Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde com taxa de fecundidade de 2,5 filhos por mulher

Praia, Cabo Verde (PANA) – A taxa de fecundidade constante até 2018, em Cabo Verde, está fixada em 2,5 filhos por mulher, com variação de 2,4 filhos no meio urbano e de 2,6 no rural, apurou a PANA, quarta-feira, na cidade da Praia.

Segundo dados do mais recente inquérito demográfico sobre saúde reprodutiva, a idade mediana no primeiro nascimento das mulheres de 25-49 anos é de 20,7 anos, sendo o intervalo entre nascimentos de 60,3 meses.

Os números apurados no âmbito do terceiro Inquérito Demográfico da Saúde Reprodutiva (III-IDSR) confirmam a tendência de diminuição deste índice ao longo dos anos, sendo que, quando a comparação for feita com 1981, cuja taxa era de 7.1, regista-se o decréscimo de 4.6 pontos percentuais, em 2018.

O III-IDSR revela ainda que a percentagem da fecundidade na adolescência é de 16 por cento, indicando que as mulheres de 15-19 anos começaram a sua vida procriativa, 12 por cento já tiveram um filho que nasceu vivo e quatro por cento estão grávidas do primeiro filho.

O inquérito salienta ainda que a percentagem das adolescentes que já iniciaram a sua vida reprodutiva é mais elevada nas ilhas da Brava (29%) seguida das do Fogo (20%), de São Vicente (18%) e do Maio (12%).

A fecundidade, refere o inquérito, continua sendo precoce e elevada, com uma taxa de 76 por cento nas jovens mulheres de 15-19 anos, e atingindo o nível máximo de 113% nas mulheres de 20-24 anos.

Ainda de acordo com os dados do INE, no meio rural a taxa de específica de fecundidade é mais elevada nas mulheres de 20-24 anos (139%), o que não se verifica no meio urbano, cuja taxa mais elevada é observada no grupo etário 25-29 anos (107%), prova de uma fecundidade mais tardia.

O III-IDSR assinala ainda que o nível da fecundidade varia de acordo com o domínio de estudo de residência das mulheres, sendo que o mais baixo do índice sintético de fecundidade foi verificado nas ilhas de São Vicente e Maio (2,1 filhos por mulher), e o nível mais elevado nas ilhas de Fogo e Brava, ambos com 2,8 filhos por mulher.

Nas variações analisadas, segundo algumas caraterísticas do comportamento das mulheres face ao intervalo para os nascimentos, o inquérito indica que, em São Nicolau, existe mais tendência em espaçar-se as nascenças (entre nascimentos de 65,9 meses) do que as mulheres das outras ilhas.

As mulheres de Santiago Norte, neste domínio, revelam um número mediano de meses entre os nascimentos, ou seja, de 50,8, enquanto as mulheres do meio urbano  espaceiam, em média, os seus filhos em cerca de 12 meses a mais do que as suas congéneres do meio rural (64,3 meses contra 52,1 meses).

Sobre a idade mediana para o primeiro nascimento, o inquérito regista que a média entre mulheres de 25-49 anos, em Cabo Verde, é de 20,7 anos, o que significa que metade das mulheres desta faixa etária teve o seu primeiro filho.

Nota-se, igualmente, que 21 por cento das mulheres de 25-49 anos tiveram o seu primeiro filho, antes de atingir os 18 anos exatos e 76 por cento antes dos 25 anos exatos.

Em Cabo Verde, lê-se no documento, mais de 13 por cento em cada 10 mulheres de 30-49 anos estão em menopausa.

O inquérito apurou também que a percentagem de mulheres em menopausa aumenta com a idade, indo de oito por cento entre as mulheres de 30-34 anos até 40 por cento, nas mulheres de 48-49 anos.

-0- PANA CS/IZ 04março2020