáspora é duas vezes superior à residente no arquipélago.
No entanto, dados do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento em Migrações, Globalização e Pobreza (DRC) da Universidade de Sussex, no Reino Unido, apurados com base na nacionalidade dos indivíduos constantes dos censos de 2000, dizem existir somente 199 mil e 644 cabo-verdianos no estrangeiro.