PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde inaugura unidade de tratamento de reclusos toxicodependentes
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Unidade Livre de Droga, na cadeia de São Martinho, foi inaugurado esta terça-feira pelo ministro cabo-verdiano da Justiça, José Carlos Correia, apurou a PANA, na cidade da Praia, de fonte oficial.
Trata-se de um "espaço terapêutico há muito pensado para tratamento dos reclusos toxicodependentes sem terem de sair da cadeia" e que pretende também evitar a reincidência entre os reclusos usuários de drogas.
Em declarações à imprensa, após a inauguração desta que é a primeira unidade terapêutica do género a ser instalada numa cadeia do país, José Carlos Correia disse que o objetivo "é levar a oportunidade de tratamento às pessoas lá onde se mostrar necessário”.
Neste sentido, o governante garante que, se não for possível criar um centro de tratamento nas outras cadeias, “traremos as pessoas para tratamento na cidade da Praia”.
No entanto, o governante sublinha que a ideia é criar uma outra unidade similar numa outra cadeia central, em princípio em São Vicente, de modo a ajudar os reclusos da região de Barlavento a se libertarem do vício, ou pelo menos a terem um controlo sobre a tendência para o consumo.
José Carlos Correia anotou que há muitas pessoas que entram no mundo do crime por causa da necessidade de arranjar dinheiro para comprar drogas.
Por sua vez, o diretor-geral dos Serviços Penitenciários e Reinserção Social, Jacob Vicente, disse que o Governo, ao criar esta estrutura pretende, dentro de três a cinco anos, reduzir a taxa de reincidência dos presos nas cadeias nacionais, neste momento avaliado em 11 porcento.
Jacob Vicente reconhece que essa percentagem é um indício “claro” da necessidade de se ter centros de tratamento nas cadeias.
Na Cadeia Central da Praia, em São Martinho, o maior estabelecimento prisional do arquipélago cabo-verdiano, cerca de 250, dos 974 reclusos, com idade compreendida entre os 17 e os 25 anos, são usuários ou toxicodependentes, precisou.
“Temos muitos reclusos em Cabo Verde que estão a pedir apoio para terem a oportunidade de tratamento antes de cumprirem a pena, porque estão cientes de que de facto têm o problema da droga, principalmente os reincidentes que sabem que não vale a pena saírem sem ter a garantia de tratamento, já que vão roubar e atacam as pessoas para sustentar o vício”, declarou.
A seu ver, a Unidade Livre de Droga é uma iniciativa que se enquadra no processo de reintegração social dos reclusos que vão ter também o apoio do Centro de Atendimento Psicossocial para acompanhar todo o processo.
Até 2016, o Ministério da Justiça conta multiplicar essa iniciativa para outras cadeias do país, com a parceria do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) que tem dado todo apoio técnico ao projeto.
-0- PANA CS/DD 29jul2014
Trata-se de um "espaço terapêutico há muito pensado para tratamento dos reclusos toxicodependentes sem terem de sair da cadeia" e que pretende também evitar a reincidência entre os reclusos usuários de drogas.
Em declarações à imprensa, após a inauguração desta que é a primeira unidade terapêutica do género a ser instalada numa cadeia do país, José Carlos Correia disse que o objetivo "é levar a oportunidade de tratamento às pessoas lá onde se mostrar necessário”.
Neste sentido, o governante garante que, se não for possível criar um centro de tratamento nas outras cadeias, “traremos as pessoas para tratamento na cidade da Praia”.
No entanto, o governante sublinha que a ideia é criar uma outra unidade similar numa outra cadeia central, em princípio em São Vicente, de modo a ajudar os reclusos da região de Barlavento a se libertarem do vício, ou pelo menos a terem um controlo sobre a tendência para o consumo.
José Carlos Correia anotou que há muitas pessoas que entram no mundo do crime por causa da necessidade de arranjar dinheiro para comprar drogas.
Por sua vez, o diretor-geral dos Serviços Penitenciários e Reinserção Social, Jacob Vicente, disse que o Governo, ao criar esta estrutura pretende, dentro de três a cinco anos, reduzir a taxa de reincidência dos presos nas cadeias nacionais, neste momento avaliado em 11 porcento.
Jacob Vicente reconhece que essa percentagem é um indício “claro” da necessidade de se ter centros de tratamento nas cadeias.
Na Cadeia Central da Praia, em São Martinho, o maior estabelecimento prisional do arquipélago cabo-verdiano, cerca de 250, dos 974 reclusos, com idade compreendida entre os 17 e os 25 anos, são usuários ou toxicodependentes, precisou.
“Temos muitos reclusos em Cabo Verde que estão a pedir apoio para terem a oportunidade de tratamento antes de cumprirem a pena, porque estão cientes de que de facto têm o problema da droga, principalmente os reincidentes que sabem que não vale a pena saírem sem ter a garantia de tratamento, já que vão roubar e atacam as pessoas para sustentar o vício”, declarou.
A seu ver, a Unidade Livre de Droga é uma iniciativa que se enquadra no processo de reintegração social dos reclusos que vão ter também o apoio do Centro de Atendimento Psicossocial para acompanhar todo o processo.
Até 2016, o Ministério da Justiça conta multiplicar essa iniciativa para outras cadeias do país, com a parceria do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) que tem dado todo apoio técnico ao projeto.
-0- PANA CS/DD 29jul2014