PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde chamado a atrair investimento estrangeiro para desenvolvimento
Praia, Cabo Verde (PANA) - A Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, sigla em inglês) recomenda ao Governo de Cabo Verde para ser mais proativo para atrair um tipo Investimento Direto Estrangeiro (IDE) que contribua melhor para os seus objetivos de desenvolvimento.
A recomendação foi feita segunda-feira na cidade da Praia por especialistas da UNCTAD que se encontram em Cabo Verde para apresentar um diagnóstico da política de investimento realizado a pedido do Executivo cabo-verdiano.
Salientaram que o país não pode continuar a contar exclusivamente com a abertura do seu ambiente de investimento e a melhoria do clima de negócios.
“O país não pode continuar a contar apenas com os generosos contratos de investimento individual, oferecidos por grandes investidores”, disse um dos especialistas, Massimo Meloni, oficial dos assuntos económicos e avaliações de política de investimento, destacando que a diversificação tem também um outro aspeto que se deve ter em conta.
Entretanto, Massimo Meloni, acompanhado por Ariel Evanier, oficial dos assuntos económicos, reconheceu que o país atraiu níveis significativos de investimento estrangeiro, desde o inicio dos anos de 2000, nas áreas do turismo, das pessoas e doutros serviços com fortes impactos no crescimento económico.
“O IDE contribuiu para mais de 40 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) e representa 80 porcento das exportações. Portanto, foi um fator chave no progresso social e económico de Cabo Verde”, precisou.
No entanto, ele destacou o facto desses investimentos estarem concentrados no setor do turismo e no modelo do “resort all inclusive” e, também, circunscritos em apenas duas ilhas do país, designadamente Sal e Boa Vista.
Na perspetiva dos especialistas da UNCTAD, este facto acabou por limitar os impactos a nível do desenvolvimento do setor empresarial local que, de resto, é um dos benefícios que se esperava desse desenvolvimento do setor turístico.
“O desenvolvimento do setor empresarial local tem sido limitado neste contexto”, disse, salientando que o IDE poderia fazer muito mais para despertar Cabo Verde e ajudar o país a alcançar o próximo nível de desenvolvimento social e económico em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Neste sentido, os especialistas recomendaram a diversificação, isto é, a realização de um trabalho para se atrairem investimentos para diferentes áreas ou setores.
Para a presidente da Cabo Verde Trade Invest, entidade pública responsável pela atração do IDE, essas recomendações da UNCTAD vão ao encontro da estratégia do país para área do investimento e da diversificação da economia e da criação de uma imagem diferente de Cabo Verde.
“O plano estratégico que agora vamos trabalhar tem como foco a diversificação dos setores”, disse Ana Lima Barber, para quem não se deve focar apenas no turismo de sol e mar, mas, sobretudo, na criação de uma uma imagem diferente de que o país está aberto ao mundo para negócio e começar a trabalhar numa visão que permita atrair outras áreas, outros setores que essenciais para país”, como a economia azul, a indústria, entre outros.
O segundo ponto, indicou Ana Barber, passa por Cabo Verde passar a ter uma abordagem proativa relativamente à oportunidade de negócios e ver aquilo que de facto o país precisa para o desenvolvimento de cada setor, em cada ilha, e agir em função dos desafios do país.
Esse diagnóstico, segundo explicou, está enquadrado na revisão que o Governo vai fazer à politica de investimento de Cabo Verde e que tem por objetivo melhorar o quadro de investimento e o seu fluxo por forma a ter um impacto positivo no aumento do emprego, na receitas fiscais e na redução da pobreza.
-0- PANA CS/DD 24abril2018
A recomendação foi feita segunda-feira na cidade da Praia por especialistas da UNCTAD que se encontram em Cabo Verde para apresentar um diagnóstico da política de investimento realizado a pedido do Executivo cabo-verdiano.
Salientaram que o país não pode continuar a contar exclusivamente com a abertura do seu ambiente de investimento e a melhoria do clima de negócios.
“O país não pode continuar a contar apenas com os generosos contratos de investimento individual, oferecidos por grandes investidores”, disse um dos especialistas, Massimo Meloni, oficial dos assuntos económicos e avaliações de política de investimento, destacando que a diversificação tem também um outro aspeto que se deve ter em conta.
Entretanto, Massimo Meloni, acompanhado por Ariel Evanier, oficial dos assuntos económicos, reconheceu que o país atraiu níveis significativos de investimento estrangeiro, desde o inicio dos anos de 2000, nas áreas do turismo, das pessoas e doutros serviços com fortes impactos no crescimento económico.
“O IDE contribuiu para mais de 40 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) e representa 80 porcento das exportações. Portanto, foi um fator chave no progresso social e económico de Cabo Verde”, precisou.
No entanto, ele destacou o facto desses investimentos estarem concentrados no setor do turismo e no modelo do “resort all inclusive” e, também, circunscritos em apenas duas ilhas do país, designadamente Sal e Boa Vista.
Na perspetiva dos especialistas da UNCTAD, este facto acabou por limitar os impactos a nível do desenvolvimento do setor empresarial local que, de resto, é um dos benefícios que se esperava desse desenvolvimento do setor turístico.
“O desenvolvimento do setor empresarial local tem sido limitado neste contexto”, disse, salientando que o IDE poderia fazer muito mais para despertar Cabo Verde e ajudar o país a alcançar o próximo nível de desenvolvimento social e económico em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Neste sentido, os especialistas recomendaram a diversificação, isto é, a realização de um trabalho para se atrairem investimentos para diferentes áreas ou setores.
Para a presidente da Cabo Verde Trade Invest, entidade pública responsável pela atração do IDE, essas recomendações da UNCTAD vão ao encontro da estratégia do país para área do investimento e da diversificação da economia e da criação de uma imagem diferente de Cabo Verde.
“O plano estratégico que agora vamos trabalhar tem como foco a diversificação dos setores”, disse Ana Lima Barber, para quem não se deve focar apenas no turismo de sol e mar, mas, sobretudo, na criação de uma uma imagem diferente de que o país está aberto ao mundo para negócio e começar a trabalhar numa visão que permita atrair outras áreas, outros setores que essenciais para país”, como a economia azul, a indústria, entre outros.
O segundo ponto, indicou Ana Barber, passa por Cabo Verde passar a ter uma abordagem proativa relativamente à oportunidade de negócios e ver aquilo que de facto o país precisa para o desenvolvimento de cada setor, em cada ilha, e agir em função dos desafios do país.
Esse diagnóstico, segundo explicou, está enquadrado na revisão que o Governo vai fazer à politica de investimento de Cabo Verde e que tem por objetivo melhorar o quadro de investimento e o seu fluxo por forma a ter um impacto positivo no aumento do emprego, na receitas fiscais e na redução da pobreza.
-0- PANA CS/DD 24abril2018