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Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde inaugura maior infraestrutura de retenção de águas pluviais
Praia, Cabo Verde (PANA) – A barragem de Figueira Gorda, a maior infraestrutura de retenção de águas pluviais, localizada no município de Santa Cruz, na ilha cabo-verdiana de Santiago, foi inaugurada, sábado, pelo primeiro-ministro José Maria Neves, soube a PANA de fonte oficial.
Trata-se de uma infraestrutura hidráulica com uma superfície de 20,8 quilómetros quadrados e um perímetro de 2,8 quilómetros, comportando uma albufeira com capacidade para armazenar 1 bilião e 819 mil metros cúbicos de água.
A barragem de Figueira Gorda, que vai beneficiar diretamente 500 agricultores, é um projeto integrado que inclui uma conduta para a distribuição de água a cada parcela cultivada e um reservatório de 100 metros cúbicos na zona de Monte Preto, que garantirá a irrigação de terrenos agrícolas.
Para além da mobilização de água para a agricultura, o projeto contempla também a formação e apoios com microcréditos para os agricultores ao redor da barragem, cujo custo se estima em 11 biliões de escudos cabo-verdianos (cerca de 100 milhões de euros),
financiada no âmbito de uma linha de crédito atribuída por Portugal a Cabo Verde.
O primeiro-ministro cabo-verdiano disse que “esta barragem vai possibilitar a mobilização de quase dois milhões de metros cúbicos de água, que vai permitir o desenvolvimento da agricultura, da pecuária e da agro-indústria, bem como o reforço do abastecimento do mercado nacional, designadamente o mercado turístico, com um impacto enorme no crescimento económico e na geração de emprego”.
A cerimónia de inauguração contou também com a presença do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Luís Campos Ferreira, que exprimiu que o seu país está “disponível” em continuar a trabalhar com Cabo Verde.
O governante português considera que esses "são investimentos que valem a pena apoiar porque têm a ver com a criação de estruturas básicas para criar riqueza, emprego e, consequentemente, o progresso social".
As barragens fazem parte de um plano do Governo que prevê a construção, até 2015, de um total de 17 infraestruturas idênticas, abarcando a maioria das ilhas cabo-verdianas, financiadas, na maioria, por uma linha de crédito portuguesa.
A infraestrutura hidráulica que acaba de ser inaugurada tem cerca de três vezes mais a capacidade de armazenamento do que a do Poilão, a primeira barragem inaugurada em Cabo Verde, em 2006, no concelho vizinho de São Lourenço dos Órgãos.
Além de Poilão e Figueira Gorda, a ilha de Santiago conta com mais três barragens já inauguradas, Salineiro (Ribeira Grande), Saquinho (Santa Catarina) e Faveta (São Salvador do Mundo), que permitirão acumular cerca de 2.100 milhões de toneladas de água para rega, aguardando-se pelo fim das de Principal e Flamengos.
Na ilha de Santo Antão, já está em fase avançada de construção a barragem de Canto de Cagarra, tendo o Governo cabo-verdiano anunciado o arranque de estudos para a construção de mais de uma dezena de outras nas ilhas do Fogo e São Nicolau.
O Governo acredita que a construção das barragens para a retenção das águas pluviais transformará Cabo Verde de país em constante stress hídrico num dos mais ricos em termos de água por habitante, alterando significativamente a agricultura e o abastecimento às populações, ajudando também a travar o êxodo rural e a criar condições para o desenvolvimento económico no interior.
-0- PANA CS/TON 09nov2014
Trata-se de uma infraestrutura hidráulica com uma superfície de 20,8 quilómetros quadrados e um perímetro de 2,8 quilómetros, comportando uma albufeira com capacidade para armazenar 1 bilião e 819 mil metros cúbicos de água.
A barragem de Figueira Gorda, que vai beneficiar diretamente 500 agricultores, é um projeto integrado que inclui uma conduta para a distribuição de água a cada parcela cultivada e um reservatório de 100 metros cúbicos na zona de Monte Preto, que garantirá a irrigação de terrenos agrícolas.
Para além da mobilização de água para a agricultura, o projeto contempla também a formação e apoios com microcréditos para os agricultores ao redor da barragem, cujo custo se estima em 11 biliões de escudos cabo-verdianos (cerca de 100 milhões de euros),
financiada no âmbito de uma linha de crédito atribuída por Portugal a Cabo Verde.
O primeiro-ministro cabo-verdiano disse que “esta barragem vai possibilitar a mobilização de quase dois milhões de metros cúbicos de água, que vai permitir o desenvolvimento da agricultura, da pecuária e da agro-indústria, bem como o reforço do abastecimento do mercado nacional, designadamente o mercado turístico, com um impacto enorme no crescimento económico e na geração de emprego”.
A cerimónia de inauguração contou também com a presença do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Luís Campos Ferreira, que exprimiu que o seu país está “disponível” em continuar a trabalhar com Cabo Verde.
O governante português considera que esses "são investimentos que valem a pena apoiar porque têm a ver com a criação de estruturas básicas para criar riqueza, emprego e, consequentemente, o progresso social".
As barragens fazem parte de um plano do Governo que prevê a construção, até 2015, de um total de 17 infraestruturas idênticas, abarcando a maioria das ilhas cabo-verdianas, financiadas, na maioria, por uma linha de crédito portuguesa.
A infraestrutura hidráulica que acaba de ser inaugurada tem cerca de três vezes mais a capacidade de armazenamento do que a do Poilão, a primeira barragem inaugurada em Cabo Verde, em 2006, no concelho vizinho de São Lourenço dos Órgãos.
Além de Poilão e Figueira Gorda, a ilha de Santiago conta com mais três barragens já inauguradas, Salineiro (Ribeira Grande), Saquinho (Santa Catarina) e Faveta (São Salvador do Mundo), que permitirão acumular cerca de 2.100 milhões de toneladas de água para rega, aguardando-se pelo fim das de Principal e Flamengos.
Na ilha de Santo Antão, já está em fase avançada de construção a barragem de Canto de Cagarra, tendo o Governo cabo-verdiano anunciado o arranque de estudos para a construção de mais de uma dezena de outras nas ilhas do Fogo e São Nicolau.
O Governo acredita que a construção das barragens para a retenção das águas pluviais transformará Cabo Verde de país em constante stress hídrico num dos mais ricos em termos de água por habitante, alterando significativamente a agricultura e o abastecimento às populações, ajudando também a travar o êxodo rural e a criar condições para o desenvolvimento económico no interior.
-0- PANA CS/TON 09nov2014