PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde decreta cinco dias de luto pela morte de Aristides Pereira
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde decretou, quinta-feira, um luto nacional de cinco dias pela morte do primeiro Presidente da República, Aristides Pereira, que faleceu no mesmo dia nos Hospitais da Universidade de Coimbra (Portugal), onde se encontrava internado desde o início de agosto último, apurou a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
Falando à imprensa a partir de Lisboa, onde se encontra em visita privada, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse ter recebido a notícia da morte do antigo chefe de Estado com "profundo sentimento de pesar e consternação".
"O país está de luto nacional pela perda de uma figura marcante da nossa história recente", disse o chefe de Estado, adiantando que foi decretado o luto nacional de cinco dias pela morte do primeiro Presidente de Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca revelou que, além das cerimónias fúnebres oficiais na cidade da Praia, o funeral de Aristides Pereira será realizado na sua ilha natal, Boavista, num acto privado, conforme o desejo expresso pelo falecido antes da sua morte.
“Creio que todos os Cabo-Verdianos se curvarão com respeito perante a figura e a memória do senhor Aristides Pereira e, como Presidente da República, em meu nome pessoal e em nome da nação cabo-verdiana, desejo sentidas condolências aos familiares do senhor Aristides Pereira”, declarou o chefe de Estado.
“Nós, com muito respeito, e atravessados por este sentimento de pesar e consternação, curvamo-nos, com todo o respeito, diante de uma memória de uma figura, de um combatente pela independência do país e primeiro Presidente de Cabo Verde”, sublinhou Jorge Carlos Fonseca.
Na capital cabo-verdiana, o 2º vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Carlos Veiga, que em nome do titular do cargo, Basílio Ramos, que se encontra em visita de trabalho a Timor-Leste, explicou que, apesar de, neste momento, estarem ausentes do país o Presidente da República, o presidente do Parlamento, bem como o primeiro-ministro, José Maria Neves, que estava a participar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (Estados Unidos), todas as providências estão a ser tomadas para as exéquias de Aristides Pereira, que ainda não têm data marcada.
O também líder do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, considerou que o país perdeu, com a morte de Aristides Pereira, um “grande homem”, que lutou pela independência, pela construção do país e que, por aquilo que representou, tem um “lugar cimeiro” na história do arquipélago.
Carlos Veiga recordou o papel que Aristides Pereira teve no período da abertura política, na década de 1990, quando o seu partido em 1991, venceu as primeiras eleições multipartidárias após 16 anos de monopartidarismo.
“Nós, no MpD, sempre tivemos muito boas relações. O segundo grande ato do partido foi apresentar-lhe a declaração política do MpD, ainda nascente nessa altura, com as 700 primeiras assinaturas das pessoas que ousavam afirmar que queriam um regime novo. Recebeu-nos, teve palavras simpáticas e considerou que o surgimento do MpD era bom para o país”, lembrou-se Carlos Veiga.
Falando à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Nova Iorque onde participava nos trabalhos da Assembleia Geral da ONU, o primeiro-ministro cabo-verdiano considerou que, com a morte de Aristides Pereira, é “mais uma estrela da independência que se apagou” depois da morte de Amílcar Cabral (assassinado em 1973).
"(A morte de Aristides Pereira) é uma grande perda para Cabo Verde, para a Guiné-Bissau, para África e para os que lutaram e lutam pela independência, pela liberdade e pela democracia”, disse José Maria Neves à RCV.
As principais figuras políticas do arquipélago reagiram com pesar à morte de Aristides Pereira, 87 anos de idade , destacando todas elas o papel fundamental desempenhado por ele na luta pela independência e na construção do Estado de Cabo Verde.
O ex-Presidente cabo-verdiano Pedro Pires, a que sucedeu, a 9 de setembro corrente, Jorge Carlos Fonseca, realçou a “sensatez” e o “empenho” de Aristides Pereira na história de Cabo Verde, antes e depois da independência, salientando que essa “postura” influenciou tudo e todos.
Pedro Pires, que falava aos jornalistas na sua residência para comentar a morte do primeiro chefe de Estado de Cabo Verde (de 1975 a 1991) - período durante o qual Pires desempenhava as funções de primeiro-ministro - sublinhou que se trata de “um homem simples, modesto, discreto e que não gostava muito de protagonismos, mas sempre fiel aos seus ideais e amigos”.
“Essas são qualidades que marcam Aristides Pereira. Essa personalidade marcou Cabo Verde, a luta de independência nacional e os primeiros anos da independência”, disse.
