PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde defende criação de espaço afro-ibero-americano
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O ministro cabo-verdiano da Cultura, Manuel Veiga, defendeu sexta-feira, em Braga (Portugal), a ideia da criação de um espaço político afro-ibero-americano, baseando-se no facto de que "África e a América Latina têm interesses comuns".
Veiga manifestou o seu apoio a esta proposta defendida inicialmente pelo politólogo André Barbosa no âmbito do X Congresso Luso-Afro- Brasileiro que está a decorrer na Universidade do Minho, em Braga.
Participam neste encontro mil e 600 delegados entre investigadores, sociólogos, psicólogos, educólogos e especialistas em Relações Internacionais de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste.
"Temos, sobretudo África e a América Latina, interesses comuns, pelo que, criar um espaço para a sua defesa, para congregar posições em outras instâncias era interessante", declarou.
Na opinião do governante cabo-verdiano, através de uma organização afro-ibero-americana "seria, provavelmente, possível conquistar aquilo que sozinha África não pode e a América Latina também não".
Manuel Veiga, que participou num painel sobre Cultura no âmbito do X Congresso Luso-Afro-Brasileiro, justificou o seu apoio de princípio à ideia da criação de um espaço político próprio, sublinhando que essa organização poderia, por exemplo, apoiar o Brasil, "o único país que pode reunir condições para entrar no Conselho de Segurança da ONU".
Numa comunicação apresentada, quinta-feira, ao Congresso Luso-Afro- Brasileiro de Ciências Sociais, o investigador brasileiro André Barbosa defendeu a criação de um espaço afro-ibero-latino-americano de concertação político-diplomática entre os países lusófonos e hispanófonos, garantindo que "traria vantagens geopolíticas e geoestratégicas".
André Barbosa considerou que a proposta "é viável e adequada ao actual contexto internacional, marcado não somente por um choque de civilizações, mas sobretudo por uma verdadeira glotopolítica, ou geografia da língua".
Na sua comunicação, considerou que "tal espaço seria dotado de um enorme potencial", dado que "o seu carácter pluricontinental e plurioceânico permitiria o controlo das principais rotas marítimas internacionais e de pontos estratégicos em termos militares e de defesa".
Argumentou que "as suas características físicas conferir-lhe-iam projecção em termos de recursos energéticos e de produção alimentar, principais causas da crise económica internacional".
Em sua opinião, "este espaço representaria, ainda, um foro de confluência de diversas organizações regionais, configurando-se como uma verdadeira plataforma interinstitucional".
Veiga manifestou o seu apoio a esta proposta defendida inicialmente pelo politólogo André Barbosa no âmbito do X Congresso Luso-Afro- Brasileiro que está a decorrer na Universidade do Minho, em Braga.
Participam neste encontro mil e 600 delegados entre investigadores, sociólogos, psicólogos, educólogos e especialistas em Relações Internacionais de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste.
"Temos, sobretudo África e a América Latina, interesses comuns, pelo que, criar um espaço para a sua defesa, para congregar posições em outras instâncias era interessante", declarou.
Na opinião do governante cabo-verdiano, através de uma organização afro-ibero-americana "seria, provavelmente, possível conquistar aquilo que sozinha África não pode e a América Latina também não".
Manuel Veiga, que participou num painel sobre Cultura no âmbito do X Congresso Luso-Afro-Brasileiro, justificou o seu apoio de princípio à ideia da criação de um espaço político próprio, sublinhando que essa organização poderia, por exemplo, apoiar o Brasil, "o único país que pode reunir condições para entrar no Conselho de Segurança da ONU".
Numa comunicação apresentada, quinta-feira, ao Congresso Luso-Afro- Brasileiro de Ciências Sociais, o investigador brasileiro André Barbosa defendeu a criação de um espaço afro-ibero-latino-americano de concertação político-diplomática entre os países lusófonos e hispanófonos, garantindo que "traria vantagens geopolíticas e geoestratégicas".
André Barbosa considerou que a proposta "é viável e adequada ao actual contexto internacional, marcado não somente por um choque de civilizações, mas sobretudo por uma verdadeira glotopolítica, ou geografia da língua".
Na sua comunicação, considerou que "tal espaço seria dotado de um enorme potencial", dado que "o seu carácter pluricontinental e plurioceânico permitiria o controlo das principais rotas marítimas internacionais e de pontos estratégicos em termos militares e de defesa".
Argumentou que "as suas características físicas conferir-lhe-iam projecção em termos de recursos energéticos e de produção alimentar, principais causas da crise económica internacional".
Em sua opinião, "este espaço representaria, ainda, um foro de confluência de diversas organizações regionais, configurando-se como uma verdadeira plataforma interinstitucional".