PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde e Angola retomam ligações aéreas diretas
Praia, Cabo Verde (PANA) - O ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Viegas D’Abreu, inicia esta sexta-feira, 02, uma visita oficial a Cabo Verde, para assinar protocolos de cooperação, visando reabrir as ligações aéreas diretas entre as capitais dos dois países, Praia e Luanda, interrompidas em novembro de 2016, apurou a PANA de fonte oficial.
Em comunicado de imprensa, o Governo cabo-verdiano indica que serão rubricados três instrumentos de cooperação com os olhos postos na reabertura das ligações aéreas diretas entre as duas capitais, incluindo a fixação de uma data para a retomada das operações de voos entre os dois países.
A visita de Ricardo Viegas D’Abreu, acompanhado de uma “importante delegação” de 10 elementos, vem na sequência da visita a Angola do primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, em abril deste ano, altura em que este tema esteve em destaque.
Já em novembro do ano passado, empresários da Câmara de Comércio de Angola, que estiveram nessa altura em Cabo Verde, tinham confirmado aos parceiros cabo-verdianos o reinício dos voos diretos Luanda-Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, a partir de janeiro de 2018, o que acabou por não acontecer.
Os mesmos citaram o ministro dos Transportes de Angola que teria prometido o retorno da TAAG a essa linha, que durante anos facilitou a deslocação de Cabo-verdianos, São-tomenses e Angolanos entre os seus países e é tida como essencial para o incremento das relações comerciais entre Angola e Cabo Verde.
Essa linha aérea, suspensa pela companhia aérea angolana, por ser deficitária com uma taxa de ocupação inferior a 50 porcento, deverá manter-se nos moldes anteriores, ou seja, voos semanais, com escala em São Tomé e Príncipe e será o Governo angolano a subsidiar a rota.
A TAAG, recorde-se, anunciara desde meados de 2016 que iria deixar de voar para Cabo Verde caso não recebesse incentivos ou subsídios do Governo angolano ou a isenção de taxas por parte do Executivo cabo-verdiano para manter a rota considerada deficitária.
Na altura, a transportadora de bandeira angolana era gerida pela Emirates, que acabou saindo da TAAG, e foi seu então gestor, Peter Hill, quem explicou os motivos dessa medida.
"O voo para Cabo Verde, por exemplo, leva cinco horas no meio do oceano Atlântico. É uma rota muito cara, pois custa-nos 2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo", apontava Hill, adiantando que a TAAG não pode dar-se a “esse luxo”.
"Claro, que se o Governo nos disser: ’queremos que mantenha o voo e estamos preparados para subsidiá-lo’, nós aceitaremos", explicou Hill, que também admitiu manter o voo se o Governo de Cabo Verde oferecesse algumas vantagens, como a redução das taxas de aterragem e o custo de combustível, entre outras.
Angola, da sua parte, não mostrou na altura interesse por subsidiar essa linha, que, na verdade, transporta sobretudo Cabo-verdianos.
Por seu turno, o primeiro-ministro cabo-Verdiano rejeitou desde logo qualquer hipótese de Cabo Verde vir a subsidiar esse voo, afirmando então, que “a TACV já tem problemas que bastem” para a sua sustentabilidade.
No entanto, esta visita de Ricardo Viegas D’Abreu deverá abrir as portas para que a ligação seja retomada dentro em breve.
De acordo com a nota do Governo cabo-verdiano, durante a visita do governante angolano “as duas delegações vão procurar aprofundar e estabelecer novas formas de cooperação nos setores dos transportes aéreos e marítimos, com as diversas instituições dos dois países ligadas a estas áreas”.
Tambem os vários encontros subsetoriais previstos concentrar-se-ão nos acordos específicos de cooperação e desenvolvimento, “tendo em conta os interesses e vantagens para ambos os países”, avança a mesma fonte.
O ponto alto desta visita, refere a mesma nota, será a assinatura de um memorando de entendimento entre os dois ministérios de transportes.
O memorando será válido por um período de cinco anos e preconiza as áreas específicas e as formas de cooperação em prol do desenvolvimento de programas, projetos e ações concretos nos domínios dos transportes aéreos e marítimos, por entidades e instituições específicas para definir e consolidar a cooperação nestes dois setores estratégicos para os dois países.
