Cabo Verde e Angola preparam cimeira da CPLP
Praia, Cabo Verde (PANA) – Os chefes de diplomacia de Cabo Verde e Angola reúnem-se, neste sábado, 08, na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, para preparar a passagem de pastas da presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A passagem de testemunho entre os dois países na presidência da CPLP ocorrerá durante a cimeira da organização comunitária marcada para 17 de junho próximo, na capital angolana, Luanda.
Segundo o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Rui Figueiredo, o encontro deste sábado constitui uma oportunidade para analisar com o seu homólogo angolano os dossiês da presidência ‘pro tempore’ da CPLP, atualmente assumida por Cabo Verde.
Em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), Rui Figueiredo adiantou que o seu homólogo angolano, Teté António, decidiu fazer esta visita para ultimar os preparativos da cerimónia a nível ministerial.
O objetivo é garantir aos chefes de Estado uma transição com a máxima tranquilidade, durante a cimeira de Luanda, em que Angola irá assumir a presidência rotativa da CPLP.
Segundo Rui Figueiredo, o encontro vai servir também para passar em revista alguns aspetos das relações bilaterais entre Cabo Verde e Angola.
Ele acrescentou que, para o dia 09, domingo, está prevista a participação de Teté António, ministro dos Negócios Exteriores de Angola, na cerimónia de juramento à bandeira no Centro de Instrução Militar Zeca Santos, no Morro Branco.
Cabo Verde assumiu a presidência da CPLP na XII cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada na ilha do Sal, nos dias 17 e 18 de julho de 2018.
O país prolongou até 2021 a presidência rotativa da CPLP, após proposta de Angola, país que deveria assumir a liderança da organização lusófona, em julho de 2020.
Essa proposta foi motivada pela situação de crise sanitária provocada pela pandemia da covid-19.
A CPLP foi criada, a 17 de julho de 1996, em Lisboa, por sete Estados (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe).
Em 2002, com a independência, Timor-Leste tornou-se no oitavo Estado-membro, antes da admissão, em 2014, da Guiné-Equatorial também como membro da organização, durante uma cimeira realizada na capital timorense, Díli.
A organização definiu como principal objetivo geral a concertação político-diplomática entre os seus Estados-membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional, bem como a promoção e difusão da língua portuguesa.
Integra atualmente nove países espalhados por quatro continentes (Europa, América, África e Ásia), designadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
-0- PANA CS/IZ O7maio2021