Cabo Verde com 11 mortes devidas à covid-19 registadas em janeiro
Praia, Cabo Verde (PANA) - O diretor Nacional de Saúde de Cabo Verde, Jorge Noel Barreto, revelou, segunda-feira, na cidade da Praia, que, em janeiro corrente, a pandemia da covid-19 já provocou a morte a 11 pessoas, contra apenas uma registada um mês antes.
Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da situação epidemiológica no país, Barreto assinalou que a maioria das vitimas mortais neste primeiro mês do novo ano “são pessoas que têm 60 ou mais anos de idade, entre as quais seis estavam completamente vacinadas e cinco não vacinadas.
Acrescentou que a maioria das pessoas falecidas nos primeiros 10 dias deste mês de janeiro tinham outros problemas de saúde que acabaram por contribuir para este desfecho desfavorável.
Em termos de internamentos, ele revelou que há 61 pessoas internadas devido a SARS – CoV-2 (covid-19), 11 no hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, 19 no hospital Baptista de Sousa, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, 16 no hospital Santa Rita Vieira, no interior da ilha de Santiago, duas no hospital Ramiro Figueira, na ilha do Sal, quatro no hospital São Francisco de Assis, na ilha do Fogo, e sete no hospital João Morais, na ilha de Santo Antão.
“A maior parte das pessoas que se encontram internadas estão vacinadas como era de se prever, porque, como sabemos, as nossas taxas de vacinação são muito altas, 67 por cento destas pessoas estão vacinadas, talvez por isso o número de doentes graves ou críticos não seja tanto. (Apenas) 20 destes doentes não estão vacinados, o que corresponde a 32,8 por cento”, frisou.
Jorge Barreto citou que, nos últimos 14 dias, de 27 de dezembro a 9 de janeiro, foi analisado um total de 34.447 amostras, o que, a seu ver, dá uma média de 2.461 por dia.
Foram ainda identificados 11.210 casos novos, neste período, e uma média de 801 casos por dia, o que dá uma taxa de positividade de 32,5 por cento.
“Nos 14 dias anteriores, de 16 a 26 de dezembro de 2021, foi analisado um total de 10.441 amostras, o que dá uma média de 746 amostras por dia. Foram identificados 620 casos novos, o que dá uma média de 44 casos novos por dia e uma taxa de positividade de seis por cento”, referiu o diretor nacional de Saúde.
Conforme Jorge Noel Barreto, manteve-se o agravamento da situação sanitária com a identificação de casos coincidentes com a variante Ómicron, que “é uma variante de preocupação que tem tido a característica de ser muito mais transmissível do que as outras já identificadas.”
Neste momento, a taxa de transmissibilidade, a nível nacional, indicou, é de 1,36, que ainda está acima de 1.
“Em relação à taxa de incidência acumulada, temos a nível nacional uma taxa de 1.990 casos por 100.000 habitantes, enquanto que, nos dias anteriores, esta era de 110 por 100.000 habitantes”, informou.
Neste momento, todos os concelhos estão com uma taxa de incidência acumulada muito superior a 150 por 100.000 habitantes, revelou Barreto, acrescentando que o país conta com 5.566 casos ativos, 45.002 casos recuperados, 362 óbitos, 20 óbitos por outras causas e nove transferidos, perfazendo 50.959 casos positivos acumulados no país.
-0- PANA CS/DD 11jan2022