Cabo Verde com zero caso de paludismo nos últimos 12 meses, diz OMS
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde é um dos países com zero caso de paludismo nos últimos 12 meses, apurou a PANA quinta-feira, na cidade da Praia, de fonte segura.
O reconhecimento foi expresso na semana passada pelo Programa Global de Paludismo da Organização Mundial da Saúde (OMS), no âmbito do terceiro fórum global anual da malária em via de eliminação em certos países, decorrido na China, de 18 a 20 de junho corrente.
Foi nessa ocasião que o arquipélago cabo-verdiano foi galardoado com uma medalha e um certificado de mérito, como a China, o El Salvador, o Irão, a Malásia e Timor Leste.
O prémio foi entregue ao coordenador do Programa Integrado de Luta contra Doenças de Transmissão Vetorial em Cabo verde, António Moreira, que participou no evento, em representação do ministério cabo-verdiano da Saúde e Segurança Social.
Em recentes declarações a imprensa, por ocasião do Dia Mundial de luta contra o Paludismo, António Moreira, recordou que o país não registou nenhum caso autóctone da doença há mais de um ano, e que está em bom caminho para a eliminar em 2020.
Avançou que, nos primeiros quatro meses de 2019, o país assinalou apenas quatro casos e que, tal como os 21 contabilizados no ano transato, eram todos importados, ou seja em pessoas que chegaram a Cabo Verde já contaminadas com o plasmódio, agente causador do paludismo.
"O país está numa fase de pré-eliminação e eliminação do paludismo: É objetivo nacional eliminar a doença até a 2020 e não se terem casos locais”, precisou.
No entanto, ele alertou que Cabo Verde continuará a ter casos importados, dada à sua localização geográfica e à globalização.
A seu ver, o país é aberto, faz parte do continente africano, está a poucos quilómetros dos países da África Ocidental, que continuam a ter epidemias de paludismo.
Por sua vez, António Moreira disse que, se o país conseguisse manter zero caso local até ao ano de 2020, uma comissão internacional ia trabalhar com o ministério cabo-verdiano da Saúde, para avaliar e certificar que o país está livre da doença.
O facto de o país não ter casos autóctones há mais de um ano já é "um bom sinal", que vai valorizar o trabalho de vários parceiros de saúde, e não só, regozijou-se.
-0- PANA CS/DD 28junho2019