PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde cria Plano de Conservação e Gestão do Tubarão
Praia, Cabo Verde (PANA) – O arquipélago cabo-verdiano vai ter, dentro em breve, um Plano de Conservação e Gestão do Tubarão, um instrumento que vai permitir fazer uma gestão sustentável das espécies deste cetáceo que podem ser exploradas, anunciou quinta-feira, na cidade da Praia, o diretor-geral das Pescas de Cabo Verde, Juvino Vieira.
O objetivo do plano, segundo ele, é não permitir que se chegue ao estado de “sobre-exploração” do tubarão em Cabo Verde de modo que as espécies exploráveis não corram o risco de extinção e nenhuma organização regional ou internacional “as considere também ameaçadas”.
Juvino Vieira considera que, deste modo, pode-se atribuir licenciamento para a captura de algumas espécies de tubarão, “mas no âmbito de uma gestão responsável de recursos”, frisou.
A este propósito ele anotou que, mesmo existindo espécies que possam ser pescados, é preciso ter em conta que existem outras em vias de extinção e que, por isso, devem ser protegidas como o tubarão tigre, tubarão limão, tubarão martelo, tubarão azul ou tubarão mako.
Vieira revelou que, para além dos tubarões, é também necessário “salvaguardar uma exploração responsável” dos outros recursos marinhos que um estudo mostra que podem ser “plenamente explorados”, como são os casos da cavala, do chicharro ou da dobrada.
Explicou que se trata de espécies em relação às quais já o Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas (INDP) reconhece que, possivelmente, estão a ser plenamente exploradas.
Porém, o INDP recomenda também que se deve ter atenção no licenciamento e na emissão de recomendações mais frequentes sobre a necessidade de uma captura responsável, ressalvou.
O tubarão azul, a par do camarão-soldado, figura na lista das espécies que podem ser capturadas em Cabo Verde, no âmbito do plano executivo bianual de gestão de recursos haliêuticos para o período 2014-2015 em vigor.
Entretanto, uma organização ambiental cabo-verdiana, a Biosfera I, tem vindo a denunciar a pesca "desenfreada" de tubarões na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Cabo Verde por parte de embarcações europeias, sobretudo espanholas.
José Melo, presidente desta Organização não Governamental com sede no Mindelo (ilha de São Vicente), acusa sobretudo os pesqueiros europeus de, ao abrigo do acordo de pesca entre a União Europeia (UE) e Cabo Verde, terem aumentado a captura do tubarão em vez de vez da do atum.
A Biosfera I, uma das associações mais ativas na denúncia da captura desta espécie, tem denunciado também o desembarque no Porto Grande de São Vicente de grande quantidade de tubarões capturados, sobretudo por barcos espanhóis, sem que as autoridades lhe ponham cobro, pondo em risco o equilíbrio ambiental.
Para a Biosfera I, uma das principais consequências apontadas dessa pesca ilegal é a ameaça à fauna marinha de Cabo Verde.
"Eles estão a capturar o tubarão que é tido como controlador-mor do ecossistema marinho”, esclarece José Melo, precisando que o tubarão “é um dos responsáveis pelos cardumes de outras espécies, especialmente cavala, que representa "um dos nossos sustentos, mantendo a salubridade dos mares porque captura na maioria animais feridos e doentes".
-0- PANA CS/IZ 15ago2014
O objetivo do plano, segundo ele, é não permitir que se chegue ao estado de “sobre-exploração” do tubarão em Cabo Verde de modo que as espécies exploráveis não corram o risco de extinção e nenhuma organização regional ou internacional “as considere também ameaçadas”.
Juvino Vieira considera que, deste modo, pode-se atribuir licenciamento para a captura de algumas espécies de tubarão, “mas no âmbito de uma gestão responsável de recursos”, frisou.
A este propósito ele anotou que, mesmo existindo espécies que possam ser pescados, é preciso ter em conta que existem outras em vias de extinção e que, por isso, devem ser protegidas como o tubarão tigre, tubarão limão, tubarão martelo, tubarão azul ou tubarão mako.
Vieira revelou que, para além dos tubarões, é também necessário “salvaguardar uma exploração responsável” dos outros recursos marinhos que um estudo mostra que podem ser “plenamente explorados”, como são os casos da cavala, do chicharro ou da dobrada.
Explicou que se trata de espécies em relação às quais já o Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas (INDP) reconhece que, possivelmente, estão a ser plenamente exploradas.
Porém, o INDP recomenda também que se deve ter atenção no licenciamento e na emissão de recomendações mais frequentes sobre a necessidade de uma captura responsável, ressalvou.
O tubarão azul, a par do camarão-soldado, figura na lista das espécies que podem ser capturadas em Cabo Verde, no âmbito do plano executivo bianual de gestão de recursos haliêuticos para o período 2014-2015 em vigor.
Entretanto, uma organização ambiental cabo-verdiana, a Biosfera I, tem vindo a denunciar a pesca "desenfreada" de tubarões na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Cabo Verde por parte de embarcações europeias, sobretudo espanholas.
José Melo, presidente desta Organização não Governamental com sede no Mindelo (ilha de São Vicente), acusa sobretudo os pesqueiros europeus de, ao abrigo do acordo de pesca entre a União Europeia (UE) e Cabo Verde, terem aumentado a captura do tubarão em vez de vez da do atum.
A Biosfera I, uma das associações mais ativas na denúncia da captura desta espécie, tem denunciado também o desembarque no Porto Grande de São Vicente de grande quantidade de tubarões capturados, sobretudo por barcos espanhóis, sem que as autoridades lhe ponham cobro, pondo em risco o equilíbrio ambiental.
Para a Biosfera I, uma das principais consequências apontadas dessa pesca ilegal é a ameaça à fauna marinha de Cabo Verde.
"Eles estão a capturar o tubarão que é tido como controlador-mor do ecossistema marinho”, esclarece José Melo, precisando que o tubarão “é um dos responsáveis pelos cardumes de outras espécies, especialmente cavala, que representa "um dos nossos sustentos, mantendo a salubridade dos mares porque captura na maioria animais feridos e doentes".
-0- PANA CS/IZ 15ago2014