PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde cria grupo de reflexão sobre crise na zona euro
Praia, Cabo Verde (PANA) - Um grupo de reflexão sobre o impacto da crise na zona euro em Cabo Verde, criado pelo Governo, transmitiu quinta-feira ao primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, recomendações para que o arquipélago possa fazer face aos eventuais efeitos da situação reinante nos países europeus, soube a PANA na Praia de fonte oficial.
Falando aos jornalistas no final do encontro com José Maria Neves, o porta-voz do grupo, Paulino Dias, avançou que a principal recomendação deixada foi em relação ao setor privado que, enquanto motor de crescimento da economia de Cabo Verde, deve passar a ter um "maior protagonismo".
Paulino Dias apontou a necessidade de haver uma política "clara" da parte do Governo para a promoção do empreendedorismo e a redução dos "custos de contexto" de modo a aumentar a competitividade das empresas e da economia cabo-verdiana.
O porta-voz apontou como exemplos os constrangimentos existentes a nível das telecomunicações, da distribuição de energia e água, dos transportes, quer inter-ilhas quer para a região africana, “para se ter um melhor acesso ao mercado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”.
Paulino Dias disse que o grupo considera que a formação também deve ser uma aposta, para uma mão-de-obra mais competitiva e adequada para os desafios do país no século XXI.
Em relação ao setor do turismo, também debatido no encontro com o chefe do Governo, o grupo entende que o desenvolvimento turístico, especialmente no cenário da crise, aparece não apenas como uma barreira para tentar minimizar o impacto negativo, mas também como uma oportunidade.
"Recomendamos ao Governo a organização de um debate alargado para definir algumas questões, como que tipo de turismo queremos em Cabo Verde, qual deve ser a governação do setor no país e como se devem mobilizar recursos para reinvestir na melhoria das condições para o crescimento e desenvolvimento desta área no arquipélago", precisou.
O grupo recomendou ainda ao Governo a continuação do trabalho de melhoria da eficiência na Administração Pública, com vista a um “melhor diálogo” entre a máquina do Estado e o setor privado.
Ele reúne várias entidades públicas e privadas com o propósito de debater medidas destinadas a minimizar os efeitos da crise na zona euro sobre o arquipélago e trabalhar para que as oportunidades que daí advenham possam ser aproveitadas.
Num artigo divulgado esta semana, o governador do Banco de Cabo Verde (BCV), Carlos Burgo, considera ser natural que os Cabo-verdianos se inquietem com a crise que afeta a zona euro.
O governador do banco central cabo-verdiano recorda que a economia do arquipélago é muito dependente dos fluxos externos e, por conseguinte, muito sensível à evolução da economia internacional, particularmente à da zona euro.
As trocas comerciais efectuam-se principalmente com os países europeus, recordou, acrescentando que também os donativos, as remessas de emigrantes, o investimento estrangeiro bem como o financiamento, tanto público como privado, são provenientes sobretudo da Europa e, particularmente, da zona euro.
“Ademais, Cabo Verde tem a sua moeda ancorada ao euro. É, assim, natural que os Cabo-verdianos se inquietem com a crise europeia”, sintetizou o governador do Banco de Cabo Verde.
-0- PANA CS/TON 4nov2011
Falando aos jornalistas no final do encontro com José Maria Neves, o porta-voz do grupo, Paulino Dias, avançou que a principal recomendação deixada foi em relação ao setor privado que, enquanto motor de crescimento da economia de Cabo Verde, deve passar a ter um "maior protagonismo".
Paulino Dias apontou a necessidade de haver uma política "clara" da parte do Governo para a promoção do empreendedorismo e a redução dos "custos de contexto" de modo a aumentar a competitividade das empresas e da economia cabo-verdiana.
O porta-voz apontou como exemplos os constrangimentos existentes a nível das telecomunicações, da distribuição de energia e água, dos transportes, quer inter-ilhas quer para a região africana, “para se ter um melhor acesso ao mercado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”.
Paulino Dias disse que o grupo considera que a formação também deve ser uma aposta, para uma mão-de-obra mais competitiva e adequada para os desafios do país no século XXI.
Em relação ao setor do turismo, também debatido no encontro com o chefe do Governo, o grupo entende que o desenvolvimento turístico, especialmente no cenário da crise, aparece não apenas como uma barreira para tentar minimizar o impacto negativo, mas também como uma oportunidade.
"Recomendamos ao Governo a organização de um debate alargado para definir algumas questões, como que tipo de turismo queremos em Cabo Verde, qual deve ser a governação do setor no país e como se devem mobilizar recursos para reinvestir na melhoria das condições para o crescimento e desenvolvimento desta área no arquipélago", precisou.
O grupo recomendou ainda ao Governo a continuação do trabalho de melhoria da eficiência na Administração Pública, com vista a um “melhor diálogo” entre a máquina do Estado e o setor privado.
Ele reúne várias entidades públicas e privadas com o propósito de debater medidas destinadas a minimizar os efeitos da crise na zona euro sobre o arquipélago e trabalhar para que as oportunidades que daí advenham possam ser aproveitadas.
Num artigo divulgado esta semana, o governador do Banco de Cabo Verde (BCV), Carlos Burgo, considera ser natural que os Cabo-verdianos se inquietem com a crise que afeta a zona euro.
O governador do banco central cabo-verdiano recorda que a economia do arquipélago é muito dependente dos fluxos externos e, por conseguinte, muito sensível à evolução da economia internacional, particularmente à da zona euro.
As trocas comerciais efectuam-se principalmente com os países europeus, recordou, acrescentando que também os donativos, as remessas de emigrantes, o investimento estrangeiro bem como o financiamento, tanto público como privado, são provenientes sobretudo da Europa e, particularmente, da zona euro.
“Ademais, Cabo Verde tem a sua moeda ancorada ao euro. É, assim, natural que os Cabo-verdianos se inquietem com a crise europeia”, sintetizou o governador do Banco de Cabo Verde.
-0- PANA CS/TON 4nov2011