Entretanto, o Conselho de Ministros devia reunir-se à tarde em sessão
extraordinária, tendo como único ponto da agenda os preparativos das exéquias do falecido Presidente, cujos restos mortais deverão chegar ao país em data ainda não anunciada.
-0- PANA CS/DD 23set2011
Falando à imprensa a partir de Lisboa, onde se encontra em visita privada, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse ter recebido a notícia da morte do antigo chefe de Estado com "profundo sentimento de pesar e consternação".
"O país está de luto nacional pela perda de uma figura marcante da nossa história recente", disse o chefe de Estado, adiantando que foi decretado o luto nacional de cinco dias pela morte do primeiro Presidente de Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca revelou que, além das cerimónias fúnebres oficiais na cidade da Praia, o funeral de Aristides Pereira será realizado na sua ilha natal, Boavista, num acto privado, conforme o desejo expresso pelo falecido antes da sua morte.
“Creio que todos os Cabo-Verdianos se curvarão com respeito perante a figura e a memória do senhor Aristides Pereira e, como Presidente da República, em meu nome pessoal e em nome da nação cabo-verdiana, desejo sentidas condolências aos familiares do senhor Aristides Pereira”, declarou o chefe de Estado.
“Nós, com muito respeito, e atravessados por este sentimento de pesar e consternação, curvamo-nos, com todo o respeito, diante de uma memória de uma figura, de um combatente pela independência do país e primeiro Presidente de Cabo Verde”, sublinhou Jorge Carlos Fonseca.
Na capital cabo-verdiana, o 2º vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Carlos Veiga, que em nome do titular do cargo, Basílio Ramos, que se encontra em visita de trabalho a Timor-Leste, explicou que, apesar de, neste momento, estarem ausentes do país o Presidente da República, o presidente do Parlamento, bem como o primeiro-ministro, José Maria Neves, que estava a participar na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (Estados Unidos), todas as providências estão a ser tomadas para as exéquias de Aristides Pereira, que ainda não têm data marcada.
O também líder do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, considerou que o país perdeu, com a morte de Aristides Pereira, um “grande homem”, que lutou pela independência, pela construção do país e que, por aquilo que representou, tem um “lugar cimeiro” na história do arquipélago.
Carlos Veiga recordou o papel que Aristides Pereira teve no período da abertura política, na década de 1990, quando o seu partido em 1991, venceu as primeiras eleições multipartidárias após 16 anos de monopartidarismo.
“Nós, no MpD, sempre tivemos muito boas relações. O segundo grande ato do partido foi apresentar-lhe a declaração política do MpD, ainda nascente nessa altura, com as 700 primeiras assinaturas das pessoas que ousavam afirmar que queriam um regime novo. Recebeu-nos, teve palavras simpáticas e considerou que o surgimento do MpD era bom para o país”, lembrou-se Carlos Veiga.
Falando à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Nova Iorque onde participava nos trabalhos da Assembleia Geral da ONU, o primeiro-ministro cabo-verdiano considerou que, com a morte de Aristides Pereira, é “mais uma estrela da independência que se apagou” depois da morte de Amílcar Cabral (assassinado em 1973).
"(A morte de Aristides Pereira) é uma grande perda para Cabo Verde, para a Guiné-Bissau, para África e para os que lutaram e lutam pela independência, pela liberdade e pela democracia”, disse José Maria Neves à RCV.
As principais figuras políticas do arquipélago reagiram com pesar à morte de Aristides Pereira, 87 anos de idade , destacando todas elas o papel fundamental desempenhado por ele na luta pela independência e na construção do Estado de Cabo Verde.
O ex-Presidente cabo-verdiano Pedro Pires, a que sucedeu, a 9 de setembro corrente, Jorge Carlos Fonseca, realçou a “sensatez” e o “empenho” de Aristides Pereira na história de Cabo Verde, antes e depois da independência, salientando que essa “postura” influenciou tudo e todos.
Pedro Pires, que falava aos jornalistas na sua residência para comentar a morte do primeiro chefe de Estado de Cabo Verde (de 1975 a 1991) - período durante o qual Pires desempenhava as funções de primeiro-ministro - sublinhou que se trata de “um homem simples, modesto, discreto e que não gostava muito de protagonismos, mas sempre fiel aos seus ideais e amigos”.
“Essas são qualidades que marcam Aristides Pereira. Essa personalidade marcou Cabo Verde, a luta de independência nacional e os primeiros anos da independência”, disse.
Entretanto, o Conselho de Ministros devia reunir-se à tarde em sessão
extraordinária, tendo como único ponto da agenda os preparativos das exéquias do falecido Presidente, cujos restos mortais deverão chegar ao país em data ainda não anunciada.
-0- PANA CS/DD 23set2011