Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde inicia implementação do Plano Nacional de Educação Ambiental

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Plano Nacional de Educação Ambiental (PNEA) de Cabo Verde para o período 2013-2022 entrou em vigor desde 15 do mês em curso, visando dotar o país de um instrumento orientador da implementação das políticas traçadas neste domínio.

Com este plano, ao custo de 302 milhões e 850 mil escudos cabo-verdianos (cerca de 2,7 milhões de euros), o Governo do arquip´wlago pretende “promover maior cidadania ecológica, assegurar a gestão e utilização sustentável dos recursos ambientais e contribuir para uma melhor qualidade ambiental e para o desenvolvimento sustentável e estratégico” do país.

Uma resolução do Conselho de Ministros, publicada no boletim oficial de 14 de fevereiro corrente, que aprova o PNEA, reconhece a educação ambiental como um “desafio para Cabo Verde” devido às suas caraterísticas de país vulnerável, pequeno e arquipelágico.

Essas caraterísticas “exigem” uma mudança de comportamento para que o Cabo-verdiano adquira uma nova cultura face ao ambiente e novos padrões de consumo e de uso racional dos recursos naturais, precisa o documento.

O diploma reconhece ainda ser necessário definir estratégias, mecanismos e abordagens para a implementação do PNEA, com base na elaboração de uma estratégia para reforçar e consolidar a abordagem da educação ambiental nos sistemas formal e informal de ensino, bem como uma estratégia de concertação entre os diferentes parceiros.

A mudança de padrões comportamentais aparece como um dos objetivos específicos deste plano, que prevê a transmissão de conhecimentos e habilidades pelos diferentes atores, o reforço da consciência ambiental e a participação dos cidadãos.

Em Cabo Verde, a educação ambiental é um imperativo constitucional e constitui uma aposta de todos os seus habitantes, o que torna cada cidadão responsável pelo seu ambiente comunitário.

O público-alvo do PNEA vai ser as instituições que intervêm nesta matéria, a população e as comunidades e a sua função é educar, formar e informar para garantir maior sustentabilidade das intervenções.

O documento prevê que deve ser dada uma atenção especial às crianças, adolescentes e jovens com o propósito de transformá-los em atores da mudança e transmissores das boas mensagens sobre a proteção do ambiente.

O plano de ação, ciente de que a educação ambiental “não é neutra mas ideológica”, sendo ao mesmo tempo individual e coletiva, pretende, no horizonte de 2022, priorizar a capacitação dos agentes educativos, a cooperação estratégica e a comunicação e participação para o ambiente.

Cabo Verde é, desde 2008, signatário do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, o que obriga a ser “defensor de um processo educativo transformador e com envolvimento pessoal para trazer novas esperanças e vida ao Planeta”.

-0- PANA CS/IZ 18fev2014