PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde e Angola estendem cooperação na defesa à segurança marítima
Praia, Cabo Verde (PANA) – O novo acordo de cooperação no domínio da defesa entre Cabo Verde e Angola, assinado terça-feira, no ex-campo de concentração do Tarrafal, na ilha cabo-verdiana de Santiago, vai abranger também a área da segurança marítima, bem como a formação dos quadros e participação em missões de paz, apurou a PANA de fonte oficial.
O acordo foi assinado pelos ministros da Defesa de Cabo Verde, Jorge Tolentino, e de Angola, general Cândido Pereira dos Santos Van Dúnem, num local em que os dois países compartilham uma história comum na luta pela liberdade, uma vez que pelo antigo campo de concentração passaram vários presos políticos cabo-verdianos e angolanos.
O ministro cabo-verdiano da Defesa destacou que, com este acordo que abrange políticas para a defesa e equipamentos de mobilidade terrestre, as duas partes quiseram não apenas enquadrar as ações que já estão a ser desencadeadas, mas também perspetivar novas ações, como é o caso da vertente de segurança marítima.
Jorge Tolentino destacou a importância desta nova área da cooperação no domínio da Defesa, tendo em conta que as questões de segurança marítima ocupam um lugar relevante tanto em Angola como em Cabo Verde.
“Basta pensar na necessidade de assegurar a estabilidade e a paz neste corredor do Atlântico Sul de que fazemos parte, basta pensar em ameaças reais como a pirataria e o narcotráfico”, sublinhou o governante cabo-verdiano.
Uma outra vertente deste acordo destacado pelo governante é a participação conjunta em missões de paz, área em que, segundo Jorge Tolentino, Cabo Verde já tem uma capacidade pronta e disponível para esse tipo de operações.
“Estamos disponíveis e temos estado a trabalhar no sentido, primeiro da criação de um contexto de cooperação com outros países que já tem experiência nesta matéria, e, segundo, de adestramento das nossas forças no sentido de participarem à vontade neste tipo de operações”, afirmou.
Para o governante cabo-verdiano, o arquipélago vai aproveitar da experiência que Angola já tem neste domínio.
Assegurou que há ações concretas do acordo que já estão sendo trabalhadas e que vão ser pilotadas por um comité conjunto de cooperação, no que diz respeito a equipamentos de mobilidade terrestre, formação, património e a recuperação do quartel de Jaime Mota, na cidade da Praia e que vai ser financiado por Angola.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Angola salientou que este acordo de cooperação é um instrumento que vem regularizar o acordo já existente e que vai ainda ajudar a melhorar a capacidade de reposta dos dois países.
“Angola tem servido de espaço para que militares cabo-verdianos possam receber formação a distintos níveis”, recordou Cândido Van Dúnem, sublinhando que as duas partes preconizam uma cooperação no domínio das operações de manutenção e apoio de paz.
O governante angolano considera que este instrumento vem demostrar a vontade dos líderes dos dois países em “não só olhar para os problemas internos” mas tornar a sua cooperação “abrangente para aqueles compromissos que temos, quer no âmbito regional quer no plano internacional”.
No último dia sua estada em Cabo Verde, o ministro angolano da Defesa é recebido esta quarta-feira, em visitas de cortesia, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
-0- PANA CS/IZ 04dez2013
O acordo foi assinado pelos ministros da Defesa de Cabo Verde, Jorge Tolentino, e de Angola, general Cândido Pereira dos Santos Van Dúnem, num local em que os dois países compartilham uma história comum na luta pela liberdade, uma vez que pelo antigo campo de concentração passaram vários presos políticos cabo-verdianos e angolanos.
O ministro cabo-verdiano da Defesa destacou que, com este acordo que abrange políticas para a defesa e equipamentos de mobilidade terrestre, as duas partes quiseram não apenas enquadrar as ações que já estão a ser desencadeadas, mas também perspetivar novas ações, como é o caso da vertente de segurança marítima.
Jorge Tolentino destacou a importância desta nova área da cooperação no domínio da Defesa, tendo em conta que as questões de segurança marítima ocupam um lugar relevante tanto em Angola como em Cabo Verde.
“Basta pensar na necessidade de assegurar a estabilidade e a paz neste corredor do Atlântico Sul de que fazemos parte, basta pensar em ameaças reais como a pirataria e o narcotráfico”, sublinhou o governante cabo-verdiano.
Uma outra vertente deste acordo destacado pelo governante é a participação conjunta em missões de paz, área em que, segundo Jorge Tolentino, Cabo Verde já tem uma capacidade pronta e disponível para esse tipo de operações.
“Estamos disponíveis e temos estado a trabalhar no sentido, primeiro da criação de um contexto de cooperação com outros países que já tem experiência nesta matéria, e, segundo, de adestramento das nossas forças no sentido de participarem à vontade neste tipo de operações”, afirmou.
Para o governante cabo-verdiano, o arquipélago vai aproveitar da experiência que Angola já tem neste domínio.
Assegurou que há ações concretas do acordo que já estão sendo trabalhadas e que vão ser pilotadas por um comité conjunto de cooperação, no que diz respeito a equipamentos de mobilidade terrestre, formação, património e a recuperação do quartel de Jaime Mota, na cidade da Praia e que vai ser financiado por Angola.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Angola salientou que este acordo de cooperação é um instrumento que vem regularizar o acordo já existente e que vai ainda ajudar a melhorar a capacidade de reposta dos dois países.
“Angola tem servido de espaço para que militares cabo-verdianos possam receber formação a distintos níveis”, recordou Cândido Van Dúnem, sublinhando que as duas partes preconizam uma cooperação no domínio das operações de manutenção e apoio de paz.
O governante angolano considera que este instrumento vem demostrar a vontade dos líderes dos dois países em “não só olhar para os problemas internos” mas tornar a sua cooperação “abrangente para aqueles compromissos que temos, quer no âmbito regional quer no plano internacional”.
No último dia sua estada em Cabo Verde, o ministro angolano da Defesa é recebido esta quarta-feira, em visitas de cortesia, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
-0- PANA CS/IZ 04dez2013