Cabo Verde fixa preços de alimentos de primeira necessidade para travar aumentos
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo de Cabo Verde decidiu fixar os preços da farinha de trigo e do milho de segunda, dois dos produtos mais consumidos no arquipélago, para travar o seu aumento a nível nacional, evitando a sobrecarga das famílias no acesso aos alimentos de primeira necessidade, apurou a PANA, segunda-feira, de fonte segura.
A resolução, publicada no Boletim Oficial (BO), explica que a medida da manutenção do preço dos produtos alimentares de primeira necessidade, resulta do facto de os preços dos mesmos virem sofrendo alterações no mercado internacional durante o período da pandemia da covid-19.
Neste sentido, pode-se ler no documento, o saco de 50 quilos da farinha de trigo fica estipulado ao preço máximo de 2.380 escudos ((216,3 euros), enquanto o milho de segunda fica estabelecido o preço máximo de 1.600 escudos (145 euros) o saco de 50 quilos.
“Os preços referidos são fixados conforme dados recolhidos no mercado existente no dispositivo de observatório de mercado do Secretariado Nacional para Segurança Alimentar e Nutricional (SNSAN)”, indica o Governo.
A resolução prevê também uma compensação para empresas importadoras, que deverão apresentar comprovativos das variações de preços/custos incorridos, na mesma proporção de sua incidência nos aumentos de preço dos produtos, bem como cálculos efetuados que permitiram a fixação do preço de venda dos referidos produtos.
O Governo justifica que os cereais são a base da dieta nacional, e que, por isso, é preciso atenuar e evitar que a flutuação dos seus preços possam sobrecarregar as famílias no acesso aos alimentos de primeira necessidade, facto que afetaria negativamente a sua situação de segurança alimentar e nutricional.
O Executivo recorda que as principais ações adotadas no setor alimentar foram o reforço da fiscalização, o seguimento apertado dos preços dos produtos alimentares de primeira necessidade no mercado nacional e internacional e do estoque alimentar, com vista a evitar o açambarcamento e a ruptura de abastecimento, bem como a manutenção da estabilidade dos preços.
Frisa ainda que as referidas medidas económicas e sociais vêm contribuindo significativamente, para reduzir os riscos de degradação da situação da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) da população.
-0- PANA CS/DD 01jun2021