PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde lidera entrada de remessas de emigrantes em África
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde é o país do continente africano que, em proporção com a sua população (491 mil e 575 indivíduos, conforme o censo de 2010 realizado pelo Instituto Nacional de Estatística), mais remessas de emigrantes recebeu no ano passado, revela um estudo divulgado durante a assembleia anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorre em Arusha (Tanzânia).
As remessas enviadas por emigrantes cabo-verdianos ascenderam a 246 euros per capita, no ano passado, representando oito porcento do PIB (Produto Interno Bruto), contra os 9,4 porcento em 2010.
Seguem-se o Lesoto (234 euros), Marrocos (176,70 euros), as Maurícias (155 euros) e a Tunísia (140,60 euros).
No entanto, a contribuição das remessas para o PIB de Cabo Verde é inferior à do Lesoto (28 porcento), a segunda maior fatia do mundo (depois da do Tajiquistão), devido à numerosa comunidade que trabalha na África do Sul.
O estudo da autoria do Banco Mundial (BM) alerta que, apesar de, a nível global, as remessas terem recuperado cerca de oito porcento para 282 biliões de euros em 2011, relativamente ao ano anterior, se prevê que o seu futuro comportamento se fique por metade dos fluxos registados entre 2000 e 2008, no período que antecedeu a crise económica mundial.
O principal risco de novas quedas no envio de dinheiro pelos emigrantes advém das economias europeia e norte-americana, avisa o relatório.
Segundo cálculos do Banco Mundial, os fluxos de remessas para Cabo Verde, Senegal e Guiné-Bissau estão mais expostos a um agravamento da economia na Europa.
No caso de Cabo Verde, o Governo anunciou, em abril passado, que quer redirecionar as remessas dos emigrantes para os setores produtivos e de investimento, com vista a terem maior impacto no desenvolvimento do país.
Estudos sobre a utilização das transferências de fundos demonstram que, em primeiro lugar, as remessas destinam-se a satisfazer as necessidades quotidianas das famílias, seguidas pelas despesas de saúde e educação e, por último, os investimentos imobiliários e as atividades individuais e produtivas.
A intenção do Governo foi expressa pela ministra cabo-verdiana das Comunidades, Fernanda Fernandes, na abertura do seminário "Medidas para Reforçar os Laços entre as Transferências de Fundos e o Desenvolvimento", promovido no quadro do projeto de "Apoio às Administrações Públicas Africanas Responsáveis pelas Iniciativas sobre Migração e Desenvolvimento", financiado pela União Europeia (UE) e pela Agência de Cooperação Espanhola.
"Queremos redimensionar, se possível, essas remessas para investimentos e para as atividades produtivas, porque acreditamos que desta forma terão muito mais impacto na economia do que meramente o consumo", sublinhou a ministra.
Segundo dados oficiais do Banco de Cabo Verde (BCV), as transferências de fundos para Cabo Verde subiram de 109 milhões de dólares (83 milhões de euros), em 2003, para 144 milhões de dólares (109,3 milhões de euros), em 2010.
-0- PANA CS/IZ 30maio2012
As remessas enviadas por emigrantes cabo-verdianos ascenderam a 246 euros per capita, no ano passado, representando oito porcento do PIB (Produto Interno Bruto), contra os 9,4 porcento em 2010.
Seguem-se o Lesoto (234 euros), Marrocos (176,70 euros), as Maurícias (155 euros) e a Tunísia (140,60 euros).
No entanto, a contribuição das remessas para o PIB de Cabo Verde é inferior à do Lesoto (28 porcento), a segunda maior fatia do mundo (depois da do Tajiquistão), devido à numerosa comunidade que trabalha na África do Sul.
O estudo da autoria do Banco Mundial (BM) alerta que, apesar de, a nível global, as remessas terem recuperado cerca de oito porcento para 282 biliões de euros em 2011, relativamente ao ano anterior, se prevê que o seu futuro comportamento se fique por metade dos fluxos registados entre 2000 e 2008, no período que antecedeu a crise económica mundial.
O principal risco de novas quedas no envio de dinheiro pelos emigrantes advém das economias europeia e norte-americana, avisa o relatório.
Segundo cálculos do Banco Mundial, os fluxos de remessas para Cabo Verde, Senegal e Guiné-Bissau estão mais expostos a um agravamento da economia na Europa.
No caso de Cabo Verde, o Governo anunciou, em abril passado, que quer redirecionar as remessas dos emigrantes para os setores produtivos e de investimento, com vista a terem maior impacto no desenvolvimento do país.
Estudos sobre a utilização das transferências de fundos demonstram que, em primeiro lugar, as remessas destinam-se a satisfazer as necessidades quotidianas das famílias, seguidas pelas despesas de saúde e educação e, por último, os investimentos imobiliários e as atividades individuais e produtivas.
A intenção do Governo foi expressa pela ministra cabo-verdiana das Comunidades, Fernanda Fernandes, na abertura do seminário "Medidas para Reforçar os Laços entre as Transferências de Fundos e o Desenvolvimento", promovido no quadro do projeto de "Apoio às Administrações Públicas Africanas Responsáveis pelas Iniciativas sobre Migração e Desenvolvimento", financiado pela União Europeia (UE) e pela Agência de Cooperação Espanhola.
"Queremos redimensionar, se possível, essas remessas para investimentos e para as atividades produtivas, porque acreditamos que desta forma terão muito mais impacto na economia do que meramente o consumo", sublinhou a ministra.
Segundo dados oficiais do Banco de Cabo Verde (BCV), as transferências de fundos para Cabo Verde subiram de 109 milhões de dólares (83 milhões de euros), em 2003, para 144 milhões de dólares (109,3 milhões de euros), em 2010.
-0- PANA CS/IZ 30maio2012