Da agenda consta ainda a assinatura dos instrumentos de cooperação entre a Cabo Verde Airlines e a TAAG, a Agência da Aviação Civil e o instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) de Angola.
-0- PANA CS/IZ 02nov2018
Em comunicado de imprensa, o Governo cabo-verdiano indica que serão rubricados três instrumentos de cooperação com os olhos postos na reabertura das ligações aéreas diretas entre as duas capitais, incluindo a fixação de uma data para a retomada das operações de voos entre os dois países.
A visita de Ricardo Viegas D’Abreu, acompanhado de uma “importante delegação” de 10 elementos, vem na sequência da visita a Angola do primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, em abril deste ano, altura em que este tema esteve em destaque.
Já em novembro do ano passado, empresários da Câmara de Comércio de Angola, que estiveram nessa altura em Cabo Verde, tinham confirmado aos parceiros cabo-verdianos o reinício dos voos diretos Luanda-Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, a partir de janeiro de 2018, o que acabou por não acontecer.
Os mesmos citaram o ministro dos Transportes de Angola que teria prometido o retorno da TAAG a essa linha, que durante anos facilitou a deslocação de Cabo-verdianos, São-tomenses e Angolanos entre os seus países e é tida como essencial para o incremento das relações comerciais entre Angola e Cabo Verde.
Essa linha aérea, suspensa pela companhia aérea angolana, por ser deficitária com uma taxa de ocupação inferior a 50 porcento, deverá manter-se nos moldes anteriores, ou seja, voos semanais, com escala em São Tomé e Príncipe e será o Governo angolano a subsidiar a rota.
A TAAG, recorde-se, anunciara desde meados de 2016 que iria deixar de voar para Cabo Verde caso não recebesse incentivos ou subsídios do Governo angolano ou a isenção de taxas por parte do Executivo cabo-verdiano para manter a rota considerada deficitária.
Na altura, a transportadora de bandeira angolana era gerida pela Emirates, que acabou saindo da TAAG, e foi seu então gestor, Peter Hill, quem explicou os motivos dessa medida.
"O voo para Cabo Verde, por exemplo, leva cinco horas no meio do oceano Atlântico. É uma rota muito cara, pois custa-nos 2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo", apontava Hill, adiantando que a TAAG não pode dar-se a “esse luxo”.
"Claro, que se o Governo nos disser: ’queremos que mantenha o voo e estamos preparados para subsidiá-lo’, nós aceitaremos", explicou Hill, que também admitiu manter o voo se o Governo de Cabo Verde oferecesse algumas vantagens, como a redução das taxas de aterragem e o custo de combustível, entre outras.
Angola, da sua parte, não mostrou na altura interesse por subsidiar essa linha, que, na verdade, transporta sobretudo Cabo-verdianos.
Por seu turno, o primeiro-ministro cabo-Verdiano rejeitou desde logo qualquer hipótese de Cabo Verde vir a subsidiar esse voo, afirmando então, que “a TACV já tem problemas que bastem” para a sua sustentabilidade.
No entanto, esta visita de Ricardo Viegas D’Abreu deverá abrir as portas para que a ligação seja retomada dentro em breve.
De acordo com a nota do Governo cabo-verdiano, durante a visita do governante angolano “as duas delegações vão procurar aprofundar e estabelecer novas formas de cooperação nos setores dos transportes aéreos e marítimos, com as diversas instituições dos dois países ligadas a estas áreas”.
Tambem os vários encontros subsetoriais previstos concentrar-se-ão nos acordos específicos de cooperação e desenvolvimento, “tendo em conta os interesses e vantagens para ambos os países”, avança a mesma fonte.
O ponto alto desta visita, refere a mesma nota, será a assinatura de um memorando de entendimento entre os dois ministérios de transportes.
O memorando será válido por um período de cinco anos e preconiza as áreas específicas e as formas de cooperação em prol do desenvolvimento de programas, projetos e ações concretos nos domínios dos transportes aéreos e marítimos, por entidades e instituições específicas para definir e consolidar a cooperação nestes dois setores estratégicos para os dois países.
Da agenda consta ainda a assinatura dos instrumentos de cooperação entre a Cabo Verde Airlines e a TAAG, a Agência da Aviação Civil e o instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) de Angola.
-0- PANA CS/IZ 02nov2018