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Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde beneficia de segundo pacote do Millenium Challenge Account
Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde será o primeiro país a receber o segundo compacto do Millennium Challenge Account (MCA), um dos principais instrumentos da cooperação bilateral dos Estados Unidos da América com países emergentes, anunciou o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
Falando em conferência de imprensa, José Maria Neves anunciou que recebeu, quarta-feira, a comunicação, confirmando a seleção de Cabo Verde pelo Conselho de administração do Millenium Challenge Corporation (MCC), entidade que gere o programa MCA.
“Cabo Verde acaba de ser reavaliado juntamente com outros países no grupo dos de rendimento médio e até hoje é o único país a ser selecionado para um segundo compacto do Millenium Challenge Acount”, afirmou José Maria Neves, adiantado que o Governo cabo-verdiano vai iniciar este mês as negociações para a assinatura do segundo pacote.
Com a confirmação da eleição de Cabo Verde, feita após uma reunião em Washington do Conselho de Administração do MCC, as duas partes vão dar início ao processo de discussão dos projetos que o arquipélago apresentará para este novo compacto do MCA para que eles possam ser avaliados pelo MCC que, decidirá depois o montante a atribuir ao arquipélago.
Para o segundo compacto, os montantes ainda não estão definidos, mas o primeiro-ministro afirmou que “não será menos de 110 milhões de dólares americanos”, que serão investidos em vários setores.
“Já temos o programa para o segundo compacto pronto, abrangendo as áreas de água e saneamento, cadastro, educação e ensino superior, particularmente a universidade online, o ensino superior à distância e o desenvolvimento do setor privado”, disse José Maria Neves.
O chefe do Governo considera que essas são “áreas essenciais para o desenvolvimento do país”, precisando que, para o efeito, Cabo Verde precisa de cerca de 700 milhões de dólares americanos para os investimentos necessários.
No entanto, o primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu que este montante não será financiado na sua totalidade pelo MCA, mas disse haver já um compromisso da parte do MCC em ajudar Cabo Verde a encontrar outros parceiros para ultrapassar “todos os constrangimentos restritivos ao desenvolvimento” do país.
O primeiro-ministro cabo-verdiano considera que a atribuição do segundo compacto se deve ao facto de o primeiro ter tido bons resultados e à “boa avaliação em termos de boa governação, investimentos nas pessoas e também das liberdades económicas”.
O programa MCA foi criado em 2004 pela administração do Presidente George W. Bush para criar novas práticas na ajuda ao desenvolvimento dos países emergentes.
Em 2004, Cabo Verde foi contemplado com um primeiro compacto no valor de 110 milhões de dólares americanos. Este pacote, que terminou em Outubro do ano passado, beneficiou de forma direta ou indireta 384 mil pessoas, ou seja 75 porcento da população cabo-verdiana.
A obra de ampliação e remodelação do Porto da Praia foi o projeto que absorveu a maior fatia do montante global do primeiro compacto do MCA (54,5 milhões de dólares americanos), ou seja 49,5 porcento. Os restantes 50,5 porcento foram distribuídos por vários setores nas diversas ilhas.
Para os projetos agrícolas, foram destinados 12 milhões de dólares americanos e para a reforma do sistema de gestão financeira do Estado foram concedidos dois milhões de dólares americanos, enquanto os projetos das bacias hidrográficas das ilhas do Fogo, de São Nicolau e de Santo Antão receberam investimentos em torno de 7,3 milhões de dólares americanos.
No âmbito do primeiro pacote do MCA, foi criada uma linha de crédito, no valor de 600 mil dólares americanos, que beneficiou diretamente 209 agricultores.
-0- PANA CS/TON 6Jan2011
Falando em conferência de imprensa, José Maria Neves anunciou que recebeu, quarta-feira, a comunicação, confirmando a seleção de Cabo Verde pelo Conselho de administração do Millenium Challenge Corporation (MCC), entidade que gere o programa MCA.
“Cabo Verde acaba de ser reavaliado juntamente com outros países no grupo dos de rendimento médio e até hoje é o único país a ser selecionado para um segundo compacto do Millenium Challenge Acount”, afirmou José Maria Neves, adiantado que o Governo cabo-verdiano vai iniciar este mês as negociações para a assinatura do segundo pacote.
Com a confirmação da eleição de Cabo Verde, feita após uma reunião em Washington do Conselho de Administração do MCC, as duas partes vão dar início ao processo de discussão dos projetos que o arquipélago apresentará para este novo compacto do MCA para que eles possam ser avaliados pelo MCC que, decidirá depois o montante a atribuir ao arquipélago.
Para o segundo compacto, os montantes ainda não estão definidos, mas o primeiro-ministro afirmou que “não será menos de 110 milhões de dólares americanos”, que serão investidos em vários setores.
“Já temos o programa para o segundo compacto pronto, abrangendo as áreas de água e saneamento, cadastro, educação e ensino superior, particularmente a universidade online, o ensino superior à distância e o desenvolvimento do setor privado”, disse José Maria Neves.
O chefe do Governo considera que essas são “áreas essenciais para o desenvolvimento do país”, precisando que, para o efeito, Cabo Verde precisa de cerca de 700 milhões de dólares americanos para os investimentos necessários.
No entanto, o primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu que este montante não será financiado na sua totalidade pelo MCA, mas disse haver já um compromisso da parte do MCC em ajudar Cabo Verde a encontrar outros parceiros para ultrapassar “todos os constrangimentos restritivos ao desenvolvimento” do país.
O primeiro-ministro cabo-verdiano considera que a atribuição do segundo compacto se deve ao facto de o primeiro ter tido bons resultados e à “boa avaliação em termos de boa governação, investimentos nas pessoas e também das liberdades económicas”.
O programa MCA foi criado em 2004 pela administração do Presidente George W. Bush para criar novas práticas na ajuda ao desenvolvimento dos países emergentes.
Em 2004, Cabo Verde foi contemplado com um primeiro compacto no valor de 110 milhões de dólares americanos. Este pacote, que terminou em Outubro do ano passado, beneficiou de forma direta ou indireta 384 mil pessoas, ou seja 75 porcento da população cabo-verdiana.
A obra de ampliação e remodelação do Porto da Praia foi o projeto que absorveu a maior fatia do montante global do primeiro compacto do MCA (54,5 milhões de dólares americanos), ou seja 49,5 porcento. Os restantes 50,5 porcento foram distribuídos por vários setores nas diversas ilhas.
Para os projetos agrícolas, foram destinados 12 milhões de dólares americanos e para a reforma do sistema de gestão financeira do Estado foram concedidos dois milhões de dólares americanos, enquanto os projetos das bacias hidrográficas das ilhas do Fogo, de São Nicolau e de Santo Antão receberam investimentos em torno de 7,3 milhões de dólares americanos.
No âmbito do primeiro pacote do MCA, foi criada uma linha de crédito, no valor de 600 mil dólares americanos, que beneficiou diretamente 209 agricultores.
-0- PANA CS/TON 6Jan2011