Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde institui "ano da solidariedade para com crianças com paralisia cerebral"

Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde instituiu 1914 como "o ano da solidariedade para com as crianças com paralisia cerebral", apurou a PANA, sábado, na capital cabo-verdiana de fonte oficial.

Trata-se de uma iniciativa que visa chamar a atenção para a necessidade, para as entidades públicas privadas e da sociedade cabo-verdiana, no seu todo, de redobrarem de esforços a fim de melhorar as condições tanto ao nível dos cuidados como das leis de proteção a favor dessas pessoas que reclamam por tratamentos especiais.

No mesmo contexto, a ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer, anunciou que o Executivo já esta trabalhar com associações que lidam com essa questão para delinear um plano de atividades a favor destas pessoas deficientes.

“Acredito que será uma grande oportunidade de reforçarmos a nossa atuação e chegarmos a mais pessoas com paralisia cerebral no país”, sublinhou.

A governante lembrou que a instituição do "ano da solidariedade para com as crianças com paralisia cerebral" foi uma promessa do primeiro-ministro, José Maria Neves, feita nas festividades do Natal de 2013 na sede da Associação dos Familiares e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar).

A presidente da Acarinhar, Teresa Mascarenhas, recordou naquela ocasião que esta “é a primeira vez que o Governo está a declarar um ano dedicado a uma área tão específica como a da paralisia cerebral”.

Segundo ela, a iniciativa implica também mais responsabilidades por parte de Organizações Não Governamentais (ONG) que se dedicam a esta problemática, “porque temos de fazer muito mais para a concretização dos objetivos desse ano”.

Teresa Mascarenhas espera que este ano resulte, para a associação que apoia atualmente cerca de 220 crianças e jovens com paralisia cerebral, muito mais recursos e mais parceiros para que a mesma possa trabalhar para uma “verdadeira” inclusão que, conforme frisou, “não é uma tarefa fácil”.

Entretanto, o Governo vai disponibilizar, ao longo de 2014, mais de 10 milhões de escudos (cerca de 90,9 mil euros) para ONGà organizações que lidam com a problemática desta deficiência.

Para o diretor-geral da Solidariedade Social, Lamine Tavares, com este gesto, o Governo quer colaborar para que essas associações possam desenvolver o máximo de atividades possíveis, tendo como meta a redução da vulnerabilidade destes seres humanos e assim garantir a sua a inclusão social.

-0- PANA CS/DD 16mar2014