PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde lança planos regionais de desenvolvimento agrícola
Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde vai apresentar publicamente, terça-feira próxima, os seus Planos de Acção para o Desenvolvimento da Agricultura (PADA) nas quatro ilhas de maior vocação agrícola do país (Santiago, Fogo, Santo Antão e São Nicolau), apurou a PANA no fim-de-semana de fonte oficial na cidade da Praia.
Com os PADA, pretende-se descentralizar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento agrícola do arquipélago e alcançar um desenvolvimento rural sustentável e racionalizado, tendo em consideração as especificidades de cada ilha e as necessidades das populações locais.
Elaborados no quadro da planificação para implementação do segundo quinquénio da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Agrícola, os PADA resultam de uma iniciativa do Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM), com a assistência técnica e financeira da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Os PADA são mais do que um conjunto de propostas e soluções indicadas para combater as fraquezas e potencializar as forças do sector agropecuário nas quatro ilhas visadas.
Segundo o representante da FAO em Cabo Verde, Frans Van de Ven, o Governo cabo-verdiano tem um Plano de Estratégia Agrícola Nacional para o horizonte 2004/2015, que não tinha ainda todos os elementos específicos para fazer, realmente, uma descentralização por ilha ou por concelho e tomar em conta as diferenças existentes entre as várias ilhas”.
Neste sentido, ele decidiu, juntamente com a FAO, lançar esta proposta que, através da metodologia de Desenvolvimento Territorial Participativo, “dá aos actores presentes nas ilhas a oportunidade de participar, dizendo quais são as prioridades, os constrangimentos, e o que precisam para fazer desenvolver a agricultura, as pescas, e a pecuária".
“Desta vez, a planificação sai do campo, das ilhas e não apenas dos escritórios do Ministério”, reforça Van de Ven.
O representante da FAO no arquipélago considera, no entanto, que a água é uma preocupação transversal em todos os planos regionais.
“No meu parecer, e na perspectiva da FAO, temos que fazer inovações.
O sistema de rega gota-a-gota já está bem massificado e, neste momento, para poupar água e aumentar a produtividade, temos uma outra técnica em que deveríamos investir, a hidroponia”, diz Frans Van de Ven.
Segundo os técnicos do departamento governamental responsável pela agricultura, os PADA podem contribuir ainda para melhorar a distribuição dos produtos agrícolas nas ilhas e entre as ilhas.
“Sabemos que Sal e Boa Vista são possíveis mercados, já que lá estão as grandes empresas estrangeiras que procuram produtos naturais.
Mas os agricultores não chegam a estas ilhas sozinhos e precisam de uma estrutura de apoio, que vamos ter que encontrar junto dos privados ou de parceiros”, referem.
A FAO também considera que a comercialização dos produtos agropecuários é uma prioridade inscrita nos PADA.
“Ainda há muita falta de informação sobre os volumes de produção, os preços, as necessidades de cada ilha e como não foi feito esse diagnóstico parece mais fácil importar frutas e verduras de outros países", sugeriu Frans Van de Ven.
Fontes do MADRRM reconhecem que, nos últimos anos, a implementação de projectos na área agrícola trouxeram grandes ganhos para o desenvolvimento do mundo rural no arquipélago, em especial na valorização integrada e participativa dos recursos naturais e no reforço do capital humano e socioeconómico local, visando a optimização das capacidades produtivas.
“Apesar dos resultados alcançados, a exiguidade territorial, a insularidade, as secas prolongadas e recorrentes e o ritmo de crescimento demográfico constituem ainda desafios sérios para o sector", afirmou.
Defendeu ser "premente e importante" adoptar uma visão e programação a nível regional para o alcance das metas preconizadas nos instrumentos estratégicos de Desenvolvimento Rural e para corresponder às expectativas dos parceiros directos do sector.
Com os PADA, pretende-se descentralizar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento agrícola do arquipélago e alcançar um desenvolvimento rural sustentável e racionalizado, tendo em consideração as especificidades de cada ilha e as necessidades das populações locais.
Elaborados no quadro da planificação para implementação do segundo quinquénio da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Agrícola, os PADA resultam de uma iniciativa do Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos (MADRRM), com a assistência técnica e financeira da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Os PADA são mais do que um conjunto de propostas e soluções indicadas para combater as fraquezas e potencializar as forças do sector agropecuário nas quatro ilhas visadas.
Segundo o representante da FAO em Cabo Verde, Frans Van de Ven, o Governo cabo-verdiano tem um Plano de Estratégia Agrícola Nacional para o horizonte 2004/2015, que não tinha ainda todos os elementos específicos para fazer, realmente, uma descentralização por ilha ou por concelho e tomar em conta as diferenças existentes entre as várias ilhas”.
Neste sentido, ele decidiu, juntamente com a FAO, lançar esta proposta que, através da metodologia de Desenvolvimento Territorial Participativo, “dá aos actores presentes nas ilhas a oportunidade de participar, dizendo quais são as prioridades, os constrangimentos, e o que precisam para fazer desenvolver a agricultura, as pescas, e a pecuária".
“Desta vez, a planificação sai do campo, das ilhas e não apenas dos escritórios do Ministério”, reforça Van de Ven.
O representante da FAO no arquipélago considera, no entanto, que a água é uma preocupação transversal em todos os planos regionais.
“No meu parecer, e na perspectiva da FAO, temos que fazer inovações.
O sistema de rega gota-a-gota já está bem massificado e, neste momento, para poupar água e aumentar a produtividade, temos uma outra técnica em que deveríamos investir, a hidroponia”, diz Frans Van de Ven.
Segundo os técnicos do departamento governamental responsável pela agricultura, os PADA podem contribuir ainda para melhorar a distribuição dos produtos agrícolas nas ilhas e entre as ilhas.
“Sabemos que Sal e Boa Vista são possíveis mercados, já que lá estão as grandes empresas estrangeiras que procuram produtos naturais.
Mas os agricultores não chegam a estas ilhas sozinhos e precisam de uma estrutura de apoio, que vamos ter que encontrar junto dos privados ou de parceiros”, referem.
A FAO também considera que a comercialização dos produtos agropecuários é uma prioridade inscrita nos PADA.
“Ainda há muita falta de informação sobre os volumes de produção, os preços, as necessidades de cada ilha e como não foi feito esse diagnóstico parece mais fácil importar frutas e verduras de outros países", sugeriu Frans Van de Ven.
Fontes do MADRRM reconhecem que, nos últimos anos, a implementação de projectos na área agrícola trouxeram grandes ganhos para o desenvolvimento do mundo rural no arquipélago, em especial na valorização integrada e participativa dos recursos naturais e no reforço do capital humano e socioeconómico local, visando a optimização das capacidades produtivas.
“Apesar dos resultados alcançados, a exiguidade territorial, a insularidade, as secas prolongadas e recorrentes e o ritmo de crescimento demográfico constituem ainda desafios sérios para o sector", afirmou.
Defendeu ser "premente e importante" adoptar uma visão e programação a nível regional para o alcance das metas preconizadas nos instrumentos estratégicos de Desenvolvimento Rural e para corresponder às expectativas dos parceiros directos do sector.