PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde e EUA reforçam cooperação no combate ao tráfico de droga
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde e os Estados Unidos manifestaram, quarta-feira, na cidade da Praia, a sua disponibilidade para reforçar a sua cooperação no combate ao tráfico de droga na sub-região oeste-africana, apurou a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
Na sequêmcia de um encontro com o comandante para as Atividades Civis e Militares do Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), general Carter Ham, o ministro cabo-verdiano da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, adiantou que os dois países assumiram o compromisso de reforçar a cooperação no domínio da defesa marítima, com destaque para o combate ao narcotráfico.
“É extremamente importante que (o general Carter Ham) tenha vindo a Cabo Verde para debater connosco temas ligados à segurança e à paz neste corredor do Atlântico. Temos preocupações convergentes, por isso vamos aprofundar a cooperação neste domínio”, declarou o governante cabo-verdiano à imprensa no termo do encontro.
Por sua vez, o general Ham disse que os Estados Unidos querem uma maior cooperação de Cabo Verde no combate ao tráfico de droga na África Ocidental, apesar de "estarem satisfeitos" com os esforços cabo-verdianos neste sentido.
Ele disse achar "muito encorajador" ver Cabo Verde "posicionar-se fortemente" contra o narcotráfico, manifestando ao mesmo tempo "a satisfação" dos Estados Unidos por participar nesses esforços.
"Até agora, os esforços de combate ao tráfico de droga (em Cabo Verde) têm tido resultados notáveis. Mas também temos de entender que os traficantes estão muito bem financiados, são muito imaginativos e muito adaptáveis. É necessário, por isso, um esforço coordenado de todos os países e organizações internacionais para estarem a um passo à frente dos traficantes", frisou.
"Já muito foi feito (em Cabo Verde) e tem havido muitos êxitos, mas há ainda um longo caminho a percorrer", acrescentou, lembrando que os Estados Unidos têm uma operação em curso com a Guarda Costeira cabo-verdiana, com quem efetuam operações conjuntas para garantir maior eficácia na segurança marítima do arquipélago e da sub-região.
O comandante para as Atividades Civis e Militares do Africom, sediada em Estugarda (Alemanha) disse, entretanto, que o seu país está “muito preocupado com o narcotráfico nos países da sub-região, como a Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado militar de 12 de abril último.
Carter Ham reafirmou a decisão dos Estados Unidos de não reconhecer as autoridades bissau-guineenses que emergiram do golpe, sublinhando que "sempre que há uma tomada ilegal do poder, especialmente pelos militares, tem de ser condenada e não pode ser apoiada por ninguém”.
Para ele, o primeiro passo que é necessário dar é o restabelecimento de um Governo civil e legítimo na Guiné-Bissau.
“Até isso acontecer, será muito difícil para os Estados Unidos e para outros países trabalharem com a Guiné-Bissau", disse.
-0- PANA CS/DD 26jul2012
Na sequêmcia de um encontro com o comandante para as Atividades Civis e Militares do Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), general Carter Ham, o ministro cabo-verdiano da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, adiantou que os dois países assumiram o compromisso de reforçar a cooperação no domínio da defesa marítima, com destaque para o combate ao narcotráfico.
“É extremamente importante que (o general Carter Ham) tenha vindo a Cabo Verde para debater connosco temas ligados à segurança e à paz neste corredor do Atlântico. Temos preocupações convergentes, por isso vamos aprofundar a cooperação neste domínio”, declarou o governante cabo-verdiano à imprensa no termo do encontro.
Por sua vez, o general Ham disse que os Estados Unidos querem uma maior cooperação de Cabo Verde no combate ao tráfico de droga na África Ocidental, apesar de "estarem satisfeitos" com os esforços cabo-verdianos neste sentido.
Ele disse achar "muito encorajador" ver Cabo Verde "posicionar-se fortemente" contra o narcotráfico, manifestando ao mesmo tempo "a satisfação" dos Estados Unidos por participar nesses esforços.
"Até agora, os esforços de combate ao tráfico de droga (em Cabo Verde) têm tido resultados notáveis. Mas também temos de entender que os traficantes estão muito bem financiados, são muito imaginativos e muito adaptáveis. É necessário, por isso, um esforço coordenado de todos os países e organizações internacionais para estarem a um passo à frente dos traficantes", frisou.
"Já muito foi feito (em Cabo Verde) e tem havido muitos êxitos, mas há ainda um longo caminho a percorrer", acrescentou, lembrando que os Estados Unidos têm uma operação em curso com a Guarda Costeira cabo-verdiana, com quem efetuam operações conjuntas para garantir maior eficácia na segurança marítima do arquipélago e da sub-região.
O comandante para as Atividades Civis e Militares do Africom, sediada em Estugarda (Alemanha) disse, entretanto, que o seu país está “muito preocupado com o narcotráfico nos países da sub-região, como a Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado militar de 12 de abril último.
Carter Ham reafirmou a decisão dos Estados Unidos de não reconhecer as autoridades bissau-guineenses que emergiram do golpe, sublinhando que "sempre que há uma tomada ilegal do poder, especialmente pelos militares, tem de ser condenada e não pode ser apoiada por ninguém”.
Para ele, o primeiro passo que é necessário dar é o restabelecimento de um Governo civil e legítimo na Guiné-Bissau.
“Até isso acontecer, será muito difícil para os Estados Unidos e para outros países trabalharem com a Guiné-Bissau", disse.
-0- PANA CS/DD 26jul2012