PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde contrai empréstimo de 13,5 ME para indemnizar trabalhadores da TACV
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde confirmou, sexta-feira, ter mobilizado junto do Banco de Negócios Internacional Europa (BNI-Europa) 13,5 milhões de euros (ME) para a indemnização dos trabalhadores da companhia aérea cabo-verdiana (TACV) que serão despedidos no âmbito do processo de reestruturação da empresa.
O presidente do Conselho de Administração da TACV, José Luís Sá Nogueira, disse recentemente que a reestruturação vai implicar o despedimento de cerca de 260 pessoas, o equivalente a cerca de metade dos trabalhadores da empresa.
O Governo já avançou também que está a preparar uma linha de crédito e um fundo para ajudar os trabalhadores com maiores dificuldades a reintegrar no mercado de trabalho.
No quadro da reestruturação com vista à privatização da companhia, o Governo assinou, igualmente, com o grupo islandês "Icelandair", um contrato de gestão da empresa pelo período de um ano.
No entanto, o processo de reestruturação da TACV, que se iniciou com o fim das operações domésticas, a 01 de agosto passado, e a intenção de privatizar o negócio internacional, levou os trabalhadores da empresa a realizarem uma manifestação na cidade da Praia para exigir informação quanto a despedimentos e indemnizações.
Em comunicado, o Governo anunciou que está, ao mesmo tempo, em negociações com o Banco Mundial para a disponibilização de fundos, que deverão estar disponíveis no primeiro trimestre de 2018, para liquidar este financiamento junto do BNI Europa.
No Boletim Oficial, publicado um dia antes, o Governo informou ter autorizado, através de um aval do Estado, a TACV a contrair um empréstimo de 13,5 milhões de euros para fazer face à "situação económico-financeira desfavorável" que a empresa atravessa.
Em julho, tinha já autorizado a TACV a contrair um outro empréstimo bancário de um milhão e 700 mil euros junto do Banco Privado Internacional (BPI).
Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a empresa assegura agora apenas as ligações internacionais depois de o Governo ter negociado com a Binter Cabo Verde a exclusividade das ligações domésticos.
O Governo entrou na Binter Cabo Verde com 49 porcento do capital.
A TACV tem ligações aéreas regulares para a Europa, o Brasil e os Estados Unidos, mas, durante o verão, a empresa foi forçada a cancelar a quase totalidade dos voos devido a uma avaria no seu único avião, tendo que recorrer a outras companhias para reencaminhar os passageiros.
O presidente do Conselho de Administração da empresa adiantou que os prejuízos provocados pela avaria do aparelho ascendiam a dois milhões de euros.
Entretanto, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição, disse, sexta-feira, que está “profundamente preocupado” com o processo de reestruturação da TACV.
Através do deputado Julião Varela, sublinha que “não há informação de quanto irá custar ao país esse processo de restruturação”, precisando qu “vários montantes já foram tirados para fora”.
Julião Varela disse que o seu partido dispõe de informações que dão conta de que o Governo vai adquirir 50 porcento das ações da TACV internacional, num montante que ainda não foi revelado.
“Quer dizer que, neste momento, há uma total intransparência do processo e nós estamos profundamente preocupados porque se é uma empresa, de facto, em fase de privatização, significa que, chegado ao momento da privatização, o Estado é que vai assumir todo o passivo” disse.
Acrescentou que isso “significa que todas essas dívidas que neste momento estão a ser feitas vão ser assumidas pelos cidadãos, que vão ter que as pagar”.
-0- PANA CS/IZ 14out2017
O presidente do Conselho de Administração da TACV, José Luís Sá Nogueira, disse recentemente que a reestruturação vai implicar o despedimento de cerca de 260 pessoas, o equivalente a cerca de metade dos trabalhadores da empresa.
O Governo já avançou também que está a preparar uma linha de crédito e um fundo para ajudar os trabalhadores com maiores dificuldades a reintegrar no mercado de trabalho.
No quadro da reestruturação com vista à privatização da companhia, o Governo assinou, igualmente, com o grupo islandês "Icelandair", um contrato de gestão da empresa pelo período de um ano.
No entanto, o processo de reestruturação da TACV, que se iniciou com o fim das operações domésticas, a 01 de agosto passado, e a intenção de privatizar o negócio internacional, levou os trabalhadores da empresa a realizarem uma manifestação na cidade da Praia para exigir informação quanto a despedimentos e indemnizações.
Em comunicado, o Governo anunciou que está, ao mesmo tempo, em negociações com o Banco Mundial para a disponibilização de fundos, que deverão estar disponíveis no primeiro trimestre de 2018, para liquidar este financiamento junto do BNI Europa.
No Boletim Oficial, publicado um dia antes, o Governo informou ter autorizado, através de um aval do Estado, a TACV a contrair um empréstimo de 13,5 milhões de euros para fazer face à "situação económico-financeira desfavorável" que a empresa atravessa.
Em julho, tinha já autorizado a TACV a contrair um outro empréstimo bancário de um milhão e 700 mil euros junto do Banco Privado Internacional (BPI).
Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a empresa assegura agora apenas as ligações internacionais depois de o Governo ter negociado com a Binter Cabo Verde a exclusividade das ligações domésticos.
O Governo entrou na Binter Cabo Verde com 49 porcento do capital.
A TACV tem ligações aéreas regulares para a Europa, o Brasil e os Estados Unidos, mas, durante o verão, a empresa foi forçada a cancelar a quase totalidade dos voos devido a uma avaria no seu único avião, tendo que recorrer a outras companhias para reencaminhar os passageiros.
O presidente do Conselho de Administração da empresa adiantou que os prejuízos provocados pela avaria do aparelho ascendiam a dois milhões de euros.
Entretanto, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição, disse, sexta-feira, que está “profundamente preocupado” com o processo de reestruturação da TACV.
Através do deputado Julião Varela, sublinha que “não há informação de quanto irá custar ao país esse processo de restruturação”, precisando qu “vários montantes já foram tirados para fora”.
Julião Varela disse que o seu partido dispõe de informações que dão conta de que o Governo vai adquirir 50 porcento das ações da TACV internacional, num montante que ainda não foi revelado.
“Quer dizer que, neste momento, há uma total intransparência do processo e nós estamos profundamente preocupados porque se é uma empresa, de facto, em fase de privatização, significa que, chegado ao momento da privatização, o Estado é que vai assumir todo o passivo” disse.
Acrescentou que isso “significa que todas essas dívidas que neste momento estão a ser feitas vão ser assumidas pelos cidadãos, que vão ter que as pagar”.
-0- PANA CS/IZ 14out2017