PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde conta com apoio da Alemanha para ter 100% de energia renovável
Praia, Cabo Verde (PANA) - Uma delegação liderada pela vice-primeira-ministra e ministra dos Assuntos Económicos, Ambiente, Energia e Planeamento Territorial do Estado alemão da Renânia-Palatinado, Eveline Lemke, é esperada sexta-feira próxima na cidade da Praia na próxima sexta-feira, para dar início a uma parceria destinado a levar o arquipélago a ter possibilidade de produzir 100 por cento de energia renovável,.
Aquando da sua visita, em abril último à Renânia-Palatinado, um dos 16 Estados da Alemanha, situado no sudoeste do país, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, defendeu que o seu Governo deve repensar o seu plano estratégico de energias renováveis e estabelecer novas metas mais ambiciosas para chegar aos 100 porcento no consumo de energias limpas em 2020.
O chefe do executivo cabo-verdiano, que visitara nessa altura empresas produtoras de energias limpas, disse que a informação que havia obtido naquele país irião permitir estabelecer uma forte parceria com aquele país europeu nessa área.
“Há soluções aqui de energia solar muito interessantes e penso que Cabo Verde pode rapidamente evoluir para os 100 porcento de penetração de energias renováveis”, argumentou na altura.
Para solucionar alguns problemas energéticos no arquipélago cabo-verdiano, José Maria Neves acredita que a solução pode estar nas baterias, embora o país já tenha uma penetração de 25 porcento, mas que enfrenta ainda alguma instabilidade na rede.
“Quando a empresa Unicles apresentou a solução das baterias, vimos também que elas poderão estabilizar a produção e distribuição de energia eólica em Cabo Verde”, justificou.
O chefe do Governo realçou nessa altura que essa solução vai permitir revisitar e renovar completamente o plano de desenvolvimento de energia fóssil de Cabo Verde, o qual está em andamento com a construção de centrais únicas e redes de distribuições.
Já no início deste ano, um estudo de viabilidade, desenvolvido pelo Governo em parceria com a Cooperação Alemã para a materialização do projeto, Cabo Verde 100 porcento de energias renováveis, mostra que é tecnicamente possível a Cabo Verde conseguir alcançar o objetivo traçado.
À margem de um encontro com José Maria Neves, o coordenador dos Estudos do Projeto de Energias Renováveis em Cabo Verde, o alemão Peter Heck, explicou que os dados recolhidos permitem chegar a esta conclusão.
Terça-feira, na Praia, o diretor do Departamento Internacional do Instituto de Gestão e Pesquisa da Alemanha (IFAS), Michael Knaus, disse que, nos últimos 12 meses, especialistas alemães trabalharam em todas as ilhas no processo de transição do fuel para as energias renováveis.
“Calculámos que o montante necessário a investir é de 1.200 milhões de euros", frisou Knaus, citado pela agência Inforpress.
Segundo aquele responsável do instituto alemão, atualmente, Cabo Verde gasta cerca de 13 milhões de euros/anuais (cerca de 2,3% do Orçamento do Estado) na importação de combustíveis, mais nove milhões do que em 2004.
A ideia, explicou, é manter um preço estável durante 20 anos, baixando de 0,23 para 0,18 euros o preço do quilowatt (Kw), produzindo, paralelamente, o dobro de energia atual.
"Já conversámos com empresas da Alemanha que se mostraram interessadas em entrar no mercado cabo-verdiano. As empresas chinesas, que tiveram conhecimento do programa, mostraram-se também interessadas", salientou Knaus, frisando que o "ideal" será atrair investidores estrangeiros para criar parcerias.
"A longo prazo, se for um projeto de sucesso, a experiência pode ser exportada para os países da sub-região e Cabo Verde pode transformar-se num exportador de energias renováveis", prognosticou.
A missão do Estado alemão da Renânia-Palatinado, que acompanha Eveline Lemke na visita a Cabo Verde, integra ainda 30 empresários que nos próximos dias irão manter contactos com empresas e serviços cabo-verdianos com vista ao estabelecimento de futuras parcerias em vários domínios.
-0- PANA CS/DD 07maio2013
Aquando da sua visita, em abril último à Renânia-Palatinado, um dos 16 Estados da Alemanha, situado no sudoeste do país, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, defendeu que o seu Governo deve repensar o seu plano estratégico de energias renováveis e estabelecer novas metas mais ambiciosas para chegar aos 100 porcento no consumo de energias limpas em 2020.
O chefe do executivo cabo-verdiano, que visitara nessa altura empresas produtoras de energias limpas, disse que a informação que havia obtido naquele país irião permitir estabelecer uma forte parceria com aquele país europeu nessa área.
“Há soluções aqui de energia solar muito interessantes e penso que Cabo Verde pode rapidamente evoluir para os 100 porcento de penetração de energias renováveis”, argumentou na altura.
Para solucionar alguns problemas energéticos no arquipélago cabo-verdiano, José Maria Neves acredita que a solução pode estar nas baterias, embora o país já tenha uma penetração de 25 porcento, mas que enfrenta ainda alguma instabilidade na rede.
“Quando a empresa Unicles apresentou a solução das baterias, vimos também que elas poderão estabilizar a produção e distribuição de energia eólica em Cabo Verde”, justificou.
O chefe do Governo realçou nessa altura que essa solução vai permitir revisitar e renovar completamente o plano de desenvolvimento de energia fóssil de Cabo Verde, o qual está em andamento com a construção de centrais únicas e redes de distribuições.
Já no início deste ano, um estudo de viabilidade, desenvolvido pelo Governo em parceria com a Cooperação Alemã para a materialização do projeto, Cabo Verde 100 porcento de energias renováveis, mostra que é tecnicamente possível a Cabo Verde conseguir alcançar o objetivo traçado.
À margem de um encontro com José Maria Neves, o coordenador dos Estudos do Projeto de Energias Renováveis em Cabo Verde, o alemão Peter Heck, explicou que os dados recolhidos permitem chegar a esta conclusão.
Terça-feira, na Praia, o diretor do Departamento Internacional do Instituto de Gestão e Pesquisa da Alemanha (IFAS), Michael Knaus, disse que, nos últimos 12 meses, especialistas alemães trabalharam em todas as ilhas no processo de transição do fuel para as energias renováveis.
“Calculámos que o montante necessário a investir é de 1.200 milhões de euros", frisou Knaus, citado pela agência Inforpress.
Segundo aquele responsável do instituto alemão, atualmente, Cabo Verde gasta cerca de 13 milhões de euros/anuais (cerca de 2,3% do Orçamento do Estado) na importação de combustíveis, mais nove milhões do que em 2004.
A ideia, explicou, é manter um preço estável durante 20 anos, baixando de 0,23 para 0,18 euros o preço do quilowatt (Kw), produzindo, paralelamente, o dobro de energia atual.
"Já conversámos com empresas da Alemanha que se mostraram interessadas em entrar no mercado cabo-verdiano. As empresas chinesas, que tiveram conhecimento do programa, mostraram-se também interessadas", salientou Knaus, frisando que o "ideal" será atrair investidores estrangeiros para criar parcerias.
"A longo prazo, se for um projeto de sucesso, a experiência pode ser exportada para os países da sub-região e Cabo Verde pode transformar-se num exportador de energias renováveis", prognosticou.
A missão do Estado alemão da Renânia-Palatinado, que acompanha Eveline Lemke na visita a Cabo Verde, integra ainda 30 empresários que nos próximos dias irão manter contactos com empresas e serviços cabo-verdianos com vista ao estabelecimento de futuras parcerias em vários domínios.
-0- PANA CS/DD 07maio2013