PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde celebra 20 anos de projeto "Rota do Escravo" da UNESCO
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde organiza na cidade da Praia, a partir desta
quinta-feira, um leque de atividades no âmbito das celebrações dos 20 anos do projeto “Rota do Escravo: Resistência, Liberdade, Herança” da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), soube a PANA de fonte oficial na capital cabo-verdiana.
O projeto foi lançado em 1994 no Benin com o propósito de dar visibilidade à experiência que foi a escravatura nas ilhas do Atlântico, Europa e Américas.
O programa das comemorações, organizadas pela Comissão Nacional da UNESCO em parceria com os Ministérios da Cultura, Educação, Ambiente, Ensino Superior e as universidades, inclui exposições, projeção de filmes, debates e colóquios nas instituições de ensino superior na cidade da Praia.
O Governo propõe, ao longo desta jornada que se prolonga até ao próximo dia 15, uma reflexão sobre a reconciliação e a diversidade cultural do arquipélago, uma experiência que, segundo o ministro cabo-verdiano do Ensino Superior e Ciências, António Correia e Silva, necessita de ser “revisitada e repensada”.
De acordo com uma fonte ligada à organização das celebrações, o assessor científico do ministro da Cultura, Charles Akibodé, as atividades que serão desenvolvidas em parceria com entidades públicas, privadas e ONG, têm um conteúdo “altamente” pedagógico e “preconizam” a reconciliação dos Cabo-verdianos com a temática da escravatura, indo “para além da tragédia humana que ela constituiu”.
“Até 15 de dezembro, vai ser demonstrada que a história da escravatura é rica em termos de contribuições civilizacionais por parte dos escravos, repleta de acrescentos culturais, tecnológicos, económicos e sociais, contribuindo de forma marcante para o desenvolvimento dos continentes que receberam/importaram os escravos africanos”, declarou.
Charles Akibodé fez saber que o público-alvo das comemorações é sobretudo as escolas e as universidades, mas também as pessoas interessadas pela temática.
A UNESCO, através da sua Secção de História e Memória para o Diálogo e a Comissão Portuguesa para a UNESCO, é parceira, por excelência, dessas comemorações, tendo disponibilizado, para o efeito, duas exposições itinerantes e seis filmes, que serão expostos e exibidos de setembro a dezembro.
Do programa global, consta ainda a itinerância de quatro exposições em Santiago e em outras ilhas, a exibição de filmes sobre a escravatura e o tráfico negreiro em todas as ilhas e um fórum promovido pelo Ministério da Educação e Desporto (MED) para discutir a integração nos programas escolares do ensino do tráfico negreiro e da escravatura.
Conferências, debates televisivos, publicação de suplementos culturais em jornais nacionais, tratamento da temática no programa televisivo institucional “Com Ciência” são outras das atividades previstas.
O projeto “A Rota do Escravo-Resistência, Liberdade, Herança” foi lançado em 1994, em Ouidah, no Benin, após resolução da UNESCO tomada em 1993 durante a 27ª Conferência Geral, em resposta a uma iniciativa do Haiti e alguns países africanos.
Ele tem como objetivo romper o silêncio sobre o tráfico negreiro e a escravatura nas diferentes regiões do mundo, evidenciar as suas consequências, bem como as interações culturais originadas por esses encontros forçados, que constituem a fonte da diversidade das sociedades, contribuir para a reflexão sobre os novos desafios e objetivos aos quais devem responder as sociedades modernas.
O projeto vem sendo implementado em vários países do mundo ao longo dos últimos 20 anos e tem contribuído para a identificação, reconhecimento e promoção do património imaterial ligado ao tráfico negreiro e à escravatura.
-0- PANA CS/TON 11set2014
quinta-feira, um leque de atividades no âmbito das celebrações dos 20 anos do projeto “Rota do Escravo: Resistência, Liberdade, Herança” da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), soube a PANA de fonte oficial na capital cabo-verdiana.
O projeto foi lançado em 1994 no Benin com o propósito de dar visibilidade à experiência que foi a escravatura nas ilhas do Atlântico, Europa e Américas.
O programa das comemorações, organizadas pela Comissão Nacional da UNESCO em parceria com os Ministérios da Cultura, Educação, Ambiente, Ensino Superior e as universidades, inclui exposições, projeção de filmes, debates e colóquios nas instituições de ensino superior na cidade da Praia.
O Governo propõe, ao longo desta jornada que se prolonga até ao próximo dia 15, uma reflexão sobre a reconciliação e a diversidade cultural do arquipélago, uma experiência que, segundo o ministro cabo-verdiano do Ensino Superior e Ciências, António Correia e Silva, necessita de ser “revisitada e repensada”.
De acordo com uma fonte ligada à organização das celebrações, o assessor científico do ministro da Cultura, Charles Akibodé, as atividades que serão desenvolvidas em parceria com entidades públicas, privadas e ONG, têm um conteúdo “altamente” pedagógico e “preconizam” a reconciliação dos Cabo-verdianos com a temática da escravatura, indo “para além da tragédia humana que ela constituiu”.
“Até 15 de dezembro, vai ser demonstrada que a história da escravatura é rica em termos de contribuições civilizacionais por parte dos escravos, repleta de acrescentos culturais, tecnológicos, económicos e sociais, contribuindo de forma marcante para o desenvolvimento dos continentes que receberam/importaram os escravos africanos”, declarou.
Charles Akibodé fez saber que o público-alvo das comemorações é sobretudo as escolas e as universidades, mas também as pessoas interessadas pela temática.
A UNESCO, através da sua Secção de História e Memória para o Diálogo e a Comissão Portuguesa para a UNESCO, é parceira, por excelência, dessas comemorações, tendo disponibilizado, para o efeito, duas exposições itinerantes e seis filmes, que serão expostos e exibidos de setembro a dezembro.
Do programa global, consta ainda a itinerância de quatro exposições em Santiago e em outras ilhas, a exibição de filmes sobre a escravatura e o tráfico negreiro em todas as ilhas e um fórum promovido pelo Ministério da Educação e Desporto (MED) para discutir a integração nos programas escolares do ensino do tráfico negreiro e da escravatura.
Conferências, debates televisivos, publicação de suplementos culturais em jornais nacionais, tratamento da temática no programa televisivo institucional “Com Ciência” são outras das atividades previstas.
O projeto “A Rota do Escravo-Resistência, Liberdade, Herança” foi lançado em 1994, em Ouidah, no Benin, após resolução da UNESCO tomada em 1993 durante a 27ª Conferência Geral, em resposta a uma iniciativa do Haiti e alguns países africanos.
Ele tem como objetivo romper o silêncio sobre o tráfico negreiro e a escravatura nas diferentes regiões do mundo, evidenciar as suas consequências, bem como as interações culturais originadas por esses encontros forçados, que constituem a fonte da diversidade das sociedades, contribuir para a reflexão sobre os novos desafios e objetivos aos quais devem responder as sociedades modernas.
O projeto vem sendo implementado em vários países do mundo ao longo dos últimos 20 anos e tem contribuído para a identificação, reconhecimento e promoção do património imaterial ligado ao tráfico negreiro e à escravatura.
-0- PANA CS/TON 11set2014