PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde avalia evolução e impacto do setor das Microfinanças
Praia, Cabo Verde (PANA) – A IV Semana Nacional de Microfinanças realiza-se a partir desta segunda-feira na capital cabo-verdiana para debater a evolução e o seu impacto, bem como a questão da transformação das instituições dedicadas a esta atividade, apurou a PANA de fonte segura.
Em declarações à âgencia cabo-verdiana de notícias (Inforpress), Jacinto Santos, presidente da Organização Não Governamental (ONG) City-Habitat, coordenador da atividade promocional das instituições de microfinanças de Cabo Verde, revelou que, de 2009 a 2014, o setor realizou 52 mil operações de crédito, no valor de três bilhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 27 mil e 300 euros) de que beneficiaram nove mil Cabo-verdianos.
Os avanços no setor são “extraordinários”, visto que as instituições de microfinanças em Cabo Verde começaram há duas décadas e meio concedendo pequenos créditos, regozijou-se.
Jacinto Santos defende que, pela dimensão a que chegou, através de um “certo voluntarismo”, o setor tem que ser “mais profissionalizado”, cuidar dos custos operacionais, cuidar da sustentabilidade para que “essa camada da população” beneficiária continue a ter acesso ao recurso.
, para que aqueles que ultrapassarem as fasquia da pobreza ou de rendimento médio possam ter condições para irem ao sistema bancário tradicional para fazerem recurso a créditos normais.
“Essa função de transição de promover a mobilidade social ascendente é uma das funções fundamentais de associações voluntárias do setor de micro-crédito”, acrescentou Jacinto Santos.
Ele salientou que o foco desta IV Semana de Microfinanças é a “transformação”, pelo que durante o encontro vão ser abordadas questões envolvendo “toda a problemática da transformação, a sua dimensão jurídica, económica, social, cultural e institucional”.
Jacinto Santos aavançou que se pretende ainda recolher o máximo de subsídios possíveis para permitir a alguns dispositivos das leis sobre o setor das microfinanças serem adequadas antes da sua implementação efetiva e darem subsídios a fim de que todo o processo de transformação seja um produto coerente.
O presidente da City-Habitat sublinhou que os participantes vão fazer com que seja "necessário um plano de transformação específico para um período de cinco anos”.
Este “plano de transformação”, segundo o responsável, implica a formação, assistência técnica, informação, preparação no terreno e recursos financeiro e técnicos, inovação tecnológica, sistemas de informações e gestão.
Contudo, Jacinto Santos alerta que a transformação preconizada custa muito dinheiro e carece de uma supervisão bancária para a sua promoção e o seu arranque.
Na sua óptica, se o Estado atribui essa responsabilidade social às instituições voluntárias ou cidadãos que voluntariamente se organizam para prestar este serviço, ele tem também “a obrigação política e moral de dotar essas instituições de condições favoráveis, em termos financeiro e de fiscais para que possam cumprir os seus objetivos de inclusão financeira e de luta contra a desigualdade”.
A IV Semana de Microfinanças é realizada pelo Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos (MJEDRH), em parceira com a Federação das Associações Cabo-verdianas que operam na área de Microfinanças (FAM-F) e o Projeto de Apoio ao Desenvolvimento da Finança Inclusiva (PADFI) financiado pela Cooperação Luxemburguesa.
A organização do evento sublinha que, volvidos quase 20 anos, o setor das microfinanças conheceu avanços significativos no país, garantindo respostas eficientes e eficazes às populações que, por razões diversas, não têm acesso nem condições para beneficiarem dos serviços do sistema financeiro tradicional.
O seu papel na redução da pobreza, na promoção do empreendedorismo e na geração de emprego é inquestionável, na medida em que já existe um número razoável de instituições que vêm desempenhando um papel cada vez mais importante na promoção do acesso ao microcrédito e na criação de oportunidades para as populações mais vulneráveis.
A Semana, que acontece sob o lema “Juntos pela inclusão financeira”, tem agendados a realização de fóruns, ações de capacitação, palestras temáticas, debates, a realização de uma Feira e de uma Gala de Microfinanças visando homenagear o setor e seus clientes.
