PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde cria Fundo de Sustentabilidade Social para Turismo
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo cabo-verdiano acaba de criar o Fundo de Sustentabilidade Social para o Turismo com a finalidade de contribuir para a melhoria da sustentabilidade do "destino Cabo Verde”, apurou a PANA terça-feira na cidade da Praia de fonte oficial.
Trata-se de um fundo que vai contar com um financiamento anual de 600 mil contos/ano (cerca cinco milhões e 500 mil euros) provenientes da taxa do turismo que começou a ser cobrada em maio último, segundo a fonte.
A taxa do turismo, a razão de 220 escudos (2 euros) por noite e cobrada até ao máximo de dez noites, já consta do orçamento para este ano.
A decisão da criação deste o Fundo decorre de uma resolução do Conselho de Ministros publicada no Boletim Oficial de 14 de agosto corrente.
Segundo o diretor-geral do Turismo, Emanuel Almeida, este fundo tem como objetivo o fomento de atividades e projetos ligados ao setor através do financiamento de ações de promoção, desenvolvimento e manutenção de serviços ligados diretamente ao bem-estar da população residente e de turistas, além de promover a formação e capacitação de recursos humanos nesta matéria.
Emanuel Almeida explicou que as ações previstas no âmbito do fundo demonstram a “transversalidade do setor”, ou seja, disse, não se deve investir unicamente no turismo, esquecendo as populações.
“Existem algumas intervenções que devem ser feitas no seio de uma comunidade recetora, que pode não ser vista como atividade turística”, anotou, precisando que se trata de uma forma de criar condições para que também a população possa receber melhor os turistas.
Entre as atividades programadas, que podem ser financiados pelo fundo, prevêem-se intervenções junto de crianças, a educação para o turismo, atividades geradoras de rendimento, a reabilitação da zona e o reforço da segurança, indicou.
Do mesmo modo, acrescentou, alguns subprodutos turísticos poderão vir a ser criados com o financiamento do fundo, designadamente o turismo rural, principalmente nas ilhas de Santiago, Fogo, Brava, São Nicolau e Santo Antão.
O ajustamento da mão-de-obra qualificada ao serviço do turismo vai ser também outra atribuição do fundo, uma vez que 10 porcento do seu orçamento estão destinados diretamente ao Fundo do Emprego e Formação, anotou.
Tal como em anos anteriores, os serviços, com destaque para o turismo, constituíram a espinha dorsal da economia de Cabo Verde, tendo contribuido assim com 3,2 pontos percentuais para o crescimento em 2012.
O Banco Central Cabo-verdiano considera que a indústria do turismo representa 21,1 do Produto Interno Bruto (PIB) e constitui 60,8 porcento do setor dos serviços.
Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de estatística (INE) indicam que o número de hóspedes nas unidades hoteleiras em Cabo Verde aumentou 23,6 porcento no terceiro trimestre deste ano.
No ano passado, o setor da hotelaria em Cabo Verde registou um aumento de 12,3 porcento em termos de número de hóspedes em relação ao ano anterior, ultrapassando, pela primeira vez, o meio milhão, mais do que a totalidade da população cabo-verdiana, indica-se.
-0 – PANA CS/DD 20ago2013
Trata-se de um fundo que vai contar com um financiamento anual de 600 mil contos/ano (cerca cinco milhões e 500 mil euros) provenientes da taxa do turismo que começou a ser cobrada em maio último, segundo a fonte.
A taxa do turismo, a razão de 220 escudos (2 euros) por noite e cobrada até ao máximo de dez noites, já consta do orçamento para este ano.
A decisão da criação deste o Fundo decorre de uma resolução do Conselho de Ministros publicada no Boletim Oficial de 14 de agosto corrente.
Segundo o diretor-geral do Turismo, Emanuel Almeida, este fundo tem como objetivo o fomento de atividades e projetos ligados ao setor através do financiamento de ações de promoção, desenvolvimento e manutenção de serviços ligados diretamente ao bem-estar da população residente e de turistas, além de promover a formação e capacitação de recursos humanos nesta matéria.
Emanuel Almeida explicou que as ações previstas no âmbito do fundo demonstram a “transversalidade do setor”, ou seja, disse, não se deve investir unicamente no turismo, esquecendo as populações.
“Existem algumas intervenções que devem ser feitas no seio de uma comunidade recetora, que pode não ser vista como atividade turística”, anotou, precisando que se trata de uma forma de criar condições para que também a população possa receber melhor os turistas.
Entre as atividades programadas, que podem ser financiados pelo fundo, prevêem-se intervenções junto de crianças, a educação para o turismo, atividades geradoras de rendimento, a reabilitação da zona e o reforço da segurança, indicou.
Do mesmo modo, acrescentou, alguns subprodutos turísticos poderão vir a ser criados com o financiamento do fundo, designadamente o turismo rural, principalmente nas ilhas de Santiago, Fogo, Brava, São Nicolau e Santo Antão.
O ajustamento da mão-de-obra qualificada ao serviço do turismo vai ser também outra atribuição do fundo, uma vez que 10 porcento do seu orçamento estão destinados diretamente ao Fundo do Emprego e Formação, anotou.
Tal como em anos anteriores, os serviços, com destaque para o turismo, constituíram a espinha dorsal da economia de Cabo Verde, tendo contribuido assim com 3,2 pontos percentuais para o crescimento em 2012.
O Banco Central Cabo-verdiano considera que a indústria do turismo representa 21,1 do Produto Interno Bruto (PIB) e constitui 60,8 porcento do setor dos serviços.
Os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de estatística (INE) indicam que o número de hóspedes nas unidades hoteleiras em Cabo Verde aumentou 23,6 porcento no terceiro trimestre deste ano.
No ano passado, o setor da hotelaria em Cabo Verde registou um aumento de 12,3 porcento em termos de número de hóspedes em relação ao ano anterior, ultrapassando, pela primeira vez, o meio milhão, mais do que a totalidade da população cabo-verdiana, indica-se.
-0 – PANA CS/DD 20ago2013