PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde cria Unidade Especial de Intervenção Rápida
Praia, Cabo Verde (PANA) - As Forças Armadas de Cabo Verde (FAC) vão criar uma Unidade Especial de Intervenção Rápida (UEIR) com a missão de intervir em situações de riscos de caráter imprevisível, apurou a PANA, sexta-feira, na cidade da Praia de fonte militar.
De acordo com o comandante da Guarda Nacional, coronel Domingos Elói Gomes, um primeiro passo para a criação da UEIR é a conclusão, esta semana, do I Curso de Proteção a Altas Entidades que decorreu durante oito semanas com a participação de 16 militares.
Este curso, realizado com o apoio de Portugal, faz parte de um projeto maior para dotar as FAC de uma unidade com capacidades “modelares e complementares” que lhe confiram um grau de prontidão operacional capaz de fazer face aos “cenários resultantes das ameaças globais e outras missões de interesse público".
A formação que acaba de ser concluída veio reforçar a qualificação dos militares face à necessidade do país de garantir a segurança das altas entidades nacionais e estrangeiros que vêm a Cabo Verde.
O curso consistiu em dar informações teóricas e práticas aos recém-formados, habilitando-os a exercer as funções de proteção a altas entidades como rádios, sacos profissionais de transporte de primeiros socorros, coletes táticos e supressores de ruídos.
Para o comandante da Guarda Nacional, principal ramo das FAC, o conceito estratégico da defesa e segurança nacional demonstra a necessidade de as Forças Armadas se adaptarem ao novo cenário estratégico nacional e internacional, incitando formas de resposta face aos novos desafios.
"Queremos contribuir de forma decisiva para o aumento da segurança interna, em coordenação com as restantes forças policiais, e permitir uma intervenção musculada em operações de manutenção da ordem pública nas áreas urbanas onde a ameaça à instabilidade mais se faz sentir", frisou.
Neste sentido, o coronel Domingos Gomes anunciou que as Forças Armadas estão a trabalhar juntamente com o Governo na busca de recursos financeiros e materiais para "garantir uma capacidade expedicionária" dos destacamentos de proteção não só de altas entidades como também de infraestruturas críticas.
A criação de uma Unidade Especial de Intervenção Rápida inscreve-se no âmbito das medidas que o Governo cabo-verdiano vem tomando para enfrentar eventuais ameaças à segurança interna do país por parte de grupo criminosos armados e por uma hipotética presença no país de grupos radicais islâmicos.
No final de uma recente reunião do Conselho de Segurança Nacional (CNS), o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, salientou que as "muitas medidas" em curso é um trabalho que "tem de ser feito com a necessária discrição".
No entanto, José Maria Neves considerou "exageradas" as notícias saídas nos últimos dias da comunicação social cabo-verdiana que dão conta de que algumas organizações terroristas presentes no país já passaram da fase de recrutamento para a de treino.
"Tem havido notícias na comunicação social de algum exagero, mas devo tranquilizar os Cabo-verdianos no tocante à maneira como as autoridades estão a trabalhar, a identificar todas as ameaças e as nossas fragilidades, para continuarmos a tomar medidas firmes em relação aos grupos radicais e fundamentalistas", referiu.
-0- PANA CS/DD 05out2013
De acordo com o comandante da Guarda Nacional, coronel Domingos Elói Gomes, um primeiro passo para a criação da UEIR é a conclusão, esta semana, do I Curso de Proteção a Altas Entidades que decorreu durante oito semanas com a participação de 16 militares.
Este curso, realizado com o apoio de Portugal, faz parte de um projeto maior para dotar as FAC de uma unidade com capacidades “modelares e complementares” que lhe confiram um grau de prontidão operacional capaz de fazer face aos “cenários resultantes das ameaças globais e outras missões de interesse público".
A formação que acaba de ser concluída veio reforçar a qualificação dos militares face à necessidade do país de garantir a segurança das altas entidades nacionais e estrangeiros que vêm a Cabo Verde.
O curso consistiu em dar informações teóricas e práticas aos recém-formados, habilitando-os a exercer as funções de proteção a altas entidades como rádios, sacos profissionais de transporte de primeiros socorros, coletes táticos e supressores de ruídos.
Para o comandante da Guarda Nacional, principal ramo das FAC, o conceito estratégico da defesa e segurança nacional demonstra a necessidade de as Forças Armadas se adaptarem ao novo cenário estratégico nacional e internacional, incitando formas de resposta face aos novos desafios.
"Queremos contribuir de forma decisiva para o aumento da segurança interna, em coordenação com as restantes forças policiais, e permitir uma intervenção musculada em operações de manutenção da ordem pública nas áreas urbanas onde a ameaça à instabilidade mais se faz sentir", frisou.
Neste sentido, o coronel Domingos Gomes anunciou que as Forças Armadas estão a trabalhar juntamente com o Governo na busca de recursos financeiros e materiais para "garantir uma capacidade expedicionária" dos destacamentos de proteção não só de altas entidades como também de infraestruturas críticas.
A criação de uma Unidade Especial de Intervenção Rápida inscreve-se no âmbito das medidas que o Governo cabo-verdiano vem tomando para enfrentar eventuais ameaças à segurança interna do país por parte de grupo criminosos armados e por uma hipotética presença no país de grupos radicais islâmicos.
No final de uma recente reunião do Conselho de Segurança Nacional (CNS), o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, salientou que as "muitas medidas" em curso é um trabalho que "tem de ser feito com a necessária discrição".
No entanto, José Maria Neves considerou "exageradas" as notícias saídas nos últimos dias da comunicação social cabo-verdiana que dão conta de que algumas organizações terroristas presentes no país já passaram da fase de recrutamento para a de treino.
"Tem havido notícias na comunicação social de algum exagero, mas devo tranquilizar os Cabo-verdianos no tocante à maneira como as autoridades estão a trabalhar, a identificar todas as ameaças e as nossas fragilidades, para continuarmos a tomar medidas firmes em relação aos grupos radicais e fundamentalistas", referiu.
-0- PANA CS/DD 05out2013