-0- PANA CS/DD 10nov2015
)
Em declarações à âgencia cabo-verdiana de notícias (Inforpress), Jacinto Santos, presidente da Organização Não Governamental (ONG) City-Habitat, coordenador da atividade promocional das instituições de microfinanças de Cabo Verde, revelou que, de 2009 a 2014, o setor realizou 52 mil operações de crédito, no valor de três bilhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 27 mil e 300 euros) de que beneficiaram nove mil Cabo-verdianos.
Os avanços no setor são “extraordinários”, visto que as instituições de microfinanças em Cabo Verde começaram há duas décadas e meio concedendo pequenos créditos, regozijou-se.
Jacinto Santos defende que, pela dimensão a que chegou, através de um “certo voluntarismo”, o setor tem que ser “mais profissionalizado”, cuidar dos custos operacionais, cuidar da sustentabilidade para que “essa camada da população” beneficiária continue a ter acesso ao recurso.
, para que aqueles que ultrapassarem as fasquia da pobreza ou de rendimento médio possam ter condições para irem ao sistema bancário tradicional para fazerem recurso a créditos normais.
“Essa função de transição de promover a mobilidade social ascendente é uma das funções fundamentais de associações voluntárias do setor de micro-crédito”, acrescentou Jacinto Santos.
Ele salientou que o foco desta IV Semana de Microfinanças é a “transformação”, pelo que durante o encontro vão ser abordadas questões envolvendo “toda a problemática da transformação, a sua dimensão jurídica, económica, social, cultural e institucional”.
Jacinto Santos aavançou que se pretende ainda recolher o máximo de subsídios possíveis para permitir a alguns dispositivos das leis sobre o setor das microfinanças serem adequadas antes da sua implementação efetiva e darem subsídios a fim de que todo o processo de transformação seja um produto coerente.
O presidente da City-Habitat sublinhou que os participantes vão fazer com que seja "necessário um plano de transformação específico para um período de cinco anos”.
Este “plano de transformação”, segundo o responsável, implica a formação, assistência técnica, informação, preparação no terreno e recursos financeiro e técnicos, inovação tecnológica, sistemas de informações e gestão.
Contudo, Jacinto Santos alerta que a transformação preconizada custa muito dinheiro e carece de uma supervisão bancária para a sua promoção e o seu arranque.
Na sua óptica, se o Estado atribui essa responsabilidade social às instituições voluntárias ou cidadãos que voluntariamente se organizam para prestar este serviço, ele tem também “a obrigação política e moral de dotar essas instituições de condições favoráveis, em termos financeiro e de fiscais para que possam cumprir os seus objetivos de inclusão financeira e de luta contra a desigualdade”.
A IV Semana de Microfinanças é realizada pelo Ministério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos (MJEDRH), em parceira com a Federação das Associações Cabo-verdianas que operam na área de Microfinanças (FAM-F) e o Projeto de Apoio ao Desenvolvimento da Finança Inclusiva (PADFI) financiado pela Cooperação Luxemburguesa.
A organização do evento sublinha que, volvidos quase 20 anos, o setor das microfinanças conheceu avanços significativos no país, garantindo respostas eficientes e eficazes às populações que, por razões diversas, não têm acesso nem condições para beneficiarem dos serviços do sistema financeiro tradicional.
O seu papel na redução da pobreza, na promoção do empreendedorismo e na geração de emprego é inquestionável, na medida em que já existe um número razoável de instituições que vêm desempenhando um papel cada vez mais importante na promoção do acesso ao microcrédito e na criação de oportunidades para as populações mais vulneráveis.
A Semana, que acontece sob o lema “Juntos pela inclusão financeira”, tem agendados a realização de fóruns, ações de capacitação, palestras temáticas, debates, a realização de uma Feira e de uma Gala de Microfinanças visando homenagear o setor e seus clientes.
-0- PANA CS/DD 10nov2015
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