PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde instado a aumentar licença de maternidadede para aleitamento materno exclusivo
Praia, Cabo Verde (PANA) – Organizações públicas e privadas lançaram uma petição para a alteração da licença de maternidade em Cabo Verde, dos atuais dois meses para quatro, para que o país possa atingir a meta dos seis meses do aleitamento materno exclusivo (AME), recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Vladmir Silves Ferreira, um dos mentores da petição, Cabo Verde figura como um dos “piores” países em matéria de condições de licença de maternidade, pelo que qualquer alteração é “boa” e vai “aproximar” o arquipélago das orientações da OMS.
Dados do ano passado indicam que, em Cabo Verde, apenas 30,5 porcento de mães amamentam os seus filhos de forma exclusiva até aos seis meses de idade, isto apesar de todo o engajamento político e do trabalho que os profissionais da saúde têm feito na promoção desta prática.
O tempo de licença de maternidade concedida atualmente às mães “não tem permitido” que elas cumpram o AME, indica Silves Ferreira, lembrando que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda 14 semanas.
"É só uma questão de tempo para que se faça esta alteração legal em Cabo Verde para o bem da sociedade e das crianças acima de tudo”, disse.
A mesma opinião é partilhada também pela administradora nacional de Promoção da Saúde da OMS, Edith Pereira, que interveio numa mesa redonda intitulada “Tempo de licença de Maternidade em Cabo Verde” promovida, sexta-feira, pelo Hospital Dr. Agostinho Neto (HAN), na Cidade da Praia.
Edith Pereira, que apresentou o tema “Trabalhar em conjunto para o bem comum”, explicou que o objetivo do mesmo é que toda a sociedade, governos, nações e todas as partes interessadas trabalhem em conjunto para fortalecer as parcerias existentes e ainda encontrar novas formas de apoiar o aleitamento materno.
Ela recordou que o lema deste ano diz que se deve unir as forças para se avançar em prol do investimento no AME até 2025 que prevê aumentar a sua taxa de aleitamentomaaterno até 50 porcento.
A propósito fez saber ainda que a OMS e o UNICEF acreditam que esse aumento da taxa do AME vai salvar, anualmente, a vida a mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos e evitar a morte de cerca de 20 mil mulheres por cancro de mama.
Com estes resultados, vai ao mesmo tempo ajudar a economizar centenas de milhões de dólares em custos de cuidados de saúde e gerar receitas de 302 biliões anualmente, disse.
No caso de Cabo Verde, ela reconheceu que, relativamente à questão da licença de maternidade, o país está no “vermelho”, isto é, abaixo da média mundial.
No entanto, um relatório da OMS conclui que “nenhum país do mundo respeita integralmente as recomendações em matéria do aleitamento materno”.
-0- PANA 05ago2017
Segundo Vladmir Silves Ferreira, um dos mentores da petição, Cabo Verde figura como um dos “piores” países em matéria de condições de licença de maternidade, pelo que qualquer alteração é “boa” e vai “aproximar” o arquipélago das orientações da OMS.
Dados do ano passado indicam que, em Cabo Verde, apenas 30,5 porcento de mães amamentam os seus filhos de forma exclusiva até aos seis meses de idade, isto apesar de todo o engajamento político e do trabalho que os profissionais da saúde têm feito na promoção desta prática.
O tempo de licença de maternidade concedida atualmente às mães “não tem permitido” que elas cumpram o AME, indica Silves Ferreira, lembrando que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda 14 semanas.
"É só uma questão de tempo para que se faça esta alteração legal em Cabo Verde para o bem da sociedade e das crianças acima de tudo”, disse.
A mesma opinião é partilhada também pela administradora nacional de Promoção da Saúde da OMS, Edith Pereira, que interveio numa mesa redonda intitulada “Tempo de licença de Maternidade em Cabo Verde” promovida, sexta-feira, pelo Hospital Dr. Agostinho Neto (HAN), na Cidade da Praia.
Edith Pereira, que apresentou o tema “Trabalhar em conjunto para o bem comum”, explicou que o objetivo do mesmo é que toda a sociedade, governos, nações e todas as partes interessadas trabalhem em conjunto para fortalecer as parcerias existentes e ainda encontrar novas formas de apoiar o aleitamento materno.
Ela recordou que o lema deste ano diz que se deve unir as forças para se avançar em prol do investimento no AME até 2025 que prevê aumentar a sua taxa de aleitamentomaaterno até 50 porcento.
A propósito fez saber ainda que a OMS e o UNICEF acreditam que esse aumento da taxa do AME vai salvar, anualmente, a vida a mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos e evitar a morte de cerca de 20 mil mulheres por cancro de mama.
Com estes resultados, vai ao mesmo tempo ajudar a economizar centenas de milhões de dólares em custos de cuidados de saúde e gerar receitas de 302 biliões anualmente, disse.
No caso de Cabo Verde, ela reconheceu que, relativamente à questão da licença de maternidade, o país está no “vermelho”, isto é, abaixo da média mundial.
No entanto, um relatório da OMS conclui que “nenhum país do mundo respeita integralmente as recomendações em matéria do aleitamento materno”.
-0- PANA 05ago2017