PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde instado a lutar contra a desertificação
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde deve mobilizar mais meios financeiros, reforçar as capacidades humanas e apostar na avaliação das suas ações de combate à desertificação e aos efeitos da seca, segundo o relatório sobre o estado de implementação por Cabo Verde da Convenção das Nações Unidas sobre a Luta contra a Desertificação (CNULCD).
O V relatório sobre a implementação da CNULCD, aprovado durante um ateliê enquadrado nas comemorações do Dia Internacional de Luta contra a Desertificação (17 de junho), vai ser submetido à Convenção a 30 deste mês e retrata o desempenho de Cabo Verde entre 2009 e 2014.
O documento, apresentado aos representantes dos principais setores e organizações que intervêm no combate à desertificação em todo o país, foi elaborado com base na auscultação aos 22 concelhos do país, onde foi possível recolher informações e subsídios junto de todos os serviços desconcentrados do Estado, representantes dos municípios e atores locais que intervêm na luta contra a desertificação e os efeitos da seca.
O relatório assinala como pontos fracos o facto de Cabo Verde ter deixado de ter projetos específicos no domínio da luta contra a desertificação, o que está a ser feito através de atividades dispersas por vários programas e projetos, o que também dificulta a avaliação.
Ao apresentar o documento, a consultora Margarida Santos afirmou que este incidiu principalmente sobre os indicadores de ‘performance’, que se encontram intimamente ligados aos objetivos operacionais da estratégia decenal das Nações Unidas para 2018, pelo que Cabo Verde deverá, nos próximos meses, proceder ao alinhamento da sua estratégia nacional para esse horizonte.
Na avaliação da implementação da Convenção, disse, foram apresentados indicadores de resultados nos domínios da advocacia, sensibilização e educação, quadro político, ciência, tecnologia e conhecimentos, reforço das capacidades e financiamento e transferência de tecnologias.
A consultora reconheceu que o arquipélago continua engajado nos esforços de luta contra a desertificação e a degradação das terras, dando grande destaque à informação e à sensibilização para a mudança de comportamento, educação e pesquisa sobre o fenómeno.
Ela enalteceu, por outro lado, as ações desenvolvidas para a defesa e proteção dos solos, mobilização da água, restauração dos ecossistemas degradados, luta contra a pobreza e melhoria das condições de vida, sobretudo no meio rural.
A consultora sublinhou, por outro lado, a mobilização da sociedade civil e o contributo das Organizações não Governamentais (ONG) e das associações comunitárias, bem como a ação de instituições científicas e tecnológicas nesse processo, a par da divulgação e sensibilização feita através dos meios da comunicação social e de massas.
Margarida Santos apontou ainda como grandes ganhos da luta contra a desertificação em Cabo Verde a construção de barragens e diques, a introdução de novas técnicas e tecnologias na agricultura, o ordenamento das bacias hidrográficas, a elaboração e implementação de planos de ordenamento do território das várias ilhas, entre outras iniciativas.
No entanto, ela assinalou que os recursos financeiros continuam ainda insuficientes para cobrir todas as necessidades em termos de combate ao fenómeno, sem esquecer os efeitos das mudanças climáticas.
A consultora defendeu que se deve também apostar mais na mudança de comportamentos, de atitudes e de práticas, na pesquisa e no conhecimento e na melhoria do quadro legal e institucional existente.
-0- PANA CS/TON 17jun2014
O V relatório sobre a implementação da CNULCD, aprovado durante um ateliê enquadrado nas comemorações do Dia Internacional de Luta contra a Desertificação (17 de junho), vai ser submetido à Convenção a 30 deste mês e retrata o desempenho de Cabo Verde entre 2009 e 2014.
O documento, apresentado aos representantes dos principais setores e organizações que intervêm no combate à desertificação em todo o país, foi elaborado com base na auscultação aos 22 concelhos do país, onde foi possível recolher informações e subsídios junto de todos os serviços desconcentrados do Estado, representantes dos municípios e atores locais que intervêm na luta contra a desertificação e os efeitos da seca.
O relatório assinala como pontos fracos o facto de Cabo Verde ter deixado de ter projetos específicos no domínio da luta contra a desertificação, o que está a ser feito através de atividades dispersas por vários programas e projetos, o que também dificulta a avaliação.
Ao apresentar o documento, a consultora Margarida Santos afirmou que este incidiu principalmente sobre os indicadores de ‘performance’, que se encontram intimamente ligados aos objetivos operacionais da estratégia decenal das Nações Unidas para 2018, pelo que Cabo Verde deverá, nos próximos meses, proceder ao alinhamento da sua estratégia nacional para esse horizonte.
Na avaliação da implementação da Convenção, disse, foram apresentados indicadores de resultados nos domínios da advocacia, sensibilização e educação, quadro político, ciência, tecnologia e conhecimentos, reforço das capacidades e financiamento e transferência de tecnologias.
A consultora reconheceu que o arquipélago continua engajado nos esforços de luta contra a desertificação e a degradação das terras, dando grande destaque à informação e à sensibilização para a mudança de comportamento, educação e pesquisa sobre o fenómeno.
Ela enalteceu, por outro lado, as ações desenvolvidas para a defesa e proteção dos solos, mobilização da água, restauração dos ecossistemas degradados, luta contra a pobreza e melhoria das condições de vida, sobretudo no meio rural.
A consultora sublinhou, por outro lado, a mobilização da sociedade civil e o contributo das Organizações não Governamentais (ONG) e das associações comunitárias, bem como a ação de instituições científicas e tecnológicas nesse processo, a par da divulgação e sensibilização feita através dos meios da comunicação social e de massas.
Margarida Santos apontou ainda como grandes ganhos da luta contra a desertificação em Cabo Verde a construção de barragens e diques, a introdução de novas técnicas e tecnologias na agricultura, o ordenamento das bacias hidrográficas, a elaboração e implementação de planos de ordenamento do território das várias ilhas, entre outras iniciativas.
No entanto, ela assinalou que os recursos financeiros continuam ainda insuficientes para cobrir todas as necessidades em termos de combate ao fenómeno, sem esquecer os efeitos das mudanças climáticas.
A consultora defendeu que se deve também apostar mais na mudança de comportamentos, de atitudes e de práticas, na pesquisa e no conhecimento e na melhoria do quadro legal e institucional existente.
-0- PANA CS/TON 17jun2014