Cabo Verde com 93 profissionais de saúde infetados pela covid-19
Praia, Cabo Verde (PANA) – Noventa e três profissionais da saúde foram infetados pela covid-19, em Cabo Verde, desde do início da pandemia no país, em março último, revelou esta quinta-feira o diretor nacional da Saúde, Artur Correia.
Artur Correia falava aos jornalistas na habitual conferância de imprensa para o balanco da evolução da pandemia no país.
Ele precisou que a maior parte desses profissionais (70), encontra-se, sem supressa, no concelho da Praia, incluindo a “nível hospitalar”.
Segue-se o concelho do Sal com 19. Santa Catarina de Santiago soma já quatro casos de profissionais de saúde infetados e os concelhos de Ribeira Grande de Santiago, Santa Cruz, São Lourenço dos Órgãos, com um caso em cada.
O responsável sanitário chamou também a atenção para o facto de que, dos 62 casos da covid-19 diagnosticados, quarta-feira, quatro foram registados, na Boa Vista.
Esta última é a ilha onde foi identificado o primeiro paciente da doença, mas que há várias semanas não apresentava novos casos.
Outro dado destacado é a entrada do município de São Filipe, na ilha do Fogo, na lista de concelhos afetados, com o registo dos dois primeiros casos diagnosticados.
Artur Correia reforçou que é expectável que o vírus acabe por afetar todas as ilhas de Cabo Verde.
Por isso, anotou, hoje tal como no início da pandemia, o grande objetivo das autoridades sanitarias "é retardar esse aparecimento".
Deve-se, para o efeito, "gerir os contágios de modo a não sobrecarregar o sistema nacional de Saúde", o que, no seu entender, tem sido atingido.
O diretor destacou que as medidas de prevenção e controlo adotadas pelo Governo contribuíram para “evitar e retardar” uma evolução “mais acentuada” do vírus no País.
Segundo ele, em relação à Cidade da Praia há registo de uma estagnação, em cerca de 250 casos semanais. Entretanto, a nível nacional “subiu um pouco”, com dois picos nas duas últimas semanas.
Numa visão global, disse, o país “não está a piorar”, mas "todos têm de estar conscientes" de que se está perante uma pandemia que vai continuar e que provavelmente vai chegar às outras ilhas que ainda não registaram qualquer caso.
“Os cinco meses que aguentamos foram devido às medidas tomadas, como Estado de Emergência, mobilidade entre as ilhas, entre outros, que serviram para retardar a evolução do vírus, evitando colapso dos serviços de saúde”, frisou.
-0- PANA CS/IZ 27ago2020