PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde lidera emigrantes licenciados em África
Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde é o país africano com mais emigrantes licenciados, revela um relatório científico apresentado na Comissão Europeia (CE) e no Parlamento Europeu (PE) em Bruxelas.
De acordo com as conclusões do estudo, 10 países africanos têm mais 40 por cento dos seus cérebros no estrangeiro e Cabo Verde ocupa a primeira posição, com 67 porcento da população licenciada fora do país, seguido da Gâmbia e de Serra Leoa.
Trata-se de um "Livro Branco" elaborado por 250 universidades de todo mundo com o propósito de analisar a saída de quadros de África para a Europa e a forma como os países podem travar a fuga de conhecimento.
O relatório foi apresentado terça-feira numa altura em que a migração volta ao debate europeu e visa também alertar os países da União Europeia (UE) que a imigração proveniente de África tem também quadros qualificados.
O estudo mostrou que 43 porcento dos diplomados africanos emigram para a Europa, 31 porcento para os Estados Unidos, 12 porcento para o Canadá e 12,8 porcento para a Austrália.
Muitos partiram para ganhar mais dinheiro, mas outros para fazerem Mestrados e Doutoramentos, tendo a maioria deles permanecido nos países de destino.
A Europa é o continente com maior presença de médicos, engenheiros, gestores e outro tipo de licenciaturas, representando cerca de 60 porcento do total.
O documento mostra ainda que, entre 1990 e 2000, a emigração dos quadros superiores da África Ocidental para os países desenvolvidos aumentou 123 porcento contra 53 porcento dos não qualificados.
O baixo salário e a falta de meios de trabalho são os motivos que impedem África de reter os seus investigadores e quadros e de ter recursos humanos que consigam competir com as economias mais potentes, refere-se no documento.
Um anterior estudo da Organização Internacional das Migrações (OIM) já tinha concluído que Cabo Verde é o país africano com maior fuga de cérebros e que a emigração cabo-verdiana é a mais qualificada do continente africano.
O estudo da OIM refere que, entre 1997 e 2003, Cabo Verde viu- se privado de 77 porcento dos quadros técnicos superiores que se encontram espalhados por quase todos os continentes, mas em maior número na América e na Europa.
A OIM, que considera "alta" a taxa de fuga de cérebros, dá conta que apenas 910 dos 5.
382 quadros superiores que foram estudar para o estrangeiro regressaram ao país depois de formados.
Segundo a OIM, na emigração altamente qualificada regista-se um aumento de fuga de cérebros de 10,7 porcento, quando em 1990 a taxa situava-se em 56,8 porcento 10 anos depois subiu para 67,5 por cento.
A organização sublinhou que se trata da cifra mais alta na emigração altamente qualificada em África, exemplificando com a área específica da Medicina, que, entre 1990 e 2000, reteve nos países de formação 54,1 por cento dos licenciados.
De acordo com as conclusões do estudo, 10 países africanos têm mais 40 por cento dos seus cérebros no estrangeiro e Cabo Verde ocupa a primeira posição, com 67 porcento da população licenciada fora do país, seguido da Gâmbia e de Serra Leoa.
Trata-se de um "Livro Branco" elaborado por 250 universidades de todo mundo com o propósito de analisar a saída de quadros de África para a Europa e a forma como os países podem travar a fuga de conhecimento.
O relatório foi apresentado terça-feira numa altura em que a migração volta ao debate europeu e visa também alertar os países da União Europeia (UE) que a imigração proveniente de África tem também quadros qualificados.
O estudo mostrou que 43 porcento dos diplomados africanos emigram para a Europa, 31 porcento para os Estados Unidos, 12 porcento para o Canadá e 12,8 porcento para a Austrália.
Muitos partiram para ganhar mais dinheiro, mas outros para fazerem Mestrados e Doutoramentos, tendo a maioria deles permanecido nos países de destino.
A Europa é o continente com maior presença de médicos, engenheiros, gestores e outro tipo de licenciaturas, representando cerca de 60 porcento do total.
O documento mostra ainda que, entre 1990 e 2000, a emigração dos quadros superiores da África Ocidental para os países desenvolvidos aumentou 123 porcento contra 53 porcento dos não qualificados.
O baixo salário e a falta de meios de trabalho são os motivos que impedem África de reter os seus investigadores e quadros e de ter recursos humanos que consigam competir com as economias mais potentes, refere-se no documento.
Um anterior estudo da Organização Internacional das Migrações (OIM) já tinha concluído que Cabo Verde é o país africano com maior fuga de cérebros e que a emigração cabo-verdiana é a mais qualificada do continente africano.
O estudo da OIM refere que, entre 1997 e 2003, Cabo Verde viu- se privado de 77 porcento dos quadros técnicos superiores que se encontram espalhados por quase todos os continentes, mas em maior número na América e na Europa.
A OIM, que considera "alta" a taxa de fuga de cérebros, dá conta que apenas 910 dos 5.
382 quadros superiores que foram estudar para o estrangeiro regressaram ao país depois de formados.
Segundo a OIM, na emigração altamente qualificada regista-se um aumento de fuga de cérebros de 10,7 porcento, quando em 1990 a taxa situava-se em 56,8 porcento 10 anos depois subiu para 67,5 por cento.
A organização sublinhou que se trata da cifra mais alta na emigração altamente qualificada em África, exemplificando com a área específica da Medicina, que, entre 1990 e 2000, reteve nos países de formação 54,1 por cento dos licenciados.